movimento ordem vigília contra corrupcao

sexta-feira, junho 23, 2006

VAI BATER

Lulla pensa que ser corrupto é FASHION.

A linha do PFL na campanha eleitoral será a linha do programa que o partido levou ao ar no horário eleitoral gratuito. Vai bater, bater de novo e continuar batendo no presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como diz o líder da Oposição na Câmara dos Deputados, José Carlos Aleluia (PFL-BA), “não se pode tratar o Lula com carinho, depois de ele ter feito um governo corrupto”. E ainda ironiza: “Lula foi eleito porque dizia que era diferente. Agora quer ser eleito dizendo que é igual a todo mundo”. :: Baptista Almeida - Estado de Minas
HIGIENIZAÇÃO
Temos de mostrar ao Brasil o verdadeiro Lula. Não o Lula que paga publicidade na imprensa e na TV, mas o verdadeiro Lula, o Lula ladrão (...) O Palácio do Planalto precisa ser higienizado. ACM, durante convenção nacional do partido, quando foi formalizado o apoio à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) e aprovada a coligação com o PSDB, ontem na Folha
"NÃO VOTE EM MENSALEIRO", PROPÕE ONG

A Transparência Brasil lança no final do próximo mês a campanha "Não vote em mensaleiro". Apesar do nome, a ação não se restringe aos acusados de apoio ao governo em troca de dinheiro. Todos os candidatos à Câmara que responderem a processo judicial terão seus nomes divulgados.
"Sem esse movimento, há probabilidade de essas pessoas serem eleitas de novo porque usarão picaretagem para isso", afirmou Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da organização que se dedica ao combate à corrupção.Antes do escândalo do mensalão, segundo Abramo, 102 dos 513 deputados enfrentavam processo.
A organização espera o registro das candidaturas para atualizar o número. A lista estará disponível na internet (www.transparencia. org.br). Da Sucursal de Brasília.
Comentário:
Foram 20 anos, promovendo o apartheid. Está ai o resultado: o Xodó dos sem-vergonhas e dos pobres ingênuos. Num cinismo singular, com seus bolsos recheados de dólares. Foi um tal de malinha, malão e cuecas prá cima e prá baixo, que não tinha fim!! Ninguém merece! Por, Gaucho (Movimento da Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

quinta-feira, junho 22, 2006

QUEM É PEQUENO, GOSTA DE SE COMPARAR AOS GÊNIOS. COISAS DA MORAL MENOR!!

Caiado critica Lula por se comparar a Ronaldinho Gaúcho




Mais uma infeliz comparação do presidente Lula entre política e futebol virou alvo de críticas na imprensa e por parte da Oposição. Lula declarou que fará uma campanha eleitoral com alegria, assim como joga Ronaldinho Gaúcho, craque da Seleção Brasileira de futebol.
O deputado Ronaldo Caiado (GO) reagiu com indignação. “Acredito que o Ronaldinho Gaúcho vai desautorizar totalmente essa comparação feita entre um jogador que traz alegria a todos nós brasileiros e um presidente envolvido em escândalos de corrupção, crimes e até terrorismo biológico”, disparou.
“Não há dúvidas que mais essa comparação do presidente Lula foi infeliz e eu acredito que o Ronaldinho Gaúcho desautorizará qualquer utilização de seu nome para ser alavanca de campanha de um presidente que tem trazido ao país o que tem de pior, ou seja, descrença, corrupção, avanço do narcotráfico.” Para Caiado, tudo aquilo que o Brasil rejeita tem hoje guarida no governo Lula. Agência do PFL
Comentário:
Existem os gênios os quais a natureza nos presenteia. Ronaldinho Gaúcho é um deles. E, também, existem as aberrações morais, com as quais a natureza nos castiga. LULLA. Por, Gabriela (Movimento da Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

A SERVIÇO DO INIMIGO!

Você se considera um cidadão esclarecido, capaz de discernir bem nesse emaranhado de mistificações? Revolta-se com a desfaçatez de tantos homens públicos? Não entende como Lula surfa nessa maré de lama e dispara nas intenções de voto? Percebe que ele, ou sabe de tudo e é igual aos outros, ou não sabe de coisa alguma e é o mais nocivo de todos? É contra mensalão e mensaleiros? Discorda do financiamento público de vândalos, invasores e saqueadores? Surpreende-se com o súbito enriquecimento do filho do presidente? Avalie, então, à luz disso tudo, a mensagem que não pára de ser enviada para meu correio eletrônico: “Anule o voto!”.

