movimento ordem vigília contra corrupcao

sábado, outubro 21, 2006

“A PRESENÇA DO ZÉ DIRCEU SÃO AS DIGITAIS DE LULA NO DOSSIÊ”


Frase do Senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) e as ligações do ex-ministro à gangue do dossiê.

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NO RASTRO DO AUTOR
Na tentativa de entender esse emaranhado de dúvidas e suposições que se tornou o caso do dossiê antitucano, Adriana Vandoni faz a pergunta crucial: “Afinal, quem mandou? Leia aqui
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“PETISTAS NÃO VÃO MAIS FAZER BURRICE NO GOVERNO”

Horas depois de a Polícia Federal ter identificado telefonemas de um dos petistas envolvidos no escândalo do dossiê para o cassado Zé Dirceu e o chefe do Gabinete Pessoal, Gilberto Carvalho, o Lula da Silva prometeu, nesta sexta-feira, que o PT não fará mais burrices, caso seja reeleito.

"Agora já aprendemos, estamos mais calejados... os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato" - Lula em comício na região central de Belo Horizonte. Por Ricardo Amaral - Reuters
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VEJA: FILHO DE LULLA FEZ LOBBY NO PLANALTO

O cara era monitor de zebra, paca e girafa até outro dia. O pai chega à Presidência, e ele se torna um fenômeno, um Ronaldinho dos negócios. A reportagem de Veja não é repeteco de nada, não. E vai muito além do que era conhecido. – Por Reinaldo Azevedo


LEIA UM TRECHO DA VEJA:

“O caso de Lulinha tem uma complexidade maior. Sua relação com a Telemar não se esgota nos interesses de ambos na Gamecorp. O filho do presidente foi acionado para defender interesses maiores da Telemar junto ao governo que o pai chefia. Em especial, em setores em que se estudava uma mudança na legislação de telecomunicações que beneficiava a Telemar.

VEJA descobriu agora que a mudança na lei foi tratada por Lulinha e seu sócio Kalil Bittar com altos funcionários do governo. O assunto levou a dupla a três encontros com Daniel Goldberg, titular da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE).

Em um desses encontros, ocorrido no início de 2005, Lulinha e Kalil, já então sócios da Telemar, sondaram o secretário sobre a posição que a SDE tomaria caso a Telemar comprasse a concorrente Brasil Telecom – fusão que a lei proíbe ainda hoje. Goldberg, ciente do obstáculo legal, disse que o negócio só seria possível mediante mudança na lei.

“O estouro do escândalo Lulinha abortou os esforços para mudar a legislação e favorecer o sócio do filho do presidente.”
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DEMOCRACIA ABSOLUTISTA

Inegável que a democracia seja um valor. O erro moderno, contudo, é considerá-la valor absoluto, ao qual tudo o mais pode e deve ser sacrificado. Como toda idéia que tende a sobrepor-se à realidade, também a democracia corre o risco de tornar-se ideológica.

A análise dos fatos mais evidentes – e um mínimo de filosofia clássica, não sua deturpação sectária e iluminista ministrada em sala de aula, pode ajudar nesse sentido – fornece-nos um dado irrefutável: nem tudo é motivo de escolha, nem tudo deve ser eleito por uma maioria. Nisso está que a verdade, o bem, não são objetivos de pleito democrático algum!

Como a democracia, também a monarquia e a aristocracia são valores, segundo o esquema aristotélico-tomista. Livres somos para a adoção de um ou outro, bem como para mesclar as três formas ou duas delas. Equivoca-se o monarquista, v.g., quanto, tornando sua opção valor supremo, único, acaba defendendo a monarquia absolutista. Do mesmo modo, a democracia pode ser degenerada, convertendo-se em algo como uma “democracia absolutista”.

Na monarquia absoluta, confere-se ao soberano poder de decisão sobre todas as coisas, colocando-o acima da moral e do direito. Algo semelhante ocorre com a mania contemporânea de endeusar a democracia: dá-se ao povo condições de decidir, de modo absoluto, sobre o bem e o mal, e, com isso, corrompe-se o valor, originalmente bom.

Serve a democracia para a escolha de governantes e representantes. Aí, sim, ela cumpre seu papel – que, aliás, não é único, dado que as demais formas políticas são igualmente válidas. Criamos um monstro quando o princípio democrático é transportado para outros campos, e, de relativo, seu valor torna-se absoluto.

A maioria da população não tem direito algum de, por eleição, legitimar atos contra a verdade. A mentira não se muda em verdade por vontade popular. O erro não se transforma em direito. A democracia não tem, pois, o condão de autorizar, nem por unanimidade, o homicídio, o furto, o estupro. Pelo mesmo viés, não compete ao povo nem ao Parlamento, no qual se assentam seus representantes, aprovar normas permissivas ao aborto, ao extermínio de embriões humanos, à eutanásia, ao confisco da propriedade privada, à impossibilidade – via desarmamento – do exercício da legítima defesa.

Todo o poder emana do povo? Todo? Para Heinz Krekeler, a soberania popular absoluta é uma tese jurídica perigosa, pois, a prevalecer, insinuaria que o povo (ou o Parlamento) poderia decidir acabar com a própria soberania popular, substituindo-a pela tirania aceita pela maioria.

A democracia absoluta tem o poder de extinguir a democracia em si. Se o monarca deve respeitar uma ordenação maior, sob pena de instaurar um regime absolutista, também na democracia a lei natural e a moral precisam ser observadas.

Deputados, presidentes, prefeitos podem ser escolhidos pelo voto. Nunca os conceitos de verdade, de ética, de bem. Estes são pontos a guiar nossas escolhas, e não objetos das mesmas, descartáveis conforme a opinião das massas.

Ainda que todos queiram o erro, não tem ele direito a triunfar! "Como demonstra a história, uma democracia sem valores pode converter-se facilmente em um totalitarismo aberto ou encoberto." [*] Por Rafael Vitola Brodbeck - 2006 MidiaSemMascara.org
Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

sexta-feira, outubro 20, 2006

TRAPAÇA DA GROSSA


Lembram-se da auto-suficiência em petróleo, cantada em prosa e verso por aquele que nunca sabe o que importa, mas que decora números e estatísticas melhor do que alguns experientes atores de teatro? Lembram-se da propaganda maciça e inclemente da Petrobrás, no início do ano (eleitoral!), nos mostrando como ela é eficiente? Lembram-se da fotografia da famosa mão tetra-digital ensopada de ouro negro? Lembram-se da farra publicitária, para mostrar aos súditos de Sua Majestade o quanto deveríamos ser-lhe gratos por tamanha benção? (Aliás, esse pessoal das estatais adora falar de uma tal “governança corporativa”, mas do que eles gostam mesmo é de uma boa “gastança corporativa”).

