movimento ordem vigília contra corrupcao

sábado, dezembro 16, 2006

COM UMA “OPOSIÇÃO” DESSA, QUEM PRECISA DE MILITÂNCIA?


“EU NÃO AUMENTO O MEU SALÁRIO” - LULA

Lula, diz que o Executivo não irá seguir o exemplo das demais Casas, que reajustaram os próprios vencimentos. Que ele não vai colocar em risco a “estabilidade econômica” conquistada nos últimos quatro anos. E que para crescer é preciso cortar gastos.

Como se vê esta “oposição” tornou-se especialista em ajudar o governo, mais uma vez, a livrar sua cara diante da sociedade.

Agora sim, o desgoverno pode ficar tranqüilo, pois não mais precisará ficar inventando desculpas esfarrapadas para tentar explicar a própria incompetência, as safadezas, o não crescimento e a falta de rumo deste país.

As “oposições” já trataram de providenciar a desculpa que ele tão desesperadamente precisava para engambelar o povo sobre a catástrofe que foi e que continuará sendo o seu DESGOVERNO. Não existe um norte para o país. Muito menos teremos qualquer espetáculo do crescimento. Também, não veremos nenhuma quadrilha sendo punida. E o Erário continuará sangrando.

Não existe governo e muito menos oposição. Existe sim, um projeto de poder do Lulapetismo para humilhar, vampirizar e cercear o povo. E neste ponto, todos eles se afinam e se entendem. Nada que um super-salário não compre! Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

Leia no Globo a matéria sobre as declarações do Lula.

O VAZIO POLÍTICO DAS OPOSIÇÕES NO PRIMEIRO GOVERNO LULA: AS DUAS DERROTAS
Muito mais grave do que a derrota eleitoral das oposições na disputa à presidência foi a sua inequívoca derrota política nessa experiência do primeiro governo Lula.

O argumento de que não havia condições políticas para a interpelação formal do Presidente por meio do impeachment veio a se constituir num bem armado e verossímil pretexto para a inação oposicionista. A não ser que se acredite que o fator popularidade seja salvo-conduto para o delito político! O argumento é definitivamente falacioso. Por Felipe Varella,
http://pitacos-politicos.zip.net

A AJUDA A LULA
Segue relato do jornalista Kennedy Alencar, em matéria publicada na Folha de S.Paulo de 30/10/2006:

“(...) § Naqueles dias [após o bombástico depoimento de Duda Mendonça à CPMI dos Correios, em agosto de 2005, assumindo ter recebido dinheiro de caixa dois da campanha de Lula], a cúpula do governo imaginava que um processo de impeachment poderia começar, ainda que não prosperasse, já que a base parlamentar do governo estava em frangalhos e as pesquisas de opinião indicavam queda em sua popularidade. § Foi nesse contexto que alguns ministros sugeriram a Lula a renúncia. ‘Vocês são uns frouxos. Vou resistir’, disse o presidente, de acordo com relatos obtidos pela Folha. § A oposição ajudou Lula. Um emissário do presidente ouviu do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do então prefeito de São Paulo, José Serra, que eles não participariam de uma tentativa de impeachment. Os tucanos avaliaram que Lula sangraria politicamente e seria presa fácil na eleição do ano seguinte. Serra deixaria a prefeitura para concorrer ao Planalto, e o PSDB retornaria ao poder. § Naquele momento, FHC chegou a sugerir publicamente que Lula não fosse candidato à reeleição. Novamente, alguns ministros do Presidente discutiram o tema com ele. Lula terminaria o mandato, a oposição não tentaria seu impeachment, e ele desistiria de concorrer. Mais uma vez, o petista resistiu. Auxiliares contam que o presidente chegou a chorar, mas nunca jogou a toalha. (...)” [grifo meu]

Reparem: “a oposição ajudou Lula”. Ajudou-o a se safar de suas responsabilidades políticas, ante o quadro inconteste de degeneração ética de seu governo. Decidiu não interpelá-lo formalmente. A versão que prevaleceu na opinião pública – e que nunca foi desmentida – foi a de que a oposição se fechou numa estratégia eleitoral, a do tal “sangramento” do Presidente (embora desconfie que outras variáveis concorreram para a falta de ação oposicionista; abaixo, relaciono-as na forma de perguntas). Pensou-se nas próximas eleições e não na necessária depuração institucional. Daí que estratégia “eleitoral” não é o termo apropriado: tal estratégia foi de cunho indiscutivelmente eleitoreiro. Recusou-se claramente o caminho da ação republicana.

Eis Lula hoje, reeleito Presidente da República. Contra a vontade de dezenas de milhões de cidadãos que, no fundo, não se fizeram representar numa oposição política digna do nome. As chamadas oposições simplesmente – adiantando a tese que pretendo sustentar – dispensaram o combate político com a situação, combate esse desejável nas melhores democracias. Não me refiro ao combate político-ideológico (como quer nos fazer crer alguns ideólogos de uma certa esquerda pretensamente democrática, metidos a exegetas da história política brasileira), e sim ao combate político-democrático, aquele cujos parâmetros estão consagrados na Constituição e cujos personagens devem (ou deveriam) se orientar pela tolerância política e pela aceitação absoluta do pluralismo político. Certo é que essa vontade resultou eleitoralmente superada por uma outra vontade, o que ainda assim não diminui sua relevância política.

Já que citados na transcrição acima os nomes de Fernando Henrique Cardoso e José Serra, não poderia deixar de relacionar outros nomes que, por ação ou omissão, entendo terem colaborado com Lula (cada um a seu modo): Tasso Jereissati, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Arthur Virgílio, Roberto Freire, Jorge Borhausen, César Maia, Cristovam Buarque, Heloisa Helena, Fernando Gabeira, enfim, todos que se diziam e dizem de oposição. Muito se falou. Muito se ameaçou. Mas nada se fez de concreto. Numa tentativa de diminuir ou suspender responsabilidades, pode-se alegar que, aos políticos então investidos de mandato no Poder Executivo (p.ex., Serra, Aécio e Alckmin), não caberia a militância direta contra Lula.

Mas o que se verificou – tanto da parte destes, como dos políticos não-detentores de mandato executivo – foi um processo contínuo e discreto de desencorajamento e desqualificação das poucas intenções provindas da base da sociedade na direção da denúncia política via impeachment, quando não de participação em conchavos (inconfessáveis, é claro) conducentes à blindagem presidencial.

O fato é que as conveniências políticas de cada um desses oposicionistas falaram mais alto, apontando, a despeito dos projetos individuais de poder (também inconfessáveis), para uma deliberada atuação em conjunto. Passado o ano de 2005 e após o término da CPMI dos Correios, no final de março de 2006, um dos oposicionistas acima citados, Roberto Freire, na mesma trilha do Presidente da OAB, quase chegou à formalização do pedido de impeachment, mas injustificadamente retrocedeu. - POR QUÊ?
Leia a matéria completa

REVOLTA
Depende do empenho dos cidadãos a tarefa de reconduzir o Legislativo a seu verdadeiro papel numa democracia.

SERIA POUCO chamar de "indignadas" as reações da opinião pública diante do aumento de 91% nos salários de deputados federais e senadores, aprovado na quinta por lideranças do Congresso. A sensação de revolta se mistura à de impotência. A decisão infame suscita veementes protestos; mas cada protesto vem como que acompanhado da admissão implícita de que, no fundo, talvez seja inócuo protestar.