© 2006 MidiaSemMascara.org
Uma idéia dessas só pode ter nascido na cabeça do Gushiken para ser acolhida de braços abertos pelos ingênuos. Na prática, significa que um sujeito como você, para o bem dos safados, deve ficar tão longe quanto possível das decisões que ocorrerão no próximo mês de outubro. Ou ainda, em outras palavras, eles pretendem que você deixe essa coisa de eleição para os demagogos e suas vítimas, os populistas e sua clientela, os corruptos e seus corruptores.

Faz todo sentido. Sua presença no processo eleitoral e o candidato no qual, como cidadão esclarecido, poderia votar, são tipos indesejáveis, perniciosos, que somente complicam e retardam a tomada do país pelos assaltantes do poder. Então, eles querem que você caia fora, que se mande para a praia. Seus projetos o dispensam por inteiro. Já pensou nas conseqüências que advirão se todos os eleitores com seu perfil atenderem o que lhes está sendo solicitado?

Em outubro vindouro teremos realizado os dois sonhos de Lula: a reeleição e a possibilidade de, a partir de janeiro, compor sua base de apoio com um Congresso totalmente passado a sujo.Sim, o resultado será exatamente esse. Em 2002, é bom lembrar, 95 milhões de brasileiros compareceram às urnas e 2,7 milhões anularam o voto para deputado federal. Você imagina possível conseguir que, de repente, algo como 50 milhões resolva fazer isso em 2006, para, depois, tentar arrancar do Supremo um controverso e problemático segundo pleito? “Me engana que eu gosto!”, diz o refrão popular.

Mas, nesse caso, a frase toma outro feitio: “Engane-se, se gosta!”. Os dois únicos resultados previsíveis dessa desmiolada campanha são: 1º) assegurar a Lula uma vitória ainda mais fácil no primeiro turno; e 2º) garantir a eleição de todos os safados que disputarem o pleito, pela simples razão de que eleitor comprado, corrupto, ou dependente dos muitos favores oficiais estará na fila de votação à primeira hora da manhã do dia 1º de outubro.

Cabe lembrar o suicídio oposicionista venezuelano. Nas eleições de agosto do ano passado, os partidos se retiraram da disputa e o governo Chávez tem, hoje, 100% dos votos da Assembléia Nacional...

Cidadãos bem intencionados e ingênuos podem ser tão perigosos quanto os espertos mal intencionados. por Percival Puggina em 21 de junho de 2006

Movimento da Ordem e Vigília Contra a Corrupção


terça-feira, junho 20, 2006

ANULANDO O PODER DO VOTO NULO

Com o Brasil vivendo uma crise política sem precedentes e às vésperas do início da campanha política, informações equivocadas pipocam na Internet, incitando os eleitores a anularem seus votos no pleito marcado para outubro.