Pois bem, nobre amigo, era tudo cascata. Mentira da grossa. Duvida?
Pois então vá ao site da ANP
(http://www.anp.gov.br/petro/importacao_dados.asp)
e confirme você mesmo. Veja lá que importamos US$ 6,353 bilhões em petróleo cru e exportamos US$ 4,131 bilhões, no período de janeiro a agosto deste ano. Isto corresponde a um déficit nominal de US$ 2,222 bilhões até agosto. Em valores físicos, importou-se 91,24 milhões de barris e exportou-se 78,73 milhões, perfazendo um déficit total de 12,5 milhões de barris.


Aliás, eu gostaria muito que alguém desse uma explicação para uma questão que deixou-me, por assim dizer, embasbacado. A nossa gloriosa Petrossauro (Ave! Mestre Roberto Campos) importou petróleo cru a um preço médio de US$ 69,06 por barril (FOB) e vendeu ao exterior o nosso valiosíssimo “produto estratégico”, retirado de nossas reservas nacionais “estratégicas”, por um preço médio aproximado de US$ 52,46 (veja tabela abaixo).

Tudo bem, tudo bem, eu sei que há diferentes qualidades de petróleo, mas uma diferença média de US$ 17 por barril? Que diabos de petróleo é esse que temos aqui, que vale perto de 20% menos que os outros? por João Luiz Mauad – Mídia Sem Máscara

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CAMPANHA PETISTA REÚNE SÓ 200 PESSOAS EM MARCHA EM SP E CULPA MAU TEMPO

A chuva. Essa foi a justificativa utilizada pelos movimentos sociais para o fracasso do anunciado "grande ato pró-Lula" realizado na manhã de ontem nas principais capitais do país.

Na principal delas, por exemplo, os movimentos conseguiram reunir no centro de São Paulo 200 pessoas -número dos próprios organizadores-, ou menos de um décimo do esperado: entre 6.000 e 7.000 ativistas.

"Para nós, cumpriu objetivamente o que a gente queria: panfletear a rua, entregar a carta para a população", minimizou o sindicalista e coordenador de mobilização da campanha de Lula, João Felício, que em seguida recuou. "Vamos rediscutir São Paulo porque tivemos um problema terrível com a chuva, [vamos ver] se é possível fazer mais uma vez.”

Irritado com a pergunta da reportagem, se o público foi abaixo do esperado, Felício criticou a imprensa e a Folha. "Quando tem bastante gente vocês não divulgam. Agora, quando tem pouca gente, aí... Amanhã, por exemplo, vai ter uma bela matéria: "Fracassa o ato dos movimentos sociais”.

O evento foi organizado por 29 entidades sindicais e por movimento sociais, entre os quais a UNE (União Nacional dos Estudantes), a CUT (Central Única dos Trabalhadores e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Por Rogério Pagnan- Reportagem Local
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DEBATE CONTA SÓ COM PEQUENA MILITÂNCIA DO PT NO SBT

O debate no SBT contou com a presença de uma pequena e tímida militância do PT na porta da emissora. O frio, a distância (a sede do SBT fica na via Anhangüera) e a falta de estrutura atraiu apenas 21 cabos eleitorais do Lula.

O baixo quórum surpreendeu até mesmo a Polícia Militar, que mobilizou 85 homens para o evento. Uma kombi serviu de carro de som e meio de transporte para 9 militantes, que foram de Perdizes para a emissora. Da Agência Estado
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AS PRESSÕES DA CAMPANHA DE LULLA CONTRA A IMPRENSA

Num único dia a coligação de Lula abriu três ações no TSE contra a imprensa. Duas contra a revista VEJA, uma contra a Folha de S. Paulo. Dias atrás, a coligação conseguiu retirar um comentário de Arnaldo Jabor do site da CBN. Recurso publicitário já usado pela revista de umas semanas para cá, um out-door sobre uma edição de VEJA com Geraldo Alckmin na capa também foi retirado. (Na semana anterior, o out-door mostrava um elefante de cabeça para baixo, ilustração da capa daquela edição).

Falando com franqueza: a coligação faz isso porque tem receio de novas descobertas sobre a Operação Tabajara. Pode ser triste, deprimente, mas é verdade. O governo não teme opiniões nem discordâncias. Tem medo de revelações que possam atrapalhar a reeleição de Lula. Por isso a coligação pressiona a imprensa.

Li as reportagens, conferi as alegações dos advogados, conversei com muitos envolvidos. A coligação acusa a revista e o jornal de muitas coisas. Mas não consegue apontar um único erro factual. Não dá testemunhas nem indícios para demonstrar que os eventos apontados por VEJA não ocorreram da forma descrita pela revista. Como observará um leitor atento, a reportagem publicada pela Folha consiste, na verdade, numa continuação das notícias publicadas por VEJA.

As pesquisas mostram que Lula tem uma vantagem imensa sobre Alckmin. Mesmo assim a coligação do PT e aliados continua dando sinais de nervosismo. Por Paulo Moreira Leite.
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EM FAMÍGLIA: QUADRILHEIROS DE LULLA MORAM NO MESMO PRÉDIO

No mesmo bloco B do condomínio Torres da Mooca, onde Freud Godoy manteve encontros com integrantes do governo e do PT, um outro envolvido no escândalo do dossiê Vedoin aparece como dono de imóvel.

O apartamento 174 B pertence a Oswaldo Bargas - apontado como o responsável pela tentativa de venda do dossiê à revista Época e colaborador do programa de Lula.

Quem ocupa o apartamento hoje é o presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva Santos. Nem Bargas nem Santos foram localizados ontem.

O Torres da Mooca é um dos empreendimentos imobiliários da Cooperativa Habitacional do Sindicato dos Bancários (Bancoop), criada pelo presidente afastado do PT Ricardo Berzoini. Moradores do condomínio levantaram suspeitas sobre a propriedade dos imóveis onde moram Espinoza e Aurélio.

É que na ata da assembléia em que foram sorteados os apartamentos, em 14 de fevereiro de 2004, 18 unidades apareciam como objeto de permuta e não poderiam ser escolhidas. Os apartamentos 183 B e 203 B, de Aurélio e Espinoza, respectivamente, estavam nessa lista.

O próprio presidente Lula tem um apartamento em um edifício que está sendo construído pela Bancoop no Guarujá.