Satisfaz-se, por certo, a necessidade do desabafo; mas a maioria dos deputados e senadores dá provas freqüentes de menosprezo às reações dos cidadãos que estas já parecem constar apenas como um pormenor secundário e passageiro no cálculo político. Não inibem quase mais ninguém, quando estão em pauta as enormidades do banquete.

Nada mais ilustrativo desse estado de espírito do que a fraseologia empregada pelo senador José Agripino para qualificar os efeitos na opinião pública do atentado com que compactuou. Numa ponderação memorável pelo sangue-frio, o líder do PFL admitiu que a repercussão da medida poderia ser -frise-se o termo- "desinteressante". Tratava-se de "uma decisão coletiva"; inoportuna, talvez, mas que se prontificou em "respeitar".

"Desinteressante"? Levemente incômoda, vagamente embaraçosa, quem sabe? Talvez o adjetivo tenha revelado involuntariamente o sentido mais profundo da frase: a repercussão seria "desinteressante" porque, afinal, a maioria dos parlamentares não se interessa minimamente pelo que diz e pensa o cidadão.

É provável que se tenha chegado a um ponto em que todo escândalo se torna "desinteressante". Uma sucessão de abusos, de atos de cinismo, de celebrações da impunidade, de absolvições à delinqüência, tornou rotineiras as mais acerbas condenações da opinião pública, reduzidas a um imperceptível rumor de fundo quando chegam aos escrachados salões de baile do Congresso.

À sociedade brasileira têm faltado, na verdade, disposição e instrumentos organizacionais para reagir com mais eficácia aos assaltos promovidos por aqueles que se dizem seus representantes. Atos de mobilização coletiva, da passeata ao buzinaço, do boicote ao abaixo-assinado, são ainda pouco freqüentes no Brasil.

Se o Legislativo, com todos os seus vexames, é insubstituível no sistema democrático, também se mostra indispensável o empenho ativo dos cidadãos para fiscalizá-lo e pressioná-lo. Toda instituição pública, entregue a si mesma, cede rapidamente ao corporativismo e ao desmando.

É bem mais do que isso o que se registra no Congresso brasileiro: foco insubmisso do escândalo, da afronta e do deboche, depende do empenho de cada cidadão a tarefa de reconduzi-lo a seu real papel numa democracia. Editorial da FSP

DE COSTAS PARA OS ELEITORES
PSDB e PFL ainda não perceberam qual é o espírito deste tempo. Os espaços para a oposição apenas retórica, ideológica, estreitaram-se muito. Há, ainda, entre as hostes oposicionistas o que eu chamaria de “vertente administrativista”, gente de bem que acredita que, sendo eficiente na governança, o resto acontece. É uma tolice passadista.

A política, em tempos de massa, supõe apelos simbólicos. E não para enganar o populacho, não. Há de ser para valer. Os tucanos, em particular, tendem a achar que questões como essa, do salário dos parlamentares, são menores, não tocam em problemas estruturais. É assim que vão se distanciando não exatamente dos “anseios do povo” (isso é um pastel de vento retórico), mas do que eu ouso chamar “bom senso”, “razoabilidade”.

O petismo, em boa parte, é pura picaretagem, já que o de verdade não é este que apela às massas, e sim aquele que aparelha o Estado. Mas o fato é que o partido despertou essa opinião pública difusa. E sabe manipulá-la. No caso do aumento, reparem que Lula — responsável indireto por ele — passa longe do imbróglio.

O BRASIL GOSTA DE TER AS MAIORES COISAS DO MUNDO
Maior rio do mundo, maior pororoca do mundo, maior conjunto de cascatas (as de água) do mundo.E também temos os maiores salários do mundo para parlamentares, ué. Ao lado, tudo pesado direitinho, da maior impunidade do mundo. Blog do Reinaldo

“O novo salário dos parlamentares é um acinte sob qualquer ângulo que se analise a questão. Num seletíssimo grupo de nações ricas, apenas nos Estados Unidos um parlamentar ganha mais que seus colegas brasileiros. São 28.000 reais lá, contra os 24.500 reais aqui.

Mas, quando se leva em conta a realidade da economia, os parlamentares brasileiros dão um banho planetário – com eles, ninguém pode. Enquanto um deputado dos Estados Unidos ganha mensalmente o equivalente a 27% do PIB per capita do seu país, o deputado brasileiro vai embolsar mais de 300%.

Um Negócio da China, que não existe nem na China. O novo salário é um escândalo também dentro da própria realidade brasileira – e, nela, dentro da política. Os deputados e senadores ganharão mais do que o presidente e governadores dos estados mais ricos do país.” Por Diego Escosteguy, na Veja: Assinante lê mais
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sexta-feira, dezembro 15, 2006

O CHORO DE LULA. UMA MISTURA DE VINGANÇA E PAVOR

Na primeira posse, foi a emoção do operário que “chegou lá”. E agora? Por que chorou?

O presidente reeleito disse que foi porque descobriu que o eleitor pobre não precisa mais de intermediários para votar. Mas quem prestou bem atenção às suas palavras e às suas circunstâncias, fica com a impressão de que Lula chorou porque não tem a menor idéia do que fazer daqui para frente. Chorou de medo.

O menino perdido na tempestade, a imagem de Eduardo Galeano, autor de “As veias abertas da América Latina”, simbolizando o nativo oprimido do continente, é hoje a melhor imagem para o próprio Lula. Seu discurso cada vez mais “bolivarista” – na verdade um mimetismo da retórica populista de Hugo Chávez –, com o qual celebrou o nascente Parlamento do Mercosul, não tem um pingo de consistência. É mais do mesmo – ou mais da mesma retórica aguada usada no chororô da diplomação.

A emoção de Lula ao dizer que o povo pobre aprendeu a votar com a sua própria opinião, sem fazer o que lhe mandam, tem endereço certo. O presidente está impregnado dessa teoria persecutória de seus auxiliares mais próximos – como o ministro e faz-tudo Marco Aurélio Garcia e o professor-paranóia Bernardo Kucinski – que o fazem acreditar a cada manhã, mesmo antes da campanha eleitoral, que a imprensa burguesa faz de tudo para dinamitá-lo. Depois dos conselhos apocalípticos de Kucinski-Garcia, Lula já começa o dia mal-humorado, revoltado com o golpe imaginário de cada dia da mídia elitista.

O choro de Lula mistura vingança e pavor. Sem projeto claro para o segundo mandato, rezando para que a conjuntura continue ventando a seu favor, o presidente se abraça à crença de que seu poder emana da força primitiva dos descamisados – e as instituições restantes que tratem de amá-lo ou deixá-lo.

Na falta de idéia melhor, esse mesmo filão político da conexão com os pobres do mundo dominou o discurso de Lula no nascedouro do Parlamento do Mercosul. O presidente disse que ouve “vozes dizendo que o melhor é fazer acordo com os Estados Unidos”, e responde que, ao invés disso, a aposta no Mercosul significa a opção por uma “política de generosidade e de compreensão”.Nunca antes na história deste país se ouviu uma retórica diplomática tão pueril. O chororô da ideologia sul-sul, do pacto nacional e continental dos descamisados, é o que há de mais marcante e inconsistente na era Lula.

Hoje, o presidente reeleito mostra em diversos de seus movimentos, especialmente no cenário nacional, maturidade de estadista. Tem conseguido evitar, por exemplo, que seu governo vire refém de facções histéricas de seu próprio partido, ou das brigadas fisiológicas do PMDB, todos mal disfarçados de justiceiros do crescimento econômico.

Mas Lula parece continuar acreditando que sua criptonita é o papel de bibelô da pobreza mundial, o personagem do Lech Walesa que deu certo.