Mas a verdade é outra - e não passa pela omissão Circula pela grande rede mundial de computadores uma mensagem indignada contra os políticos brasileiros (leia a íntegra do texto no final deste artigo). Seu objetivo é incentivar o voto nulo, na crença equivocada de que se eles computarem 50% mais 01, anulam a eleição.
Veja o que diz um determinado trecho da mensagem:
“Você sabia que se uma eleição for ganha por ‘votos nulos’ é obrigatório haver uma nova eleição, com candidatos diferentes daquelesque participaram da primeira?"
A idéia expressa, no entanto, está completamente equivocada - além de prestar um enorme desserviço à sociedade e à democracia, pois incentiva a omissão da cidadania, ao invés de estimular a participação. Bom, para melhor compreender em que o raciocínio está equivocado, é preciso entender uma premissa básica, que está previstano art. 77 da Constituição Federal: § 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
Como se vê, os votos considerados nulos e em branco não são computadosnas eleições, pouco importando se eles representarem 51% ou 99% dosvotos dos eleitores. Ou seja, a Constituição Federal determina que o candidato será vitorioso, diplomado e empossado quando atingir a maioria absoluta dos votos válidos. Logo, nos votos válidos não se computam os votos em branco e nulo.
O que ocorreu com a mensagem, nada mais foi senão um engano de interpretação do art. 224 do CódigoEleitoral (CE), que diz: Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
Na verdade, ao evocar a condição "se a nulidade atingir a mais de metade dos votos (...) o Tribunal marcará dia para nova eleição”, o legislador não estava se referindo aos votos nulos ou àqueles anulados no ato de votar. Ele referia-se à anulação de votos que, até então, eram válidos. Uma decisão da Justiça Eleitoral reconheceu que parte desses votos válidos foram obtidos por meios fraudulentos e viciados –justamente como prevê a Lei Eleitoral:
Art. 41- A. Ressalvado o disposto no art.26 e seus incisos, constituicaptação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição,inclusive, sob pena de multa de 1.000 (mil) a 50.000 (cinqüenta mil) UFIR, e cassação do diploma, observado o procedimento previsto no art.22 da Lei Complementar 64, de 18 de maio de 1990.
Assim, se um voto é nulo - ou seja, se ele não existe - é lógico que não pode servir para anular o que quer que seja e, muito menos, para produzir qualquer efeito na eleição. Trata-se de um imperativo lógico!
Mas, então, o que é preciso para que uma eleição seja integralmente anulada?
Primeiro, como visto na redação do artigo 224 do CE, é necessário que 50% dos votos, mais um voto – não computados os nulos e em branco –sejam declarados viciados por uma daquelas razões previstas taxativamente no Código Eleitoral.
Segundo, o vício deve atingir mais da metade dos votos, pois a nulidade pode afetar apenas uma urna, uma seção eleitoral inteira ou, até mesmo, toda a votação conferida a um dado candidato, por exemplo.É por isso que o artigo 220 esclarece pontualmente quais são as hipóteses em que esse efeito deverá ser declarado:
Art. 220. É nula a votação:
I - quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei;
II - quando efetuada em folhas de votação falsas;
III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas;
IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios;
V - quando a seção eleitoral tiver sido localizada com infração dodisposto nos §§ 4º e 5º do art. 135.(...)
Art. 221. É anulável a votação:
I - quando houver extravio de documento reputado essencial;
II - quando for negado ou sofrer restrição o direito de fiscalizar, e o fato constar da ata ou de protesto interposto, por escrito, no momento:
III - quando votar, sem as cautelas do Art. 147, § 2º.
a) eleitor excluído por sentença não cumprida por ocasião da remessa das folhas individuais de votação à mesa, desde que haja oportuna reclamação de partido;
b) eleitor de outra seção, salvo a hipótese do Art. 145;
c) alguém com falsa identidade em lugar do eleitor chamado.
O mais curioso é que não basta que a anulação da votação venha a atingir mais da metade dos votos válidos para que seja aplicado oartigo 224 do CE, com a decretação da realização de uma nova eleição. Isso se explica porque a anulação de uma eleição ou da votação não é uma regra palatável ou agradável que dever ser aplicada assim, sempre que possível!
Ao contrário, o bem maior da democracia é o voto, por isso, lembra o artigo 219 do CE, que não pode haver declaração de nulidade sem prejuízo:
Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral, o Juiz atenderá sempre aos fins e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo.
É essa a principal razão de ser do importantíssimo artigo 222, que logo a seguir determina:
Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedados por lei.
Resumindo: a anulação depende da existência de um prejuízo, este verificado na influência indevida sobre a vontade do eleitor, que ateria manifestado não segundo suas convicções mas, sim, influenciado indevidamente pelo emprego de meios fraudulentos e coativos decaptação de sufrágio. Veja-se como decide o Tribunal Superior Eleitoral:
RESPE-21221
(...) O escopo do legislador é o de afastar imediatamente da disputa aquele que no curso da campanha eleitoral incidiu no tipo "captação ilegal desufrágio". A cassação do registro ou do diploma, cominados na referida norma legal, não constitui nova hipótese de inelegibilidade. Prevendo o art. 222 do Código Eleitoral a captação de sufrágio como fator de nulidade da votação, aplica-se o art. 224 do mesmo diploma no caso emque houver a incidência do art. 41-A da Lei nº 9.504/97, se a nulidade atingir mais de metade dos votos.
Se quiser, proteste, sim, mas não anulando seu voto. Cabe, por fim, uma ressalva importante, já que a anulação da eleição prevista no artigo 224, diz respeito apenas à eleição majoritária - ou seja, para Presidente, Governador, Prefeito e Senador, e não para a eleição proporcional ou a vereador, deputado federal e estadual. Se a nulidade por captação ilegal de sufrágio ocorrer na eleição proporcional, diferentemente daquela, se aplicará o artigo 175, §4º do Código, que determina que o voto seja invalidado para o candidato e computado para a legenda.
Art. 175.
Serão nulas as cédulas:
(...) §3º Serão nulos, para todos os efeitos, os votos dados a candidatos inelegíveis ou não registrados §4º. O disposto no parágrafo anterior não se aplica quando a decisão de inelegibilidade ou de cancelamento de registro for proferida após a realização da eleição a que concorreu o candidato alcançado pela sentença, caso em que os votos serão contados para o partido pelo qualtiver sido feito o seu registro.
Portanto, não se engane! Nenhuma das afirmações contidas no e-mail são verdadeiras. Se quiser protestar e impedir que os caciques políticos mantenham-se no poder, você precisa se alinhar às forças políticas contrárias e que você repute dignas de seu voto. O caminho para qualquer mudança somente é legitimado pelo voto da maioria, jamais pela omissão. O eleitor que quiser protestar e mudar o estado atual de coisa, precisa lutar para convencer novos adeptos e partidários, atuar de modo democrático e, daí, vencer seus adversários de modo livre, justo e isonômico"- Por, Ricardo Ferraz.
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A ESCOLHA DE CADA UM