O imóvel está registrado na declaração de bens entregue ao Tribunal Superior Eleitoral, mas sem o nome completo da cooperativa. Site do Dep. Aleluia.

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DEPUTADOS JÁ SE PREPARAM PARA AUMENTAR SEUS SALÁRIOS EM 90%

Depois das eleições, um tema específico deverá tomar conta das discussões no Congresso: o reajuste dos salários dos parlamentares — uma das propostas é de conceder até 90,70% de aumento salarial.

Até lá, o tema é considerado espinhoso. Mas ontem o líder do PT na Câmara, partido do governo, deputado Henrique Fontana (RS), defendeu o aumento, sem citar números.
Atualmente os deputados recebem R$ 12.847,20 de salário bruto, fora uma série de benefícios diretos e indiretos, como auxílio-moradia de R$ 3 mil mensais e mais as cotas para despesas com gabinetes.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), reconheceu estar sendo pressionado por parlamentares por reajuste. Renata Giraldi – O Dia Online

Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)


quinta-feira, outubro 19, 2006

“DUVIDO QUE ALGUÉM TENHA ME VISTO BÊBADO”


"Aí está mais o preconceito, porque, se um presidente grã-fino tomasse um uísque num coquetel, seria chique. O Lula não é. Eu duvido que tenha um jornalista neste país, eu duvido, que já tenha me visto bêbado. Duvido que vocês encontrem um sindicalista deste país que já tenha me visto bêbado. Duvido [elevando o tom de voz]. E eu fiquei nervoso porque aquele cidadão nunca tinha sequer sentado numa mesa comigo."

O Lula falando sobre a tentativa de expulsar do país, o correspondente Larry Rohter, do jornal norte-americano "The New York Times". Em 2004, o jornalista fez uma reportagem, sem ouvir o presidente, na qual relatava eventuais preocupações com os supostos excessos alcoólicos do petista. Folha de São Paulo.

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“NÃO HÁ O QUE FAÇA O BRASIL CRESCER MENOS DE 5%”

O Lula da Silva, afirmou hoje que após assumir o País com a economia com problemas, construiu os alicerces para que o Brasil volte a apresentar um nível de crescimento satisfatório.

Em entrevista concedida nesta noite ao Jornal da Record, ele disse que nenhum contratempo será capaz de fazer a economia nacional crescer menos que 5% nos próximos anos. Agência do Estado
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BRASIL LIDERA A FILA DOS ATRASADOS

Os investidores brasileiros estão indo embora em busca de melhores oportunidades e os estrangeiros deixaram de vir. A conseqüência é que estamos entrando, a médio prazo, no caminho da fuga de capitais, principalmente externos, e numa tendência de empresas nacionais destinarem a maior parte dos seus recursos ao exterior. Assustei?

Pois é isso o que mostra análise mais atenta do balanço anual da ONU sobre o fluxo de investimentos diretos globais.

Os investimentos diretos mundiais - cuidado, não os financeiros - aumentaram no ano passado 29%, e os recursos que vieram para o Brasil recuaram 17%. Não recebemos mais do que US$ 15,1 bilhões no ano passado (14º lugar!) e neste não deveremos passar de US$ 14 bilhões.

Enquanto isso, aumentam os investimentos brasileiros no exterior, por várias razões. Algumas empresas buscam mercado, outras, menor sufoco tributário, cambial e de juros que elas não podem mais aqui suportar. Na verdade, a manter-se o clima atual, nem precisamos “expulsar” os “capitais colonialistas”. Eles não vêm e estão atraindo os nossos.

ELES SE AFASTAM DA GENTE

Quem melhor analisou os dados da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) foi o prof. Antônio Corrêa de Lacerda, em seu artigo de ontem no Estado.

Viu o que muitos em Brasília não queriam ver.

1 - As empresas brasileiras estão aumentando seus investimentos no exterior. O estoque hoje é de US$ 71,5 bilhões. “Isso nos coloca em 6º lugar no ranking dos investidores externos.” Estamos começando a ser os novos “capitalistas” financiadores do mundo...

2 - Os países ricos do Norte que investiam nos do Sul agora estão investindo entre si, como, por exemplo, o Reino Unido, o maior investidor, US$ 164,5 bilhões, e os EUA, US$ 99,4 bilhões, afastando-se dos países do Sul.

FICAMOS PARA TRÁS

Hoje, as empresas brasileiras encontram condições melhores até na Rússia - nem falo na China - e na América Central, pois a política comercial brasileira isolou o País.

Não temos acordo com ninguém e os empresários vão buscar países que os tenham, absorvendo espaço em outros mercados.

TEM MAIS...

Mas não é só isso. Com o dólar desvalorizado, custa menos importar produtos e até alguns insumos do que produzi-los no País.

Assim, um número assombroso de empresas está importando o que antes produziam aqui; despedem ou deixam de contratar trabalhadores. Estamos criando emprego lá fora.

Recomendo muito a leitura do artigo do prof. José Pastore, no Estado de ontem, desmistificando irresponsáveis e falsos números eleitorais sobre criação de emprego. Dezenas de milhões foram criados, o desemprego não é de 10,1%, o trabalhador está feliz, ganha bem e não teme ser despedido...

E NÓS? COMO FICAMOS?

Será que aqueles meninos nacionalistas de Brasília ainda não viram isso? Ou o Brasil atrai investimentos ou vamos continuar a liderar a lista dos atrasados que não têm pressa. :: Alberto Tamer - O Estado de São Paulo
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AS PESQUISAS E A REALIDADE

Se é que a metodologia das pesquisas se acha teoricamente correta, capacitada para dar uma amostra representativa da realidade, há algo de completamente errado nos seus resultados, como todo mundo viu pelo que aconteceu no primeiro turno das eleições. E parece que vai se repetir no segundo turno. Pelo simples fato de que os resultados da primeira pesquisa, feita após o primeiro debate do segundo turno, é um contra-senso incompatível com o senso comum de quantos assistiram a esse programa.

A prova mais evidente disso foram as insuspeitas reações de D. Marta e do senador Suplicy, a primeira enjoada com o debate, o segundo se omitindo em dizer claramente o que pensava. Ora, se a opinião geral é que Alckmin se mostrou o melhor, como essa mesma opinião pode ter optado por aumentar sua preferência pelo pior? Seria preciso acreditar que os entrevistados, de um modo geral, preferem o pior. Ou que os brasileiros bonzinhos, entrevistados, quiseram dar um prêmio de consolação ao pior? Ou quiseram mantê-lo naquele engano d'alma, ledo e cego, que a Fortuna (leia-se: as urnas) não deixam durar muito?