É um caminho puramente ideológico, segregacionista, cheio de totens bolivarianos vazios e arroubos perigosos como a política de “big brother” do Itamaraty contra os não-alinhados. O presidente precisa entender que é este delírio que poderá, mais tarde, fazê-lo chorar de verdade.
por Guilherme Fiuza - NoMínimo

LÁGRIMAS E MAIS LÁGRIMAS. UM RIO DE LÁGRIMAS
Ao vivo nos canais de notícias e canais abertos menores, depois também nos
telejornais, Lula chorou, Dilma Rousseff também, no momento em que ele foi diplomado presidente e disse que o povo escolheu "sem intermediários", sem "formadores de opinião". Um dia antes, Heloísa Helena também chorou nos telejornais e vídeos da web -e Romeu Tuma com ela.É o fim do ano, mas também o fim de quatro anos que fecham com manchetes quase unânimes, ontem dos portais aos telejornais, "JN" à frente, sobre os parlamentares que decidiram "dobrar seus salários". Por Nelson de Sá - FSP

ESCÁRNIO NO CONGRESSO
EM NOVA atitude de desprezo pela opinião pública, deputados e senadores decidiram elevar seus salários em 90,7%. Com o aumento, seus vencimentos passarão dos atuais R$ 12.900 para R$ 24.600.

O valor equivale ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, o máximo permitido pela Carta. Os quase R$ 25 mil, no entanto, estão longe de representar tudo o que o contribuinte gasta com os parlamentares - há ainda R$ 50 mil mensais em verbas de gabinete, R$ 15 mil para manterem escritórios em seus Estados, além de recursos para habitação, viagens, correio etc.

A iniciativa é inoportuna por razões simbólicas e concretas. O aumento deverá produzir um efeito cascata que custará ao erário pelo menos R$ 1,7 bilhão anual - quantia comparável à que o governo federal reserva para investir em aeroportos, portos e hidrovias ao longo de 2007.

A Constituição prevê que os salários dos 1.059 deputados estaduais e distritais e dos 51.819 vereadores do país sejam fixados proporcionalmente ao do deputado federal. Os quase R$ 2 bilhões em despesa extra são uma estimativa conservadora - não leva em conta as casas que pagam 14º e até 15º salário nem que vários assessores têm o rendimento atrelado ao do legislador.

É um acinte quase dobrar o próprio salário ao cabo de uma legislatura desastrosa - maculada por dois dos maiores escândalos do ciclo democrático recente. Fazê-lo no momento em que se discute a necessidade de reduzir despesas na Previdência por meio da diminuição dos reajustes no salário mínimo é escarnecer da população mais pobre.

Deputados e senadores se aproveitam dos estertores de uma legislatura já desacreditada para lançar-lhe o ônus de uma iniciativa que lhes trará benefícios privados à frente. É por conta desse tipo de esperteza que o descrédito do Congresso cresce em ritmo comparável ao dos salários de parlamentares. Editorial da FSP

CADÊ O BOM HUMOR?
LULA SE IRRITA E NÃO FALA SOBRE SALÁRIO DE CONGRESSISTAS

Lula da Silva mostrou-se irritado, nesta quinta-feira, em entrevista coletiva, quando jornalistas perguntaram sua opinião sobre dois assuntos.

Primeiro, sobre a decisão das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado de aumentar os salários dos parlamentares de R$ 12.800 para R$ 24.500 e, depois, sobre a declaração do Thomaz Bastos, de que os mais cotados para sucedê-lo no ministério são o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence e o atual ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro.
O Lula balançou a cabeça para os lados, em reprovação, e reclamou: "Eu não sei. Fazem perguntas de coisas que não sei que aconteceram."
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JUSTIÇA NAS MÃOS DE TARSO
Cresceu muito a possibilidade de Tarso Genro, transferir-se para a pasta da Justiça. A mudança poderia ter sido anunciada ontem, mas foi adiada por conta do mau humor do Lula da Silva. Ele tinha uma reunião marcada com o Thomaz Bastos, para bater o martelo sobre a sucessão.

Antes de ir ao Palácio do Planalto, Bastos deu uma entrevista à Agência Brasil, órgão de notícias do próprio governo. Disse que o nome de seu sucessor seria anunciado ontem e que os dois candidatos mais fortes eram Tarso Genro e Sepúlveda Pertence, membro do Supremo Tribunal Federal. Lula irritou-se ao saber da entrevista e transferiu o encontro com Bastos para quarta-feira.

Poucas coisas irritam mais o Lula do que sentir-se pressionado a tomar decisões. Especialmente por meio da imprensa. Por Gustavo Krieger, Olimpio Cruz Neto e Helayne Boaventura – Correio Braziliense.

A PIOR LEGISLATURA DA HISTÓRIA DESTE PAÍS
Um em cada 5 deputados é investigado na atual legislatura. O Congresso já passou por épocas de grandes escândalos. Entre 1993 e 1994, por exemplo, os congressistas tiveram sua imagem abalada pelo caso dos anões do Orçamento. Mas o atual cenário não tem paralelo no Parlamento em período de normalidade institucional.

A atual legislatura, que acaba de decidir que os salários de deputados e senadores praticamente dobrará a partir do ano que vem, ficará marcada como uma das piores da história do País. A 52ª legislatura foi a que revelou mais escândalos de corrupção envolvendo deputados e senadores.
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EM FINAL MELANCÓLICO, CPI INDICIA APENAS 10
A CPI dos Sanguessugas acabou ontem, depois de pouco mais de seis meses de investigação. O relatório final foi aprovado por unanimidade e recomendou o indiciamento de apenas 10 pessoas, quatro envolvidas com o esquema propriamente dito e seis do chamado caso do dossiê — todos daquele que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “bando de aloprados”. Os quatro ex-ministros da Saúde em cujas gestões a máfia se criou foram inocentados, assim como o presidente Lula e as finanças de sua campanha.

Acordo
Sobre tal incongruência, informações nos bastidores do Congresso apontavam para um acordo entre governo e oposição construído ao longo da madrugada. Por este acordo, a CPI pouparia igualmente todos os ex-ministros, apesar de ter muitos indícios sobre pelo menos dois deles, justamente Costa e Negri. Os integrantes da comissão negaram a negociação.

Sobre o caso do dossiê tucano, que não fazia parte da investigação inicial, Amir Lando estudou horas uma forma de enquadrá-lo legalmente. Mas nem a Polícia Federal, a CPI ou o Ministério Público descobriram de onde veio o dinheiro apreendido com os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha. Assim, ele não pôde indicar taxativamente a ocorrência de crime eleitoral por caixa 2 ou abuso de poder econômico, a despeito de todos os personagens ocuparem funções estratégicas no comitê de reeleição do presidente Lula. Lando terminou propondo o indiciamento de todos os “aloprados” apenas por formação de quadrilha. Por Ugo Braga- Correio Braziliense

É A GLÓRIA
Batendo palmas, distribuindo sorrisos, organizando fotografias e chamando até tucanos de companheiros, Paulo Okamotto era o homem mais feliz do mundo na cerimônia de sanção da Lei Geral da Micro Empresa. Com permanência garantida na presidência do Sebrae, o "doador universal" levou até claque ao Planalto. Por Renata Lo Prete – FSP

Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

quinta-feira, dezembro 14, 2006

CONGRESSO RENDIDO AO BAIXO CLERO

Deixemos de firulas e hipocrisia:

Está fechado o acordão que embola o Judiciário e o Congresso nos vagões superlotados do trem de alegria natalino do aumento dos vencimentos de ministros, desembargadores, juízes e promotores e, pegando carona no carro-dormitório, dos senadores e deputados federais - o que inunda nos percentuais proporcionais as assembléias legislativas estaduais e as câmaras municipais.

