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terça-feira, dezembro 12, 2006

MENDIGO CRITICA PRESIDENTE

Lula assistiu a uma performance nada agradável enquanto esperava abrir o semáforo próximo à Rodoviária do Plano Piloto. Por volta das 14h30 de ontem, a comitiva presidencial que seguia da sede do Banco do Brasil para o Palácio do Planalto foi obrigada a parar no sinal do cruzamento do Eixão Sul com a Rodoviária.

Os três veículos com os seguranças de Lula pararam nas laterais e atrás do carro oficial. A parte da frente ficou livre. Foi a deixa para o pedinte Júlio Cezar Ferreira dos Santos, 32 anos, manifestar sua insatisfação com o governo.

Em uma cadeira de rodas onde se lia a palavra “Paz” no encosto, parou diante do comboio e fez um sinal com as mãos sugerindo que o presidente é ladrão. Depois girou, mostrou o saco vermelho que usa para pedir esmola no semáforo. Ficou ainda mais empolgado quando percebeu que estava sendo fotografado. Só quando o sinal ficou verde, um segurança desceu do carro que estava parado do lado esquerdo do veículo do presidente e segurou a cadeira de rodas para a comitiva passar.

Depois que Lula foi embora, Júlio Cézar contou que ficou paraplégico por causa de um acidente. Em seguida, mudou a história. Disse que levou três tiros no dia 3 de fevereiro de 2003, quando estava no centro de Taguatinga. Na época, trabalhava numa oficina de lanternagem e pintura da cidade. Sem poder andar, foi pedir dinheiro no sinal ao lado da Rodoviária. Morador do setor Arapoanga, em Planaltina, “Cezinha”, como é chamado pelos amigos, chega cedo todos os dias e fica por lá até o final da tarde. Ontem, foi embora logo depois do show para o presidente. Ganhou o dia mais cedo. Correio Braziliense

ANISTIA ACUSA BRASIL DE OMISSÃO NO MASSACRE DE DARFUR
Organizações não-governamentais (ONGs) acusam o governo brasileiro de ditar sua posição sobre direitos humanos na Organização das Nações Unidas (ONU) com base em interesses de sua política externa e não pensando nas vítimas de violações, principalmente na África. Hoje, o Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, vai discutir os massacres de Darfur, no Sudão.

O comportamento do Brasil será acompanhado atentamente por ativistas e pelos demais governos. Isso porque o Itamaraty surpreendeu ao hesitar em dar apoio à resolução preparada pelos países ocidentais, que pede que as autoridades do governo do Sudão sejam responsabilizadas pelo massacre.

As ONGs estimam que desde 2003 pelo menos 200 mil morreram no conflito armado entre o governo do Sudão e os grupos rebeldes em Darfur. Além disso, 2 milhões de civis foram obrigados a deixar suas casas e milícias estariam sendo armadas pelo governo. Não por acaso, a ONU classifica a situação como 'crime contra a humanidade' e pede que as autoridades do Sudão sejam investigadas.

O governo do Sudão, que não esconde a satisfação com o governo brasileiro, afirma que os mortos chegam a apenas 9 mil.

A proposta dos países ocidentais, que é liderada pela Europa e conta com o apoio de Argentina e Paraguai, prevê a visita de um representante da ONU à região e será votada hoje pelo conselho. 'Ficamos chocados com a posição brasileira', afirmou Mariette Grange, diretora da Human Rights Watch.

Ativistas querem que o Itamaraty - empenhado em aproximar o Brasil de países da África - não esqueça a defesa dos direitos humanos. Um grupo de 18 ONGs, liderado pela Conectas, enviou carta de apelo ao governo brasileiro ontem, pedindo que vote a favor da proposta.

Brasília já adotara atitude semelhante, ao não endossar outra proposta européia sobre o tema há duas semanas, preferindo se abster. 'Isso é o mesmo que apoiar a impunidade', criticou Mariette Grange.