Há uma terceira hipótese. É a de que a maioria dos entrevistadores possa estar montando um novo equívoco, tipo dossiê Vedoin, na esperança de que isso possa beneficiar o PT e eleger seu messias. Ou que – quarta hipótese – se isto não acontece, que entrevistaram pessoas no lugar e na hora errados, falsificando involuntariamente a representatividade da amostra.

Ninguém mais do que os dirigentes dessas pesquisas devem ter ficado encafifados com a nulidade das pesquisas no primeiro turno. Parece que não fizeram nada, entretanto, para melhorar seu instrumento e/ou as sua aplicação. As alegações que apresentaram na ocasião não convenceram ninguém, a partir deles próprios. Satisfeitos com os resultados da pesquisa após o debate só ficou o saldo de próceres petistas que restou após todas as maracutaias praticadas e o próprio Lula, qual Inês posta em sossego.

Vem outra enxurrada de debates por aí. É provável que mudem de tom, de estilo e de resultado. A acreditar nas pesquisas subseqüentes, com 4% para mais ou para menos, pode-se desde já proclamar Lula vencedor das pesquisas eleitorais brasileiras e dar-se posse à Alckmin como o vencedor das eleições. por Benedicto Ferri de Barros - Mídia semMáscara - Publicado pelo Diário do Comércio em 18/10/2006
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DATAFOLHA, EU NÃO ACREDITO

Não acredito nessa última pesquisa do Datafolha. Boa parte do Brasil pensante está com a pulga atrás da orelha com o Datafolha. Difícil crer que Lula (PT) tenha 60% dos votos válidos contra 40% de Alckmin (PSDB), em plena ebulição do escândalo – mais um - do dossiê. Aliás, eu não acredito mesmo, nem sob tortura.

Se a cada nova denúncia, se quanto maior a lama envolvendo PT e governo, mais o homem cresce, então o negócio é roubar um cofre de banco com maçarico em horário nobre. O candidato vai a 90%. Posso estar errado? Posso. Posso estar certo acreditado numa leve – ou nem tão leve assim – conspiração? Também, é claro. Faz parte do Homo Politicus Brasileirus a compra de dossiês fajutos pagando milhões em dinheiro vivo.

Não há nada novo e relevante em favor de Lula na campanha eleitoral deste 2° turno que justifique uma explosão de crescimento de Lula e um desabar de Alckmin. Nem mesmo a cantilena de analistas de última hora que dizem ter o tucano despencado após o debate da Band, onde foi “agressivo demais”. Bobagem.

Alckmin só cresceu na reta final do 1° turno quando passou a ser altivo, explorou o dossiê e deixou de lado o bom mocismo que só interessa aos farsantes, mentirosos e criminosos da campanha do PT e de Lula. Eu devo estar maluco.

Talvez ficando maluco. Ou quem sabe ainda me restem alguns neurônios para perceber que estes números do Datafolha são a maior forçada de barra que já vi em toda a minha vida.

Nestes dias de tempos muito estranhos, possivelmente teremos Ibope e outros institutos apontando a mesma tendência de crescimento de Lula e queda de Alckmin. Às vésperas da eleição eles voltam para o lugar e a vantagem diminuirá drasticamente, mas não sem consolidar a desmobilização das oposições e o sentimento de que não há nada a fazer.

E então não haverá o que fazer. Lula está na frente? É provável, mas não tem o que dizem ter. Mas se está na dianteira é muito mais pelas falhas e frouxidão da campanha de Alckmin que pelas virtudes de um governo corrupto e ineficiente.

Aliás, Lula só se manteve porque não cruzou com oposicionistas à altura do grave momento histórico brasileiro. Pena que só apareceram alguns covardes, outros milionários brincando de fazer política no Congresso e uns tantos com o rabo preso. Foram esses que representaram a sociedade brasileira honesta na era Lula.

É por essas e outras que o Datafolha pode se dar ao luxo de projetar o que quiser. O país será o que eles quiserem. Ou melhor, o país já é. Por Diego Casagrande.
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MAIS INCONGRUÊNCIAS:


ENQUANTO LULLA DIZ QUE É PASSÍVEL DE PUNIÇÃO COMO TODO BRASILEIRO...

Sabatinado pela Folha, Lula foi submetido à pergunta que Cristovam Buarque (PDT) dirigiu à cadeira vazia que ele deveria ter ocupado no último debate do primeiro turno, na TV Globo: “Se ficar comprovado que o dinheiro do dossiê veio da campanha presidencial, o Senhor renuncia?”.

...DIRCEU DIZ QUE LULLA ESTÁ AMEAÇADO E CHAMA POVO ÀS RUAS

Setores do Judiciário, do TSE, do TCU e a imprensa estão conspirando para impedir a vitória de Lula. O "alarme" foi acionado pelo ex-cassado Zé Dirceu, em seu blog. “Vamos manter a guarda alta, a vigilância, mobilizar a militância, ir para as ruas, aprofundar o debate programático e vencer as eleições dia 29”.
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COMENTÁRIO:

A considerar o festival de mentiras e sandices proferidas pelo apedeuta, muito provavelmente ele deverá se esquecer que admitiu a possibilidade da renúncia, tão logo se comprove o responsável pelo crime dos “meninos aloprados”. Elle não se lembra nem de que bebe!
A convocação do Zé Dirceu à militância - para ganharem as ruas - já é um claro um sinal de que o culpado fatalmente será apontado. E, não demora!
E, indica, principalmente, que a punição cabível para o crime, não será aceita de jeito algum. Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

quarta-feira, outubro 18, 2006

"VEM, VAMOS EMBORA QUE ESPERAR NÃO É SABER...


...QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER”.....



FORA LULA!

RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA A UM GOVERNO QUE SE TORNOU ILEGÍTIMO

Não podemos ficar parados neste grave momento em que vive o país. Também não podemos ficar apenas aguardando o desfecho do segundo turno das eleições presidenciais.

É necessário que Lula seja removido da presidência, democraticamente: seja pelas urnas, seja pelas instituições do Estado de Direito que têm mandato e atribuição para tanto.

Para colocar um fim no banditismo de Estado que se instalou no Brasil com o governo corrupto de Lula da Silva, é imprescindível, agora, tanto a participação dos eleitores nas urnas de 2006, quanto a pressão da opinião pública em prol da apuração das responsabilidades pela avalanche de crimes e irregularidades que foram e continuam sendo cometidos e em prol da punição dos culpados.