Diante de tantas injustiças sociais, vivemos constantes decepções com os nossos governantes. Precisamos, no entanto, saber que, na realidade, governar depende de uma máquina administrativa cujas engrenagens têm que estar em sintonia.

Mas que sintonia pode existir em algo que não produz efeitos? Não, não existe sintonia entre os atuais governantes. O que existe é a pactuação da simbologia do poder.

Que nossa máquina administrativa precisa mudar não é novidade, a diferença é saber que tal mudança precisa ser radical. Não basta um ou outro ter vontade de modificá-la. Precisa-se de uma aliança de capacidades; precisa-se de uma renovação total. Precisa-se mostrar que o verdadeiro PODER, é “o que emana do povo”, como diz a nossa Constituição. Precisa-se que este PODER seja superior à simbologia hoje existente.

O verdadeiro PODER é o de ESCOLHA. A escolha de cada um de nós. Ela deve ser voltada não apenas para o momento, para a necessidade de cada um individualmente, mas, principalmente, para o contexto de todo o nosso País.

Escolher é determinar o que é melhor e, certamente, o melhor é saber escolher. Escolher aquele que não apenas fala de soluções, mas as pratica; aquele que realmente tem competência para vislumbrar soluções, pensando não apenas no povo que o elegeu, mas em toda a população.

Este é o PODER que emana do povo. O PODER de mudar o nosso País.Vamos às urnas e escolhamos sem emoções. Tenhamos consciência daquilo que queremos para nós. Não podemos deixar de escolher.

O voto nulo é uma vitória para eles, os detentores do poder, porque pode provocar a necessidade de nova eleição, o que representa o enfraquecimento do poder que é da população.

Não nos esqueçamos dos mensalões e dos apadrinhamentos; das dificuldades vividas nas enchentes; dos desvios de verbas; do salário que acaba logo que recebido; das pessoas que não têm o que comer; das nossas crianças que não têm uma educação adequada; do nosso medo de sair às ruas e da falta de civilidade com que somos tratados nos lugares que freqüentamos.

Não nos esqueçamos, enfim, de que o direito de escolher é nosso – e isso ninguém pode nos tirar. Por, Valéria Achilles de Faria Mello Psicóloga Pós Graduada em direito Público: Administrativo, Constitucional e Tributário - Rio de Janeiro.

Movimento da Ordem e Vigília Contra a Corrupção

segunda-feira, junho 19, 2006

SEDUÇÃO DO DEMÔNIO

" Um homem sem preconceitos é um empirista empedernido, uma besta, um monstro amoral."


A fábula petista e o demônio totalitário.


"Tudo o que é bom para o PT é ruim para o Brasil." Não é a primeira vez que escrevo sobre a frase que mais me rendeu protestos. Até alguns "conservadores" fizeram um muxoxo: "Cheira a preconceito." E daí? O preconceito também é uma realidade discursiva definida por marés influentes de opinião. Não ter alguns corresponde a reforçar outros.

Vejam dom Tomás Balduíno, que trocou a Teologia pela Escatologia da Libertação. Ele acredita que lugar de auto-intitulados sem-terra é quebrando o Parlamento ou tungando propriedade alheia. Opor-se a tal prática seria preconceito.Um "progressista" tem de estar afinado com os deserdados profissionais dos padres, das ONGs e do Chico Buarque. Os "conservadores" preferem ficar no armário, praticando uma ideologia que não ousa dizer seu nome. Ou vão para a fogueira. A esquerda leva vantagem na guerra de valores.