Para Osman Hummaida, diretor da Organização do Sudão Contra a Tortura, o Brasil está certo em tentar formular uma política externa alternativa aos EUA ou à Europa e de não votar na ONU segundo a orientação de países ricos. 'Mas essa diplomacia alternativa não pode valer para todos os setores. Nos direitos humanos, está tendo resultados negativos para as vítimas e o Brasil precisa considerar isso', acusou Hummaida.

A Anistia Internacional na ONU ironizou a posição do Brasil. 'O País aprendeu rápido a ser uma potência e a colocar interesses próprios acima da defesa de direitos humanos.

Em carta obtida pelo Estado e enviada há dez dias pelo Itamaraty às ONGs, o governo se limitou a dizer que a situação em Darfur era 'complexa' e estava preocupado com a polarização entre os países do norte e do sul na ONU. O Brasil também teria optado por não apoiar a resolução européia para 'preservar espaço diplomático de interlocução com os africanos, adotando atitude construtiva'. Na carta enviada pela Conectas, as ONGs afirmam que 'uma postura construtiva e a preservação do espaço diplomático de interlocução com os africanos não podem deixar de lado os imperativos dos direitos humanos'.

O Brasil ainda tentava atuar ontem como mediador entre os países ocidentais e os africanos. O Sudão, apoiado pelos árabes e africanos, aceitava uma resolução que enviasse representantes da comunidade internacional, mas queria também que governos fizessem parte da missão. Os europeus se recusam a aceitar essa proposta.

Para o Brasil, uma opção seria o envio de representante da ONU, além de uma personalidade política relevante do cenário internacional. Para as ONGs, a proposta brasileira não é suficiente. O Itamaraty afirmou ontem que não comentaria o assunto porque a posição brasileira ainda está sendo discutida e pode ser mudada. Por Jamil Chade – O Estado de São Paulo

BEM QUE DIZEM QUE O ESQUERDISMO É DOENÇA INFANTIL
LULA AFIRMA QUE A “EVOLUÇÃO” O FEZ DEIXAR A ESQUERDA
Na noite desta segunda-feira, durante evento realizado em um hotel na Zona Sul de São Paulo, ele revelou que o aumento dos "cabelos brancos" fez com que mudasse ideologicamente, passando mais ao centro. Para Lula, isso faz parte da "evolução da espécie humana".
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CORRENTE DE FÉ
PRESIDENTE DA ANAC TAMBÉM REZA PELO FIM DA CRISE

A exemplo do ministro da Defesa, Waldir Pires, que na terça-feira afirmou que reza para que os problemas nos aeroportos sejam solucionados, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, admitiu nesta terça-feira fazer o mesmo para que o problema de atrasos e cancelamentos de vôos não ocorra mais. "Se tudo der certo, e evidentemente a gente sempre reza também, do ponto de vista técnico, as medidas foram tomadas para que os usuários tenham um fim de ano muito tranqüilo".
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É BOM REZAR MESMO
FAB TEME GREVE NO NATAL E JÁ TEM PLANO DE AQUARTELAMENTO DOS CONTROLADORES
O Comando da Aeronáutica está em alerta para uma possível paralisação do sistema de controle do tráfego aéreo a partir do dia 23, antevéspera do Natal. Por precaução, a Força Aérea Brasileira (FAB) já tem um plano de aquartelamento dos controladores militares, que seria desencadeado no dia anterior, sem data para ser suspenso. O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, trabalha pessoalmente com essa possibilidade e foi quem determinou esse planejamento.
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“CUMPANHERADAS”
- Lula decidiu manter seu velho amigo Okamoto no posto de presidência do Sebrae. Aquele santo homem, que assumiu, em depoimento à CPI dos Bingos, ter pago uma dívida de R$ 29,4 mil do Lula da Silva, mesmo sem o conhecimento do presidente. E que o Jobim, na época, interferiu e impediu a quebra de sigilos fiscal, telefônico e bancários do santo japonês.

- Saiu ontem indenização para Jacó Bittar. Um dos fundadores do PT receberá R$ 7.000 mensais por perseguição sofrida no regime militar. Os filhos de Bittar são sócios de Fábio, filho de Lula, na Gamecorp. FSP

Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)