Se, por acaso, o atual presidente for reeleito, isso não significa que ele estará absolvido por tudo o que fez ou permitiu que se fizesse no Brasil. Mesmo reeleito, ele deverá prestar contas de seus atos e deverá assumir as suas responsabilidades, intransferíveis, junto às instituições democráticas, conforme reza a nossa Constituição Federal. Para tanto é necessário organizar a Resistência Democrática no Brasil.

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A FORÇA DA VERDADE

Vivemos tempos difíceis para a democracia no Brasil. O governo federal do país foi tomado por uma força regressiva e muito agressiva. Trata-se de uma verdadeira gangue política que aparelhou o Estado, perverteu a política e vem degenerando as instituições, apoiando-se na mentira e nos crimes de uma quadrilha – já denunciada pelo Procurador Geral da República – que dirige o ‘partido oficial’, o Partido dos Trabalhadores.

O governo de Luis Inácio Lula da Silva instaurou no Brasil um novo tipo de banditismo – o ‘banditismo de Estado’ e uma forma de corrupção até então inédita em nossa história: a ‘corrupção de Estado’, planejada e executada, de modo centralizado, pelo alto comando de um partido que hoje se confunde com a própria direção do governo federal.

Para salvar o pescoço do presidente, de 2003 para cá, numa espantosa sucessão de escândalos, praticamente todos os homens de confiança de Lula, seus principais ministros e quase toda a direção executiva do seu partido, tiveram que ser afastados do governo ou do PT por corrupção, formação de quadrilha, peculato (desvio ou puro roubo mesmo de recursos públicos), remessa ilegal de divisas para o exterior, lavagem de dinheiro, triangulações com bancos em paraísos fiscais e offshores para reinternalizar dinheiro ilegal, envolvimento com conhecidas máfias de doleiros, bicheiros e lixeiros, violação de direitos constitucionais dos cidadãos a partir da alta direção de bancos estatais, suborno de parlamentares (“mensalão”), caixa 2 e outros atentados ao processo democrático, como a fabricação de falsos-dossiês para incriminar e desqualificar líderes da oposição e bombardear, inclusive, candidaturas de seus adversários nas urnas.

Sobre alguns dirigentes que caíram na delinqüência, recaem graves acusações ou suspeitas de envolvimento com delitos ainda mais graves, de seqüestro e assassinato e de conexões com o crime organizado.Isso para não falar do novo tipo de nepotismo – o nepotismo partidário, jocosamente apelidado de “nepetismo” – que foi introduzido pelo atual governo. E para não falar das inexplicáveis operações que levaram ao súbito enriquecimento do filho do presidente, favorecido por empresa que tem como acionista o próprio governo. E dos pagamentos de supostas dívidas contraídas por Lula junto ao PT, feitos sem qualquer comprovação legal, em seu nome, por pessoa por ele nomeada para ocupar o cargo máximo em instituição para-estatal onde aufere altíssima remuneração. E para não falar, ainda, do envolvimento de auxiliares da mais absoluta e íntima confiança pessoal do presidente – como assessores, churrasqueiros, seguranças ou secretários particulares – em golpes e tramóias que tinham como objetivo falsificar o processo democrático, assegurando uma hegemonia de longa duração para o projeto de seu grupo.

Convenhamos, o banditismo, levado a tal grau, inviabiliza qualquer tipo de governança que se possa qualificar como democrática. Diante dessa ameaça à democracia em nosso país, é preciso resistir. Resistir democraticamente, porém resistir. Resistir com a força da verdade - uma força não-violenta - mas resistir ativamente.

Resistir dentro da lei e acatando as normas que regem as instituições do Estado de Direito, mas resistir de fato: não negociar nem ceder, não se deixar intimidar nem se acovardar. Resistir denunciando os crimes da quadrilha que se apossou do Estado brasileiro. Resistir revelando à opinião pública a estratégia de poder de um grupo privado que não atua por fora das instituições, querendo derrubá-las – como os velhos revolucionários idealistas do século passado –, senão por dentro, para conquistá-las e usá-las para seus próprios fins de se eternizar no poder.

Resistir ao neopopulismo: esse novo tipo de populismo que floresce quando líderes carismáticos e salvacionistas, apoiados por correntes estatistas e corporativistas, se apossam, pela via eleitoral, das instituições da democracia e as corrompem, gerando um ambiente degenerativo que perverte a política, instrumentaliza e privatiza partidariamente a esfera pública e enfraquece a sociedade civil.

Resistir deixando claro que o neopopulismo lulista é uma vertente política de caráter autoritário que convive com a democracia, respeitando aparentemente sua liturgia formal, enquanto, nos porões, se dedica a todo tipo de atividades ilícitas e se mistura ao submundo do crime.

Resistir explicando como esse tipo de comportamento exerce sobre a democracia um efeito deletério, uma espécie de parasitismo, usando a democracia contra a própria democracia para enfrear e reverter o processo de democratização da sociedade.

E resistir desmascarando as justificativas ideológicas dessas táticas de ‘revolução pela corrupção’, usadas para tornar aceitável o vale-tudo em prol de uma suposta ‘revolução pelo voto’ no Brasil, que teria como objetivo destronar as velhas elites exploradoras e corruptas.

Mas resistir, sobretudo, declarando que um líder e um grupo que se comportam assim, conquanto ainda tenham popularidade, conquistada, entre outras coisas, com a distribuição massiva – assistencialista e clientelista – de dinheiro público para os mais pobres, não têm mais legitimidade para conduzir a nação e devem agora se haver com os tribunais.

Sim, no Brasil de hoje, nós, da oposição democrática, não podemos mais nos restringir à participação em processos eleitorais que estão sendo vítimas de golpes sucessivos. Também faz parte da luta democrática recorrer às instituições parlamentares e judiciárias e à opinião pública, para impedir a continuidade do mandato dos atuais governantes. Pois não estamos mais tratando de um caso de disputa política e sim de polícia.

O impeachment do presidente da República – ainda que necessário – seria pouco, muito pouco, diante dos crimes cometidos por seu grupo, por seus mais próximos auxiliares, pelos quais ele é o principal responsável. Sim, Lula deverá perder o mandato, de acordo com o que dispõe a Constituição Federal. Mas, além disso, as pessoas que participam desse grupo criminoso não podem ficar impunes.

Numa espécie de operação ‘Mãos Limpas’, todos esses deverão ser processados e o registro do seu partido deve ser cassado. Só assim a democracia brasileira poderá se ver livre desta terrível ameaça que paira sobre nós e o Brasil voltará a ser um país decente.

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A HORA É AGORA!

É agora, quando tem sobre si os holofotes, que Alckmin poderá lançar as sementes da nova oposição popular, começando a falar, no mínimo, para os quarenta milhões que o escolheram no primeiro turno. Senão quando?