Para o fingido constrangimento do pior Congresso de todos os tempos, desta vez o Supremo Tribunal Federal (STF) facilitou a farra parlamentar ao tomar a dianteira com o auto-aumento generoso da toga - um teto salarial elevado à altura de R$ 24.600.

Mas ninguém encosta ou supera os ilustres representantes do povo na orgia dos saques aos cofres da viúva. Tudo se aperfeiçoa com a experiência, como acaba de filosofar o presidente-reeleito ao justificar a sua conversão do socialismo de esquerda das barbas negras da juventude de líder sindical ao conservadorismo centrista dos cabelos grisalhos. Em reuniões, encontros, acertos, conversas e sussurros, as ilustres mesas da Câmara e do Senado decidiram equiparar os subsídios parlamentares, ora na faixa da miséria de R$ 12.847 para os R$ 24.600 do céu dos ministros do STF.

Os presidentes das duas Casas e candidatos à reeleição, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), com o desprendimento e o zelo cívico que ornamentam suas biografias, assumiram o compromisso, sob palavra que dispensa o fio de barba, de assinar o ato conjunto sacramentando o agrado na semana que vem, antes do encerramento da atual e histórica legislatura do mensalão, do caixa 2, dos sanguessugas e outras proezas.

Para adoçar o caldo, ambos acrescentaram a advertência de uma hipotética fórmula alternativa mais modesta do reajuste dos subsídios com a correção da inflação no período, o que daria R$ 16.500.

Sem papas na língua presa, o deputado Inocêncio de Oliveira (PL-PE), de olho no retorno à presidência, deu o serviço completo: o reajuste está decidido e será oficializado no dia 22, na última sessão desta legislatura, atendendo a reivindicação do baixo clero - o novo bloco informal majoritário na Câmara, com cerca de 300 dos 513 deputados.

Como ensina o manual da malandragem, convém dourar a pílula para não arranhar a garganta dos pacóvios. Como a verba indenizatória - impostura, disfarce de salário indireto livre do Imposto de Renda - é intocável, seria mantida, com a extinção da taxa postal e telefônica, de R$ 4.287 para deputados e R$ 5.513 para líderes, vice-líderes e demais graduados da elite das mordomias.

Vamos às contas, em números redondos:

Os subsídios de R$ 24.600 devem ser multiplicados por 15 com as ajudas de custo e as convocações extraordinárias e desovam nas contas bancárias de suas excelências R$ 30 mil. Mais os R$ 50.815 da verba de gabinete para a contratação de cinco a 20 cupinchas, cabos eleitorais e os poucos servidores que efetivamente trabalham. O resto lá não aparece. Embolsa os reais para não fazer nada ou para a atividade de cabos eleitorais nas zonas de votos dos patrões. Outra parcela para a verba indenizatória de R$ 15 mil para ressarcir as despesas de fim de semana mediante a apresentação de notas fiscais, que jamais faltam e sobram para acertar as contas. O auxílio de moradia de R$ 3 mil para quem recusa o apartamento funcional deixa um troco nas duas diárias semanais dos hotéis de Brasília.

Passagens aéreas, de acordo com o Estado do agraciado, de R$ 4.100 a R$ 15.700. E mais R$ 6 mil de crédito na gráfica do Senado. Um senador ou deputado federal desfalcará os cofres públicos, na próxima legislatura, por mês, de R$ 110.175 a R$ 126.128! Por Villas-Bôas Corrêa – JB

“MOVIMENTOS SOCIAIS” QUEREM LULA PARA ESQUERDA E LULA RECLAMA DAS “LIMITAÇÕES DA DEMOCRACIA”
Poucas horas antes de reunir o conselho político de uma coalizão com dez partidos, a maioria de centro e à direita do PT, o Lula da Silva recebeu nesta quarta-feira 34 representantes de movimentos sociais que pretendem levar o governo "para a esquerda" no segundo mandato.

"Independente de alguns segmentos da sociedade querer puxar o governo para o centro, cabe aos movimentos sociais puxá-lo de volta para a esquerda", afirmou João Felício, diretor de Relações Internacionais da CUT.

"Dissemos ao presidente que iremos às ruas sempre que os conservadores tentarem derrubar o governo", acrescentou o líder sindicalista.

LIMITAÇÕES DA DEMOCRACIA (?)
Durante o encontro, Lula voltou a usar o exemplo da China para explicar as limitações que a democracia impõe ao governo.

"Quando me falam que a China cresce muito mais que o Brasil, é preciso lembrar que na China não tem Congresso, não tem oposição, não tem sindicato reivindicando, não tem Fiesp, não tem imprensa cobrando. Aqui no Brasil nem o PT me obedece", disse Lula, segundo um dirigente que não quis ser identificado.
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FALTA “HUMOR” À ESQUERDA
Lula da Silva afirmou ontem que a "falta de humor" causou a repercussão negativa sobre as afirmações feitas por ele, na última segunda-feira, em São Paulo, segundo as quais as pessoas com mais de 60 anos que permanecem com posições de esquerda têm problemas.

"Eu acho que as pessoas perderam o humor. Desculpe-me, mas eu acho que a falta de humor, sabe, é uma coisa que o país não pode perder. Eu não consigo conceber o Brasil sem uma... Eu fiz uma brincadeira. Eu fiz uma brincadeira", disse o presidente, ontem à noite, em rápida entrevista no Palácio do Planalto, após solenidade.”

A ‘brincadeirinha’ de Lula gerou reações indignadas de velhos militantes da esquerda, como Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) - “Há muito tempo Lula não tem mais posição de esquerda, o que é novo é a discussão médica. Não sabia que ele entendia disso, mas às vezes, na andropausa, o cara descobre vocações novas”. Assinante da Folha
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PRONTO! O PDT SUCUMBIU.
A Executiva Nacional decidiu que vai integrar o governo. O presidente da legenda, Carlos Lupi, já participa hoje da reunião de Lula com aliados mesmo sem o apoio ter sido referendado pelo Diretório Nacional.

É... Vejam só: o senador Cristovam Buarque (DF) deixou o PT e migrou para o PDT para ser oposição. Agora, volta a ser base. Jefferson Peres (AM), um dos mais ácidos críticos do lulo-petismo, formalmente ao menos, torna-se lulista.

E sabe o que é mais interessante? Não lhes será exigida a adesão. Poderão ser oposição dentro da situação. Lula não quer todo o PDT, só uma parte. A legenda, em troca, levará algum ministério da área social. Por Reinaldo Azevedo

A FARRA
SP GASTARÁ R$ 1,39 MI PARA INDENIZAR 61 PRESOS POLÍTICOS

A Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo marcou para o dia 22 uma solenidade em que pagará a mais 61 presos políticos - ou a seus representantes -, indenizações pelos abusos que sofreram durante o regime militar.

Entre os indicados está uma carioca de 91 anos, Cléa Lopes de Moraes, cuja filha, Sônia, morreu torturada nas dependências do DOI-Codi de São Paulo. Sônia era mulher de Stuart Angel Jones, militante do MR-8 e filho da estilista Zuzu Angel, quando ele foi preso e morto, no Rio.
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ESCÂNDALO: IMPOSTO “PROVISÓRIO” VIRA PERMANENTE
A Oposição propôs ontem um cronograma de redução progressiva da alíquota da CPMF como forma de evitar o propósito do Lula de, num gesto do maior cinismo – denunciado pelo senador Bornhausen no seu discurso de despedida do Senado – tornar “permanente” a CPMF, o Imposto do Cheque, que deveria ser extinto em fins de 2007. O próprio nome indica Contribuição “Provisória” sobre Movimentação Financeira.

