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sábado, dezembro 09, 2006

CHÁVEZ NÃO GANHOU AS ELEIÇÕES NA VENEZUELA

“É evidente que Rosales ganhou as eleições da Venezuela e de avalanche. Isso não tem discussão. Basta comparar as concentrações opositoras – maciças e espontâneas – com as do governo, todas pagas e cheias de abuso.

A pergunta é: Por que Rosales aceitou a derrota, sabendo-se ganhador?

Por um lado, as forças do governo ameaçaram a Rosales de massacrar o povo e destruir as instalações petrolíferas caso não ele não acatasse submissamente a derrota; por outro lado, se ele proclamasse a fraude das eleições, haveria intervenções das Forças Armadas, como bem antecipou o jornalista Rafael Poleo”. - Matéria do Fuerza Solidária
“Motivos del pacto” Por: Alejandro Peña Esclusa, em 6/12/ 2006

CHANTAGEM
Se a vantagem do candidato Manuel Rosales sobre Hugo Chávez é tão evidente e tão desconcertante, por que alguns membros de seu comando de campanha insistem em dizer que existe um empate técnico.

Em dezembro do ano passado, quando a oposição se absteve de participar das eleições, apenas 9 por cento dos venezuelanos acorreram à votação. Então, por que a própria oposição atribui a Chávez 40 % de respaldo? Por acaso temem dizer a verdade, que vão ganhando com ampla margem?

Nas últimas três semanas Chávez ameaçou a oposição com um banho de sangue se se atrevessem a tirá-lo do poder. É de se supor que – se é isso o que ele diz em público – fez chegar mensagens privadas ainda mais graves ao comando de Rosales, responsabilizando-o do que possa ocorrer por defender seu triunfo.

Sei bem do que falo. Nunca em minha vida recebi tantas pressões e ameaças como em dezembro de 2001, quando organizei a primeira marcha à Miraflores. Apesar de ser um protesto pacífico, que contava com todas as autorizações, membros do oficialismo me exigiram suspender a marcha, responsabilizando-me pelas possíveis mortes que haveriam (provocadas por eles mesmos, certamente). Como dado curioso, também recebi pressões da própria oposição.

Estou convencido de que fizeram o mesmo com Enrique Mendoza no ano de 2004, durante o Referendo Revocatório. Disseram-lhe que se induzisse as pessoas a irem às ruas para defender o triunfo da oposição haveria mortos, como de fato ocorreu no dia seguinte na Praça Altamira.

A lógica do Regime é simples e ao mesmo perversa: se Rosales ganhar as eleições – como evidentemente ocorrerá – e o Regime cometer fraude, então a oposição deverá aceitar submissamente a “derrota”porque, do contrário, se desencadeará a violência.

Segundo a lógica oficialista, os culpados não serão aqueles que exerçam a violência de maneira injusta e arbitrária, mas as vítimas inocentes, por querer defender seus direitos de forma pacífica e, em última instância, o principal culpado seria o próprio Rosais.

Ao Regime, sabendo-se perdido e sem respaldo popular, não lhe resta outro remédio que recorrer à ameaça, porém confio em que a chantagem não prevaleça neste momento histórico, quando está em jogo não só o futuro da Venezuela, mas o de todo o continente americano. Por Alejandro Peña Esclusa - 09/12/ © 2006 MidiaSemMascara.org

Nota da Tradutora: Este artigo foi escrito em 21 de novembro de 2006 e está sendo divulgado novamente, pelo próprio Peña Esclusa, para que se possa compreender a aceitação “tão rápida” e a passividade de Manuel Rosales diante de uma derrota fraudulenta. Se não estivesse baseado em fatos vividos pelo autor, portanto, de uma experiência concreta de como age o regime castro-chavista, poder-se-ia dizer que se tratava de premonição. Tradução: Graça Salgueiro

UM FIDEL COM PETRÓLEO
Fidel está à morte. Com ele será enterrada a ruinosa experiência do socialismo caribenho. Com petrodólares e planos de expandir sua revolução, Hugo Chávez já se apresenta como novo líder da esquerda latino-americana. Fidel teve a história ao lado dele e muito carisma. Fracassou. Chávez tem petróleo e nenhuma autocensura. Vai fracassar também. Mas a que preço?

O FILHOTE DO DITADOR
O presidente venezuelano está seguindo os passos do cubano moribundo. Revista Veja
Leia reportagem completa

LULA E CHÁVEZ DEFENDEM MORALES NA BOLÍVIA
Inclusive, Hugo Chávez faz
sérias ameaças à oposição colombiana e exige que ela respeite Evo Morales, porque ele não ficará de braços cruzados.

COCHABAMBA - Evo Morales ganhou apoios de peso na queda-de-braço com a oposição. O Lula da Silva e o Hugo Chávez manifestaram nessa sexta-feira, ao chegar para a Cúpula Sul-Americana de Cochabamba, o apoio ao presidente boliviano.

Numa entrevista coletiva improvisada no aeroporto local, Lula afirmou que não devem se exagerar as dificuldades políticas internas de Morales, que enfrenta uma onda de greves de fome e ameaças de protestos regionais articuladas pela oposição de direita em protesto contra as reformas "anti-neoliberais" promovidas pelo atual governo, no poder desde janeiro.

"Todo mundo sabe o que eu penso da vitória de Evo Morales, todo mundo sabe o significado que a vitória de Evo Morales tem para o mundo e para os amantes da democracia", disse Lula.
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Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)