Quando voltar para casa, sem mandato, cabisbaixo, recebendo o conforto fraternal dos amigos dizendo-lhe que foi o "campeão moral" da disputa? É agora, quando tem sobre si os holofotes, que Alckmin poderá lançar as sementes da nova oposição popular, começando a falar, no mínimo, para os quarenta milhões que o escolheram no primeiro turno. Senão quando? Quando voltar para casa, sem mandato, cabisbaixo, recebendo o conforto fraternal dos amigos dizendo-lhe que foi o "campeão moral" da disputa?

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UM GOLPE CONTRA O PROCESSO DEMOCRÁTICO

Resistir agora, antes do desfecho do segundo turno, é denunciar o golpe contra o processo democrático que foi desferido pelo PT no governo. A campanha de Geraldo Alckmin deve servir para começar a moralizar o Brasil. Alckmin agora tem a obrigação moral e política de ser o porta-voz da decência, da lei, do Estado de Direito e da democracia.

Basta ler a revista Veja que chegou às bancas para comprovar o acerto dessa orientação tática: o centro da questão, agora, é saber de onde veio o dinheiro e o grau de envolvimento dos homens de confiança de Lula (sobretudo Freud Godoy, mas também o Espinoza e vários outros como Bargas, Lorenzetti e Berzoini) na trama do falso-dossiê, que constitui um golpe contra o processo eleitoral. A oposição não pode ir para as urnas do dia 29 sem que o Brasil saiba as respostas.

As eleições estão sob o efeito de um golpe que foi dado pelo governo (por auxiliares íntimos do presidente) contra o processo democrático. É hora de colocar a boca do trombone junto à imprensa nacional e internacional.
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O FUTURO ESTÁ SENDO DESENHADO AGORA

São pequenas as chances de uma virada que ocorra em virtude de uma tomada de consciência da população. O momento de fazer isso já passou, quando Alckmin preferiu seguir outro caminho, da "acumulação primitiva" de popularidade – na base do "de grão em grão a galinha enche o papo" – confiante de que seduziria os eleitores lendo bons textos no teleprompter.

Mas mesmo que sejam muito pequenas as chances de vitória de Alckmin, temos a obrigação de não calar e de fazer uma campanha que denuncie a podridão reinante no governo. Não apenas por obrigação moral, como assinalou Fernando Henrique, mas também por razões políticas. Eleito no segundo turno, Lula deverá prestar contas aos tribunais. E deverá sofrer um processo de impeachment.

Para isso, entretanto, é necessário que a oposição partidário-parlamentar não se desorganize nem esmoreça. E é necessário que surja uma oposição mais enraizada na sociedade brasileira, um movimento em rede de resistência democrática capaz de impedir que o mal continue a graçar no Brasil, pervertendo a política e degenerando as instituições. Um segundo mandato de Lula não fará bem para a democracia e nem para o desenvolvimento.

O prejuízo de deixar o país nas mãos de Lula por mais quatro longos anos será muito maior do que os riscos de removê-lo juridicamente ou por processo parlamentar, com base nas leis ou na Constituição Federal. Caso seja reeleito e continue no governo – sobretudo se a quadrilha não for desbaratada e os bandidos, punidos – caminharemos para um buraco negro da democracia e da liberdade no Brasil.

É claro que sempre pode haver um "milagre", como, aliás, já ocorreu no primeiro turno. Mas sujeitos políticos responsáveis não podem contar com milagre, menos ainda contar com a repetição do milagre. Não é razoável que Alckmin permaneça rezando para aparecer um novo dossiê falso na cozinha do Alvorada.

Com a eleição virtualmente ganha e sem necessidade de destruir reputações, eles agora não cometerão erros tão grosseiros. Acabou-se, portanto, o tempo de contar com a sorte. Acabou-se também o tempo da covardia e da preguiça, de ficar esperando que apareça algum desavisado para tirar do fogo as castanhas.

Está chegando a hora de ver quem verdadeiramente tem a democracia como um valor fundamental na sua vida política.
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NÃO FICAR ESPERANDO OS PARTIDOS

Em um momento gravíssimo como este que estamos vivendo, os democratas não podem ficar esperando tudo de partidos constituídos, em grande parte, como coligação de interesses e vaidades de atores individuais.

É necessário que os cidadãos, seja na sociedade civil, seja no setor empresarial, seja, até mesmo, em governos éticos e democráticos que não aceitam a roubalheira petista, tomem a iniciativa de exigir o fim do banditismo de Estado – inclusive dos seus métodos de fundraising, como a "corrupção de Estado" – com a apuração dos delitos e a punição dos culpados.

Se Lula for reeleito, a verdadeira luta contra os atentados que estão vitimando a democracia brasileira e inviabilizando nosso desenvolvimento humano e social sustentável estará apenas começando. Será uma luta árdua e de longa duração. As chances de sucesso dos democratas nessa luta dependem muito da maneira como as oposições se comportarem agora – ainda no segundo turno das eleições de 2006 – e no período imediatamente seguinte à derrota, se ela vier.

Mas dependem também – e fundamentalmente – do que formos capazes de fazer, nós, os democratas, em termos de análise crítica, denúncia, proposição de alternativas, articulação de redes, organização de coletivos, blogs, sites, iniciativas de educação política e de mobilização. Estamos em um daqueles momentos nos quais parece que tudo o que foi feito antes não vale mais e o que será feito muito depois também não. Antes, já passou. Depois, "já era". A hora, portanto, é agora! Por Augusto de Franco


Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

terça-feira, outubro 17, 2006

SE BERZOINI TEM OBRIGAÇÃO DE SABER, IMAGINE O LULLA E A PF?

Se Lula chamou Berzoini é porque sabia que tinha sido coisa do PT e não de militantes avulsos




LULLA SE ENROSCA NA LÍNGUA

Os noticiários on-line atribuem a seguinte frase ao Lula da Silva, durante o programa "Roda Viva", que foi ao ar ontem mesmo, a propósito do afastamento de Ricardo Berzoini da coordenação de sua campanha:

"Chamei o presidente do partido lá em casa e falei: eu quero saber quem fez essa burrice para não usar a palavra que estou pensando agora. Você, como presidente do partido, tem obrigação de dar uma resposta à sociedade. Ele não deu [a resposta], eu o afastei da coordenação da campanha"...

Quer dizer então que o presidente de um partido tem obrigação de saber quem fez "essa burrice" (mais que "burrice", tem toda a pinta de ser crime eleitoral) e o presidente da República (também presidente de honra do partido) não tem a obrigação de saber de nada?