Mantendo seu perfil de presidente que mais aumenta impostos, Lula considera que o Governo não pode abrir mão de R$ 32 bilhões da CPMF, embora tenha sido eleito sabendo que o imposto ia acabar em 12 meses.

A Oposição apresentou proposta para que haja uma nova redução para 0,24% em 1º de julho de 2008, para 0,20% em 1º de janeiro de 2009, para 0,16% em 1º de julho de 2009 e para 0,12% em 1º de janeiro de 2010, até que seja alcançado o percentual de 0,08% em 1º de julho de 2010.

Lula criou um princípio de pânico ontem ao anunciar, na reunião do seu novo conselho político, que vai realizar uma nova reforma tributária, ou seja, vai novamente aumentar impostos. Política&Verdade

Por
Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

quarta-feira, dezembro 13, 2006

UM NOBEL PARA LULA

Maravilhosa a contribuição de Lula da Silva para a, digamos, sociologia capilar.

Ficamos agora sabendo, depois de milênios de evolução da espécie humana, que a posição política de um indivíduo depende da quantidade de cabelos brancos que ele possui. Cria, é verdade, um sério problema de identidade ideológica para os carecas, mas essa é uma questão que Lula certamente resolverá em breve.

A descoberta é digna de Prêmio Nobel. Não sei bem do quê - talvez de Biologia ou "Capelologia".

Bem que a filósofa Marilena Chaui já havia antevisto que, sempre que Lula abre a boca, "tudo se ilumina". Pena que Lula tenha dito também que "não tem outro jeito, se você conhecer uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque ela tem problemas”.

Como Chaui continua se dizendo socialista apesar de apoiar o governo Lula, e como socialista é de esquerda, ela só pode estar com problemas, no diagnóstico de seu inefável guru. A menos, é claro, que ela (e ele) ache que socialista é de centro ou de direita. Tudo é possível na academia lulo-petista.

Apesar de ter ficado maravilhado com a descoberta capilar-sociológico-etária do presidente, não posso deixar de desagravar Oscar Niemeyer, o grande arquiteto, que é muito idoso, é muito e assumidamente comunista e ainda por cima declara voto em Lula.

Não consigo ver problemas em Niemeyer, a não ser o fato de que ele continua trabalhando apesar de próximo do centenário. Será que é esse o problema que Lula enxergou e os mortais comuns não vimos?

Espero agora que os petistas que continuam falando em "socialismo" corram para se alinhar à nova teoria do chefe e se tornem todos amigos de infância de Delfim Netto, que, a bem da verdade, está à esquerda do governo Lula. Ter dobradiça na espinha é fogo. Por Clovis Rossi - Folha de São Paulo

INDIGNADOS, ESQUERDISDAS REAGEM À FALA DE LULA
Velhos militantes da esquerda, com décadas de atuação em movimentos sociais e partidos ligados ao pensamento de personagens como Karl Marx e Friedrich Engels, reagiram com indignação à afirmação do Lula da Silva segundo a qual uma pessoa idosa que se mantém de esquerda 'está com problemas'.

A declaração, feita na noite de segunda-feira durante entrega do prêmio dos 30 anos da revista IstoÉ, de acordo com Lula, simbolizava a caminhada para o centro, com o passar da idade, de esquerdistas e direitistas.

O sociólogo Francisco de Oliveira, de 73 anos, mais conhecido como Chico de Oliveira, também criticou a declaração de Lula. "Continuo de esquerda, apesar da idade, e não me considero nem um pouco ultrapassado. A frase é típica do camaleonismo do presidente, que diz o que cada platéia quer ouvir, mas é um sinal de indigência cultural". Agência Estado
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SE NÃO AGORA, QUANDO, PSDB?
O PSDB, no seu antigo formato, acabou. Ou os tucanos acordam para a realidade ou morrem. O espantoso é ter o presidente do PSDB deixado muito claro que, dane-se o partido, o seu candidato à Presidência da República é e será sempre, em primeiro lugar, alguém do Ceará.

A fórmula é marota por uma simples razão: o único político que se encaixa nesse perfil é Ciro Gomes, inimigo figadal dos tucanos, mas não, está posto, de Tasso. Mais: revelou que já tratou do assunto com o seu quase patrício (Ciro nasceu em Pindamonhangaba...). Só exige dele que se afaste do governo Lula.

Assim como, entre seu partido e Ciro, Tasso escolhe Ciro, não duvido que Ciro, entre Lula e Tasso, escolha Tasso, especialmente, digamos, ali pelo início do terceiro ano do segundo mandato de Lula...Por Reinaldo Azevedo.
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DILMA: INVESTIMENTO EVITOU PROBLEMA “SÉRIO” NO SETOR AÉREO
Dilma Rousseff, afirmou que o governo evitou "problemas sérios" nos aeroportos com investimentos da ordem de mais de R$ 3 bilhões na infra-estrutura do setor ao longo do governo do Lula da Silva. "Tivemos intervenção bastante significativa neste setor", disse, em resposta a questionamento sobre o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a crise aérea aprovado hoje.
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DEPOIS DA CASA ASSALTADA, A TRANCA
Desde que eclodiu a crise aérea, em fins de outubro, o Ministério da Defesa já empenhou (compromissos orçamentários para posteriores pagamentos) R$ 465,7 milhões no programa 0623 - “Proteção ao Vôo e Segurança do Tráfego Aéreo”. Ainda assim, a execução orçamentária do programa 0623 deixa a desejar.
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O QUE NOS RESTA COMO CIDADÃOS?
Equipamentos sofisticados e de última geração dizem estar sendo adquiridos. Têm alto custo, mas certamente não têm valor maior do que as 154 vidas ceifadas tragicamente. Por Sandra Silva - Socióloga e acadêmica de Direito

FARSA DO SALÁRIO MÍNIMO: O VALOR SERÁ MESMO R$ 375,00
Em clima da baderna, deputados petistas fingiram desobedecer ao Governo e votaram com a oposição o novo salário mínimo para o 2007, fixado em R$ 375,00. Esse valor é superior aos R$ 367,00 recomendado pelo Governo.

A pendenga, porém, é falsa: o número definido - R$ 375,00 - foi aprovado com o objetivo de evitar que prevaleça a proposta dos R$ 400,00 levantado pela Força Sindical com o discreto apoio da CUT (que sendo o braço sindical do Governo segue a orientação do Palácio do Planalto).

Averdade, e para caracterizar a farsa, os R$375,00 estão previstos na proposta orçamentária encaminhada pelo governo ao Congresso. Mas, como a Força Sindical iniciou sua campanha pelos R$ 400,00 (ou um número em torno de 400), Lula recomendou que o Ministério da Fazenda alegasse que o crescimento pífio da economia exigiu um valor menor, no caso R$ 367,00.

Para enganar os trabalhadores e se mostrar magnânimo, Lula vai partir para o desempate e que, por acaso, será R$ 375, 00, derrotando o Ministro da Fazenda. Mantega participa da farsa fazendo de conta que não é com ele. Política&Verdade

DE NOVO
PRESOS DE SP PODERÃO FICAR 11 DIAS EM CASA NAS FESTAS
Centenas de presos da capital que cumprem pena no regime aberto poderão passar 11 dias fora da prisão durante as festas de fim de ano - quatro dias a mais do que a lei permite para cada saída temporária.

A decisão é do juiz-corregedor dos presídios da capital, Carlos Fonseca Monnerat. Ele entende que NATAL É UMA FESTA E ANO NOVO, OUTRA. "A lei permite cinco saídas por ano de até sete dias, o que dá 35. Neste ano, o total de saídas somará 31 dias", afirmou. A saída será das 8 horas de 22 de dezembro até as 17 horas de 2 de janeiro.

Para o promotor Dimitrios Bueri, a medida vai aumentar a criminalidade. "Os bandidos estarão mais tempo na rua longe de vigilância e, nessa época, há mais gente nas ruas, com mais dinheiro no bolso", afirmou. Ele recorreu ao Tribunal de Justiça, mas o pedido de liminar foi negado. O mérito do recurso ainda será julgado.

Para o defensor público Geraldo Carvalho, responsável pela assistência judiciária nos presídios do Estado de São Paulo, o promotor parte do pressuposto errado ao pensar que os presos vão sair da cadeia para cometer crimes. Segundo ele, a maioria sai para se REINTEGRAR COM A FAMÍLIA.
Fonte: Agência Estado

COMENTÁRIO
E, por acaso, esta cafajestada - filhos de chocadeiras - tem família? Ora! Enquanto este bando de defensores de assassinos fala em “reintegração”, as bestas humanas trabalham arduamente para DIZIMAR as famílias de verdade.

Que o digam os parentes daquela família inteira de cidadãos honestos, queimados, vivos, dentro de um carro em Bragança Paulista.

É de dar nojo esta “justiça”, que parece estar trabalhando incansavelmente para ajudar a confundir e a atordoar a sociedade, com tantas pancadas de desmandos e injustiças sem limites. Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

terça-feira, dezembro 12, 2006

MENDIGO CRITICA PRESIDENTE

Lula assistiu a uma performance nada agradável enquanto esperava abrir o semáforo próximo à Rodoviária do Plano Piloto. Por volta das 14h30 de ontem, a comitiva presidencial que seguia da sede do Banco do Brasil para o Palácio do Planalto foi obrigada a parar no sinal do cruzamento do Eixão Sul com a Rodoviária.

Os três veículos com os seguranças de Lula pararam nas laterais e atrás do carro oficial. A parte da frente ficou livre. Foi a deixa para o pedinte Júlio Cezar Ferreira dos Santos, 32 anos, manifestar sua insatisfação com o governo.

Em uma cadeira de rodas onde se lia a palavra “Paz” no encosto, parou diante do comboio e fez um sinal com as mãos sugerindo que o presidente é ladrão. Depois girou, mostrou o saco vermelho que usa para pedir esmola no semáforo. Ficou ainda mais empolgado quando percebeu que estava sendo fotografado. Só quando o sinal ficou verde, um segurança desceu do carro que estava parado do lado esquerdo do veículo do presidente e segurou a cadeira de rodas para a comitiva passar.

Depois que Lula foi embora, Júlio Cézar contou que ficou paraplégico por causa de um acidente. Em seguida, mudou a história. Disse que levou três tiros no dia 3 de fevereiro de 2003, quando estava no centro de Taguatinga. Na época, trabalhava numa oficina de lanternagem e pintura da cidade. Sem poder andar, foi pedir dinheiro no sinal ao lado da Rodoviária. Morador do setor Arapoanga, em Planaltina, “Cezinha”, como é chamado pelos amigos, chega cedo todos os dias e fica por lá até o final da tarde. Ontem, foi embora logo depois do show para o presidente. Ganhou o dia mais cedo. Correio Braziliense

ANISTIA ACUSA BRASIL DE OMISSÃO NO MASSACRE DE DARFUR
Organizações não-governamentais (ONGs) acusam o governo brasileiro de ditar sua posição sobre direitos humanos na Organização das Nações Unidas (ONU) com base em interesses de sua política externa e não pensando nas vítimas de violações, principalmente na África. Hoje, o Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, vai discutir os massacres de Darfur, no Sudão.

O comportamento do Brasil será acompanhado atentamente por ativistas e pelos demais governos. Isso porque o Itamaraty surpreendeu ao hesitar em dar apoio à resolução preparada pelos países ocidentais, que pede que as autoridades do governo do Sudão sejam responsabilizadas pelo massacre.

As ONGs estimam que desde 2003 pelo menos 200 mil morreram no conflito armado entre o governo do Sudão e os grupos rebeldes em Darfur. Além disso, 2 milhões de civis foram obrigados a deixar suas casas e milícias estariam sendo armadas pelo governo. Não por acaso, a ONU classifica a situação como 'crime contra a humanidade' e pede que as autoridades do Sudão sejam investigadas.

O governo do Sudão, que não esconde a satisfação com o governo brasileiro, afirma que os mortos chegam a apenas 9 mil.

A proposta dos países ocidentais, que é liderada pela Europa e conta com o apoio de Argentina e Paraguai, prevê a visita de um representante da ONU à região e será votada hoje pelo conselho. 'Ficamos chocados com a posição brasileira', afirmou Mariette Grange, diretora da Human Rights Watch.

Ativistas querem que o Itamaraty - empenhado em aproximar o Brasil de países da África - não esqueça a defesa dos direitos humanos. Um grupo de 18 ONGs, liderado pela Conectas, enviou carta de apelo ao governo brasileiro ontem, pedindo que vote a favor da proposta.

Brasília já adotara atitude semelhante, ao não endossar outra proposta européia sobre o tema há duas semanas, preferindo se abster. 'Isso é o mesmo que apoiar a impunidade', criticou Mariette Grange.

Para Osman Hummaida, diretor da Organização do Sudão Contra a Tortura, o Brasil está certo em tentar formular uma política externa alternativa aos EUA ou à Europa e de não votar na ONU segundo a orientação de países ricos. 'Mas essa diplomacia alternativa não pode valer para todos os setores. Nos direitos humanos, está tendo resultados negativos para as vítimas e o Brasil precisa considerar isso', acusou Hummaida.

A Anistia Internacional na ONU ironizou a posição do Brasil. 'O País aprendeu rápido a ser uma potência e a colocar interesses próprios acima da defesa de direitos humanos.

Em carta obtida pelo Estado e enviada há dez dias pelo Itamaraty às ONGs, o governo se limitou a dizer que a situação em Darfur era 'complexa' e estava preocupado com a polarização entre os países do norte e do sul na ONU. O Brasil também teria optado por não apoiar a resolução européia para 'preservar espaço diplomático de interlocução com os africanos, adotando atitude construtiva'. Na carta enviada pela Conectas, as ONGs afirmam que 'uma postura construtiva e a preservação do espaço diplomático de interlocução com os africanos não podem deixar de lado os imperativos dos direitos humanos'.

O Brasil ainda tentava atuar ontem como mediador entre os países ocidentais e os africanos. O Sudão, apoiado pelos árabes e africanos, aceitava uma resolução que enviasse representantes da comunidade internacional, mas queria também que governos fizessem parte da missão. Os europeus se recusam a aceitar essa proposta.