Lula usou à exaustão o argumento de que nem em família o pai, se está na sala, pode saber o que se passa na cozinha (ou qualquer outra dependência). Aí, de duas uma: ou o argumento vale também para Berzoini ou, se não vale, não serve para proteger Lula.

É óbvio, mas se torna obrigatório dizer: o presidente da República tem à mão instrumentos muito mais potentes do que o presidente de um partido (qualquer partido) para averiguar quem fez "essa burrice" (e os demais crimes de que o PT é acusado, a ponto de sua cúpula ter sido chamada de "organização criminosa" pelo procurador-geral da República).

No entanto, o presidente sistematicamente nega à sociedade as informações que acha que Berzoini tinha obrigação de dar. Diz que foi traído (no episódio do mensalão), mas não diz por quem.

Joga a culpa por todo o escândalo do dossiê em cima de Berzoini e dos "aloprados", como se ele próprio fosse inimputável. Lula nem precisa de opositores para se enroscar na língua. CLÓVIS ROSSI - FSP
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DEMISSÃO DE BERZOINI FOI CONFISSÃO DE CULPA

Lula admite na TV Cultura que dossiê foi financiado por sua campanha
Enquanto o Ministro Justiça impede que a Polícia Federal anuncie a origem do R$1,7 milhão apreendido com os petistas para pagar o dossiê fajuto contra Alckmin, o próprio Lula anuncia na TV Cultura que demitiu o deputado Berzoini do comando da campanha porque ele não lhe explicou sobre a responsabilidade do PT na questão do dossiê.

Isso explica a reunião na sede da própria PF entre emissários petistas e um dos presos para coagi-lo a mudar seu depoimento.

Ou seja, ao querer apresentar um álibi – tipo “não fui e foi ele” – Lula fez uma confissão de culpa: veio do PT e do comitê da sua campanha o dinheiro para pagar o dossiê montado por chantagistas do Mato Grosso e destinada a enlamear Alckmin. Política& Verdade
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LULLA DEFENDE NEGÓCIOS DO FILHO

O Lula da Silva afirmou nessa segunda-feira, no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, pela primeira vez, Lula discutiu abertamente o negócio entre a empresa do filho dele, a Gamecorp, e a Telemar.

Disse que nada de irregular foi encontrado na vida profissional do filho e reiterou que, se qualquer ilegalidade for descoberta, qualquer um de seus parentes está sujeito à mesma legislação que qualquer brasileiro.

GAMECORP E TELEMAR

“Do ponto de vista jurídico, a Telemar é uma empresa privada. A Previ, que tem ações na Telemar, não participa sequer da administração da Telemar. Tem alguma coisa errada? Porque até agora, tudo foi investigado por meus adversários políticos. Um estardalhaço. Não posso tomar as dores do meu filho. Se ele está errado, ele paga. Agora, não posso impedir que ele trabalhe. (...) Vale para o meu filho o que vale para os 190 milhões de brasileiros. Se têm alguma dúvida, acionem ele.”

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COMENTÁRIO:

A QUESTÃO NÃO É PRIVADA NÃO, SEU LULLA! A Telemar, de fato é uma empresa privada, que tem o BNDES como acionista. E, o BNDES é um BANCO PÚBLICO.

É tanta sujeira, tanta podridão, tanto roubo, injustiças, mentiras, tanto cinismo...que a verdade é uma só: Nós já estamos adentrando pelo túnel escuro da DITADURA do Lullapetismo.

Impedir a reeleição de Lulla é antes de tudo proteger nosso Estado de Direito. Como nunca, nossa consciência está gritando que o sinal de nossa frágil Democracia está aceso.

A bocarra demoníaca está arreganhando seus dentes. Graças, à ajuda dos áulicos, dos safados, dos que preferem manter-se “neutros”, diante da imoralidade; do povo, cuja memória do burro, nunca se esquece onde come.

Os cafajestes aproveitaram-se da nossa Democracia para estuprar e violar os nossos direitos e a nossa liberdade. Apertem os cintos, meus caros! A peleja vai ser muito feia. Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)


segunda-feira, outubro 16, 2006

TARSO GENRO QUER FALAR DE PCC PARA DESVIAR NOSSA ATENÇÃO DO DOSSIÊ


O Tarso Genro, sinalizou que o PT poderá explorar a violência provocada pela facção criminosa (PCC) em São Paulo contra o candidato tucano, Geraldo Alckmin, no período da disputa eleitoral em segundo turno. Ele ressaltou que a utilização desse tema vai depender do tom agressivo ou não que virá da campanha adversária. Na avaliação do Tarso, o PT deixou de atacar pontos considerados vulneráveis do adversário no primeiro turno porque estava acuado por causa do envolvimento de petistas no escândalo da compra de dossiê contra tucanos.


“O partido deveria ter demonstrado que o PCC se proliferou nos últimos 12 anos de maneira impune nos governos tucanos e que ele (Alckmin) tem enorme responsabilidade institucional sobre isso. Houve uma absoluta ausência de medidas por parte de Alckmin”, afirmou Genro. O ministro considerou que o Lula foi muito cobrado no primeiro turno sobre o conhecimento ou não do chamado mensalão, mas que Alckmin não foi cobrado da mesma forma se sabia do crescimento do PCC. “Por que não é democrático perguntar se Alckmin sabia ou não sabia?”, indagou “O partido ficou encolhido, até por remorso, porque pessoas importantes cometeram erros.

O PT estava com sentimento de culpa pelo envolvimento de integrantes e não reagiu à altura”, disse o ministro, apontando o motivo da omissão do PT sobre o tema na campanha. Genro tratou o caso da tentativa da compra de dossiê, que resultou na apreensão de R$ 1,7 milhão com petistas que trabalhavam na campanha de Lula, como uma questão ética, assim como a atuação de facção criminosa em São Paulo. Da Agência Estado
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PARA TARSO, DEBATE SOBRE A ÉTICA JÁ CANSOU ELEITORADO

Ministro sinaliza que PT vai explorar na campanha os ataques do PCC em São Paulo, para desgastar Alckmin.