Para o Brasil, uma opção seria o envio de representante da ONU, além de uma personalidade política relevante do cenário internacional. Para as ONGs, a proposta brasileira não é suficiente. O Itamaraty afirmou ontem que não comentaria o assunto porque a posição brasileira ainda está sendo discutida e pode ser mudada. Por Jamil Chade – O Estado de São Paulo

BEM QUE DIZEM QUE O ESQUERDISMO É DOENÇA INFANTIL
LULA AFIRMA QUE A “EVOLUÇÃO” O FEZ DEIXAR A ESQUERDA
Na noite desta segunda-feira, durante evento realizado em um hotel na Zona Sul de São Paulo, ele revelou que o aumento dos "cabelos brancos" fez com que mudasse ideologicamente, passando mais ao centro. Para Lula, isso faz parte da "evolução da espécie humana".
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CORRENTE DE FÉ
PRESIDENTE DA ANAC TAMBÉM REZA PELO FIM DA CRISE

A exemplo do ministro da Defesa, Waldir Pires, que na terça-feira afirmou que reza para que os problemas nos aeroportos sejam solucionados, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, admitiu nesta terça-feira fazer o mesmo para que o problema de atrasos e cancelamentos de vôos não ocorra mais. "Se tudo der certo, e evidentemente a gente sempre reza também, do ponto de vista técnico, as medidas foram tomadas para que os usuários tenham um fim de ano muito tranqüilo".
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É BOM REZAR MESMO
FAB TEME GREVE NO NATAL E JÁ TEM PLANO DE AQUARTELAMENTO DOS CONTROLADORES
O Comando da Aeronáutica está em alerta para uma possível paralisação do sistema de controle do tráfego aéreo a partir do dia 23, antevéspera do Natal. Por precaução, a Força Aérea Brasileira (FAB) já tem um plano de aquartelamento dos controladores militares, que seria desencadeado no dia anterior, sem data para ser suspenso. O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, trabalha pessoalmente com essa possibilidade e foi quem determinou esse planejamento.
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“CUMPANHERADAS”
- Lula decidiu manter seu velho amigo Okamoto no posto de presidência do Sebrae. Aquele santo homem, que assumiu, em depoimento à CPI dos Bingos, ter pago uma dívida de R$ 29,4 mil do Lula da Silva, mesmo sem o conhecimento do presidente. E que o Jobim, na época, interferiu e impediu a quebra de sigilos fiscal, telefônico e bancários do santo japonês.

- Saiu ontem indenização para Jacó Bittar. Um dos fundadores do PT receberá R$ 7.000 mensais por perseguição sofrida no regime militar. Os filhos de Bittar são sócios de Fábio, filho de Lula, na Gamecorp. FSP

Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

segunda-feira, dezembro 11, 2006

“PINOCHET REPRESENTOU “PERÍODO SOMBRIO” NO CONTINENTE” – BY LULA

O Lula da Silva afirmou neste domingo que o ex-ditador chileno Augusto Pinochet "simbolizou um período sombrio na história da América do Sul.”

"Foi uma longa noite em que as luzes da democracia desapareceram, apagadas por golpes autoritários", afirmou Lula, segundo nota assinada pelo porta-voz da Presidência, André Singer.

"Cabe fazer votos de que nunca mais a liberdade na região venha a ser ameaçada e que, em cada país, os povos possam sempre resolver em paz as suas diferenças", acrescentou o Lula, segundo a nota.
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ERA UMA VEZ A ESQUERDA....
"A história não se repete, ela gagueja." Consta que essa era uma das frases pichadas nos muros de Paris em Maio de 68. Como a fórmula original, que Marx consagrou a paródia forjada pelos estudantes rebeldes não teria nada mais a nos dizer-nos, brasileiros de uma época realista e triste.

Ela soa, porém, estranhamente familiar quando observamos o conjunto da obra de FHC e Lula. Sempre há argumentos para defender que, sim, "houve avanços" aqui e ali, mas a percepção de que andamos em círculos, ou gaguejamos, parece mais sincera, quase incontornável.

Em 2010, as duas maiores lideranças que a oposição ao regime militar foi capaz de produzir terão dividido 16 anos no comando do país. O príncipe e o sapo chegaram lá. Não é pouco.

Seria "poeta" quem imaginasse isso no início dos 90.

FHC passa à história como o homem que estabilizou a moeda - seu governo trocou inflação por dívida. O ex-príncipe da esquerda também foi, ironicamente, quem deu esteio e consistência ao delírio liberal de Collor, projetando-o no futuro. Foi a "modernização conservadora”.

Lula herdou esse arranjo histórico e tratou de comer pelas bordas, sem mudar nada estruturalmente. Alargou a transferência de renda aos condenados da Terra, fez o jogo da banca e estrangulou o crescimento do país. Há sempre incautos dispostos a acreditar que isso ainda vá mudar em quatro anos.

A iniqüidade social passou praticamente ilesa pelas mãos da nossa nata progressista. Por excesso de autocomplacência ou redução de horizontes essa frustração histórica não costuma ser registrada como tal. A degradação da vida (inclusive da "qualidade de vida", para usar o jargão da moda) em cidades como São Paulo e Rio salta à vista - e a incapacidade de percebê-la na sua extensão é mais um de seus sintomas.

Abriram-se, enfim, os alçapões do inferno para Pinochet. O Brasil ainda reluta em abrir os seus. Os arquivos secretos da ditadura permanecem trancados pelo governo Lula. Tanta omissão em nome do quê? : Por Fernando de Barros e Silva - Folha de São Paulo

PARA INGLES VER
“A declaração, feita por Tasso Jereissati, de que o PSDB apoiará a candidatura de José Agripino à presidência do Senado deve ser tomada como uma satisfação pública ao parceiro PFL, nada mais”. Em privado, a maioria da bancada tucana manifesta a intenção de reconduzir ao posto Renan Calheiros (PMDB-AL), que por sua vez não se cansa de lembrar seu papel na eleição de Téo Vilela em Alagoas e o fato de que esse Estado foi o único onde José Serra venceu em 2002.

A inclinação do PSDB mudará se Agripino ganhar musculatura e exibir chances robustas de vitória. Mas os tucanos só pegarão o bonde andando. Não estão dispostos a empurrá-lo. Na Mesa Diretora e fora dela, consideram-se muito bem servidos com Renan." (Noblat) Assinante da Folha
leia a coluna

RELATÓRIO INCONCLUSIVO LIVRA A CARA DOS SANGUESSUGAS
Passados seis meses, a CPI dos Sanguessugas deverá fechar seus trabalhos com a aprovação de um relatório inconclusivo. O documento final deverá ser apresentado pelo relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), nesta quarta-feira e não vai citar nenhum dos 71 parlamentares cujos nomes foram enviados para julgamento nos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado por suspeita de envolvimento com a máfia das ambulâncias. O texto também não vai apontar origem do R$ 1,75 milhão que seria usado por petistas para a compra de um dossiê contra políticos tucanos.

"Não vou fazer menção ao nome de parlamentares", confirma Lando. "Não temos em momento algum a origem do dinheiro para a compra do dossiê. Se não se descobre a origem do dinheiro, vou dizer o quê?
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AGORA, POR ÁGUA. SERVIÇO COMPLETO
EMBARCAÇÃO COM MAIS DE 100 TURISTAS NAUFRAGA NA BAHIA
Dos 128 turistas e quatro tripulantes que estavam em um catamarã que naufragou quando viajava destino a Salvador no final da noite deste domingo, apenas um ainda não foi resgatado. As vítimas ficaram horas à deriva aguardando socorro.
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INTERNANCIONAIS
O PÚBLICO E O PRIVADO: A HUMILHAÇÃO DAS PROSTITUTAS

O que era para ser uma demonstração de intolerância do governo contra a imoralidade que os ares da abertura vêm soprando sobre a China terminaram num dos maiores protestos da população chinesa contra a falta de respeito do governo chinês com relação á privacidade e aos direitos humanos.

Sob forte escolta policial, cerca de 100 prostitutas e seus clientes foram obrigados a desfilar para milhares de pessoas pelas ruas de Shenhen, na província de Guangdong, na quarta-feira passada, como forma de punição pela imoralidade.
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MORALES VAI USAR A FORÇA MILITAR CONTRA A OPOSIÇÃO
A desculpa do índio é que a “elite rica” (apoiada por “Washington”?), está tentando dividir o país andino e que ele irá combater esta tentativa de qualquer jeito. Morales, o esquerdista, enfrenta forte resistência de agricultores que não aceitam suas “reformas”. Principalmente, a redistribuição maciça de suas terras produtivas aos índios camponeses.
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Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

domingo, dezembro 10, 2006

"NÃO DÁ MAIS”

As palavras de Vera Souza Silva, que decidiu reservar uma parcela de seu apertado orçamento para o pagamento de um plano privado de saúde para seu filho de sete meses, resumem com perfeição a situação da maioria da população brasileira que depende do Sistema Único de Saúde (SUS): 'Hospital público e posto de saúde não dá mais.

A reportagem de Emilio Sant'Anna publicada pelo Estado no domingo e na segunda-feira passados é um retrato impressionante dos dramas pessoais e familiares decorrentes do mau funcionamento do sistema de saúde criado há 18 anos para atender toda a população, independentemente de sua condição social. Para as pessoas que dependem exclusivamente do SUS, e elas são a maioria da população, o efeito mais cruel da ineficiência do sistema é a demora na prestação do atendimento médico recomendado.

O caso da paciente Zilda Maria dos Santos, de 53 anos, relatado pelo jornal, é também o de muitas outras pessoas que procuram o SUS. Com fortes dores nas costas e nos braços, ela conseguiu marcar consulta médica para 27 de setembro de 2007, ou seja, daqui a dez meses. Pacientes ouvidos pela reportagem encaram demoras como essa com certa resignação - 'é muita gente (procurando atendimento); acho que a culpa não é dos funcionários' - e têm a esperança de que, quando chegar sua vez, terão atendimento adequado.

A advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) Cláudia Trettel também não vê problema na qualidade do serviço médico - 'no atendimento, o nível de satisfação é alto', diz ela -, mas observa que é grave o problema de acesso ao sistema. É um problema tão grave que começa a forçar uma parte da população que até agora dependia exclusivamente do SUS a procurar a proteção dos planos de saúde privados.

Segundo o IBGE, apenas um quarto da população pode dispensar o SUS, por dispor de um plano de saúde. Mas quem fica no SUS é justamente a parcela que mais necessita de atendimento médico, a de renda mais baixa, e, por isso, tem mais dificuldade para obter esse atendimento. 'Quem mais precisa é quem tem o menor acesso aos serviços', resumiu uma pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz ao analisar os resultados da pesquisa do IBGE feita em 2005.

É lamentável que, tanto tempo depois de sua criação, o SUS enfrente problemas tão sérios como os relatados na reportagem. Ações mal planejadas, desarticulação entre os três níveis de governo, burocracia e escassez de recursos estão entre as causas da precariedade do atendimento.

As deficiências do sistema não se limitam aos dramas enfrentados pelos pacientes. Também são seriamente afetadas as instituições que prestam serviços em nome do SUS. Em muitos casos, em razão do baixíssimo valor que o SUS paga, parece irônico falar em 'remuneração'. Há menos de três meses, o Estado mostrou a grave crise enfrentada pelos hemocentros do País, cuja origem estava nos baixos valores repassados pelo SUS. Por procedimentos cujo custo está em cerca de R$ 1 mil, o SUS estava pagando menos de R$ 340. Em média, os gastos estavam 50% acima dos valores reembolsados pelo SUS.

Instituições beneméritas e de utilidade pública, como as Santas Casas de várias cidades, fecharam suas portas por problemas financeiros decorrentes da baixa remuneração de seus serviços pelo SUS. Essas instituições reservam até 60% de seus leitos para pacientes atendidos pelo SUS, mas os valores repassados pelo sistema são insuficientes para cobrir os custos. Algumas Santas Casas vêm recorrendo a empréstimos bancários para manter suas operações, mas este é um recurso limitado e que, na maioria dos casos, apenas adia o encerramento de suas atividades.

O atendimento médico adequado à população de baixa renda é tarefa do Estado, mas impõe um custo. Os recursos públicos são limitados e, por isso, se o governante não souber fazer escolhas corretas, e gastar onde não deve, alguma coisa terá de ser sacrificada. O mínimo que se pode exigir é que os governantes não escolham sacrificar a saúde da população. Editorial - O Estado de São Paulo

RENDA DA CLASSE MÉDIA CAI 46% EM 6 ANOS
Parcela da população que ganha acima de três salários mínimos perde 2 milhões de empregos formais desde 2001.
O saldo da criação de empregos e da evolução da renda da classe média no primeiro mandato do governo Lula é amplamente negativo. Nessa parcela da população que mais paga imposto e consome, deu-se o contrário do verificado entre os mais pobres, em que a renda e o emprego prosperaram.
Entre a maioria dos países da América Latina, com exceção da Argentina, é no Brasil onde a classe média mais encolheu sua participação no total da renda nos últimos anos. O fenômeno ocorre desde os anos FHC. Assinantes da FSP –
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ANALFABETISMO PERSISTE NO PAÍS
Prioridade número um no governo Lula, o combate ao analfabetismo já consumiu mais de R$ 700 milhões do Programa Brasil Alfabetizado, do MEC. O dinheiro é suficiente para atender 7,1 milhões de adultos, mas surtiu pouco efeito, segundo o Pnad do IBGE. O MEC nega, obviamente, o fracasso do programa.
Leia no Globo digital

BOLSA FAMÍLIA CAUSANDO DESESTÍMULO AO TRABALHO
VITÓRIA, FORTALEZA, TERESINA, SALVADOR E BELÉM. Com medo de perder o benefício, trabalhadores estão recusando ofertas de emprego na agricultura, segundo reportagem da edição deste domingo do jornal “O Globo”.
O alerta foi dado por produtores de café do Espírito Santo semana passada. Em vários Estados do Norte/Nordeste a situação é semelhante.
Leia reportagem completa no Globo digital

CORRUPÇÃO CONSOME 1,37% DO PIB BRASILEIRO
Uma pesquisa realizada pela Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) revela dados alarmantes sobre os números da corrupção no Brasil. De acordo com o levantamento, o desvio de dinheiro público consome R$ 26 bilhões por ano, o que representa 1,37% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
A pesquisa mostra ainda que o brasileiro ficaria 23% mais rico se fossem reduzidos os índices de corrupção interna ao nível, por exemplo, do Chile, nação considerada a menos corrupta da América Latina. Diego Casagrande

INTERNACIONAIS
AMÉRICA LATINA SEGUE ACUMULANDO “DIABOS”
"Fidel, já não somos dois diabos, a "diabeira" continua crescendo (...) cada dia somos mais", Por Hugo Chávez.
Ao final da Cúpula dos Povos, encontro social paralelo à reunião de presidente sul-americanos realizada em Cochabamba, na noite de sábado, esta foi a mensagem do arremedo de ditador enviada ao caquético Fidel Castro, referindo-se que a América do Sul segue acumulando "diabos" com a chegada de mais governantes de esquerda. Portal Terra –
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Por Gaucho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)