O Tarso Genro afirmou ontem que o eleitorado está "exaurido" do debate ético e sinalizou que o PT deve explorar, a partir de agora, os ataques feitos pelo PCC em São Paulo para desgastar o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, e tentar mudar o foco do debate. Por ­Fernanda Krakovics – Sucursal de Brasilía.
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PT PEDE FIM DE INSERÇÕES SOBRE DINHEIRO DO DOSSIÊ

A campanha do Lula da Silva entrou ontem no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com pedido contra a coligação de Geraldo Alckmin pela suspensão da publicidade que acusa Lula de não informar a origem do R$ 1,7 milhão que seria utilizado na compra do dossiê. Por Rogério Pagnan
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UM MÊS DEPOIS DO ESCÂNDALO, O PAÍS SEGUE SEM RESPOSTAS

Geraldo Alckmin voltou a cobrar neste domingo (15) resultados da apuração sobre o dossiê fajuto descoberto há exatamente um mês, quando a PF prendeu dois petistas com R$ 1,7 milhão que seria usado na compra de falsos documentos contra a Oposição.

Para Alckmin, Lula não pode ser levado a sério porque não tem compromisso com a verdade. "Hoje completa um mês (da apreensão do dinheiro pela Polícia Federal) e o povo brasileiro não tem nenhuma explicação", cobrou.

Geraldo Alckmin lembrou que basta a Lula chamar seus companheiros de partido - e de governo - e exigir deles, que estão diretamente envolvidos no escândalo, toda a verdade.

"É só o Lula chamar o seu diretor do Banco do Brasil (Expedito Veloso), o seu churrasqueiro (Jorge Lorenzetti), o presidente de seu partido e coordenador da sua campanha (o presidente licenciado e ex-coordenador, Ricardo Berzoini) e seu assessor particular (Freud Godoy) e perguntar a eles de onde veio o dinheiro", disse. "Isto é um desrespeito à população brasileira, é achar que todo o mundo é bobo", acrescentou.

Alckmin considerou grave a denúncia da revista Veja desta semana de que o presidente Lula estaria sendo blindado do escândalo por meio da intervenção do ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. "É muito grave e não é a primeira vez que estas coisas são colocadas. Precisa ser apurado", disse. Agência PFL -
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FICOU AINDA PIOR

Relatório do TCU diz que dinheiro das cartilhas pode ter pago dívida do PT

A VEJA revelou a justificativa dada pelo governo ao Tribunal de Contas da União (TCU) para o desaparecimento de 2 milhões de encartes e revistas de propaganda institucional pagos com dinheiro público. O governo informou ao TCU que o material, sobre o qual não há registro nas repartições oficiais, havia sido entregue diretamente pelas gráficas ao Partido dos Trabalhadores.

Na semana passada, VEJA teve acesso às 32 páginas do relatório técnico do TCU sobre o assunto e descobriu que o caso é bem complicado.
Para os auditores do tribunal, há a hipótese de que os 2 milhões de encartes e revistas não tenham sido sequer produzidos e que o dinheiro pago pela Secom às gráficas serviu, na verdade, para remunerar serviços eleitorais feitos por elas ao próprio PT.

A versão de que as cartilhas foram entregues ao PT seria, portanto, apenas uma desculpa para encobrir o crime de desvio de dinheiro público.

As agências de publicidade responsáveis por produzir os encartes e revistas têm relação antiga com o PT. Uma delas é a Duda Mendonça & Associados, do marqueteiro próximo ao Lula. A outra é a Matisse, de Paulo de Tarso Santos, publicitário amigo do presidente e marqueteiro das duas primeiras campanhas de Lula ao Planalto, em 1989 e 1994.

Não é novidade que, para o PT, não há fronteira entre Estado e partido. Essa confusão foi atestada pelo próprio ministro Ubiratan Aguiar em seu voto. Esperava-se apenas que, após os escândalos que envolveram a Secom no ano passado, como os contratos superfaturados com as empresas do lobista Marcos Valério, o governo promovesse uma limpa nos quadros do órgão.

Mas o que se viu foi um desligamento apenas formal de Gushiken e de seu então braço-direito, Marcus Flora. Dos outros oito servidores responsabilizados pelo TCU no caso dos encartes e revistas desaparecidos, seis continuam na secretaria, firmes e fortes, mandando e desmandando. Esse é o governo da companheirada. VEJA
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O TERRORISMO DO PT

A campanha de Lula adota a tática de usar boatos para prejudicar o adversário.

Inventar uma mentira sobre o adversário, e divulgá-la à exaustão numa campanha eleitoral, é um velho truque sujo do qual o próprio presidente Lula já foi vítima. Em 1989, o então candidato à Presidência pelo PRN, Fernando Collor, espalhou o boato de que Lula, se eleito, confiscaria a poupança dos brasileiros.

No último dia 6, em um comício na Bahia, o presidente declarou que seu adversário nas eleições, Geraldo Alckmin, pretendia privatizar a Petrobras, os Correios, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Mesmo tendo sido desmentido pelo tucano, o candidato do PT e sua equipe continuaram a alardear a falsa informação, numa operação de terrorismo eleitoral que já havia incluído a difusão de outras mentiras: a de que o tucano extinguiria o Bolsa Família, acabaria com a Zona Franca de Manaus e demitiria funcionários públicos.

"É a mesma estratégia utilizada por Goebbels, o ministro da propaganda de Hitler: você repete uma mentira muitas vezes para tentar transformá-la em verdade". VEJA
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COMENTÁRIO:

A tropa de choque do Lulla agora vai gritar “olha o PCC”, para tentar desviar nossa atenção sobre a questão da origem daquela montanha de dinheiro do “DOSSIÊ-TABAJARA”, que o Lulla insiste em esconder.

O Tarso Genro, chega ao desplante de afirmar que nós, brasileiros, estamos enjoados de ouvir falar sobre ética e aproveitam o final de semana, para entrar com recursos no TSE, pedindo para que não mais sejam mostradas na TV/rádio, as inserções sobre a origem do dinheiro.
Isto, sem falar no dinheiro da cartilha (mais dois milhões de reais) que, segundo a VEJA, trata-se de mais outro crime do PT de desvio de dinheiro público. Mais R$ 2 milhões jogados na latrina!
Não resta dúvida: o LULLAPETISMO é um câncer maligno que está corroendo o nosso País. Eles estão pisoteando a nossa Democracia, cospem na nossa cara. São INIMIGOS declarados do povo brasileiro! Trata-se da pior quadrilha de todos os tempos. Nunca, na “história deste País”, sofremos tamanho ataque aos nossos direitos.
Estamos cansados sim, seu Tarso! Estamos enojados de ouvir tantas mentiras, de ver o nosso dinheiro suado sendo usado como papel higiênico, servindo ao crime deste bando de canalhas.
Se existe algum “eleitorado” cansado de ouvir sobre "ética", certamente, é a própria militância do PT. São os únicos que se sujeitam a defender o indefensável e que não têm um pingo de vergonha na cara. São os INDECENTES. Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)