Jornalistas acham normal ter como fonte um ladrão - sobretudo se ele roubar em nome da causa -, mas fogem de um "reacionário" ou "direitista". Supostas maiorias teriam mais direito a preconceitos do que um indivíduo. Com efeito, não existiria totalitarismo sem as massas e suas rebeliões - aprendi com Ortega y Gasset, antes ainda de começar a fazer a barba.Sou tentado a defender o direito que todos temos de ter alguns "preconceitos". Um sujeito cem por cento tolerante é desprovido de moral pessoal e imprestável para uma ética coletiva. É preciso dizer em certos casos: "Isso não!" Um homem sem preconceitos é um empirista empedernido, uma besta, um monstro amoral.

Há um quarto de século toleramos a ladainha petista sobre "um outro mundo possível". Até há pouco, os petistas nos vendiam um certo "socialismo democrático", binômio antitético que a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) ressuscitou em entrevista ao programa Roda Viva. A propósito: ela afirmou lá que apenas 17% das terras agriculturáveis do País são cultivadas. Seria mentira ainda que Marina Silva derrubasse a floresta amazônica e secasse o pantanal para plantar soja. Não foi contestada em sua logorréia narcotizante. Uma bobagem choca; uma penca delas paralisa os sentidos, especialmente se vêm embaladas naquela cascata de disparates reiterados por sinonímias vertiginosas.

Nunca houve socialismo democrático ou marxismo cristão. Quem acata essas bobagens ou está comprometido com a causa ou procura ser simpático com os "progressistas". Não ambiciono a ração de boa vontade de adversários. O socialismo matou quase 200 milhões para criar o "novo homem", e sua primeira vítima foi a liberdade. Tentam pôr no meu colo os mortos das ditaduras de direita. Dispenso-os. Façam como eu: joguem todas elas no lixo.

Esquerdistas, no entanto, não reconhecem em Fidel Castro um facínora e têm num homicida compulsivo como Che Guevara um herói, ainda a render filmes e rococós sentimentais. Entronizam um bufão como Hugo Chávez no posto de futuro mártir das causas populares. "Mártir"? Eu e minhas esperanças...Que bom se a esquerda light e a social-democracia estivessem certas, e tudo isso cheirasse à naftalina da guerra fria, sepultada sob os escombros do Muro. Mas estão erradas, e a metáfora é óbvia demais.

No Brasil, as seduções do demônio totalitário estão ativas e plasmadas no PT, que segue o figurino do Moderno Príncipe gramsciano. É confortável para os covardes a suposição de que a lenda lulo-petista se esgota no clepto-stalinismo dos 40 quadrilheiros. É uma forma de colaboracionismo.Essa lenda contamina as instituições e busca mudar a natureza da democracia. Leiam isto, que segue em itálico: "O Moderno Príncipe, desenvolvendo-se, subverte todo o sistema de relações intelectuais e morais, uma vez que seu desenvolvimento significa, de fato, que todo ato é concebido como útil ou prejudicial, como virtuoso ou criminoso, somente na medida em que tem como ponto de referência o próprio Moderno Príncipe e serve ou para aumentar seu poder ou para opor-se a ele. O Príncipe toma o lugar, nas consciências, da divindade ou do imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma completa laicização de toda a vida e de todas as relações de costume."

É como Gramsci queria o "partido" que faria a transição para o socialismo aproveitando-se das fragilidades da democracia. Leninismo e fascismo em pacote único. Ele já havia aposentado as ilusões armadas na Europa, mas não a tara totalitária. O PT também arquivou as ambições socialistas - embora financie tropas de assalto à democracia -, mas não a vocação para submeter a sociedade a um ente de razão partidário. Os sem-preconceito e liberais de miolo mole vêem o partido de Lula seguindo a bula dos mercados e o supõem convertido. Será? O que antes era "criminoso" passou agora a ser "virtuoso" na medida em que "tem como ponto de referência o próprio Moderno Príncipe". Ele é capaz de "subverter todo o sistema de valores intelectuais e morais". E até os juros reais mais altos do mundo se tornam variantes de um "imperativo categórico".

A trama criminosa é só entrecho de narrativa mais ambiciosa. Nem a eventual derrota de Lula poria fim a essa história. Se vitorioso, o PT tentará perpetuar-se no poder mudando as regras do jogo: o caminho é tornar irrelevantes as eleições como meio de alternância de poder. E pode fazê-lo fingindo obediência ao rito democrático. É de sua natureza. Se derrotado, a "Al-Qaeda" - rede presente nos três Poderes, sindicatos, fundos de pensão, igrejas, estatais, imprensa, movimentos sociais e ONGs - tentará emparedar o próximo governo por meio do confronto e da chantagem.

O que fazer? Dizer não ao demônio totalitário. Outras divergências são secundárias. Tudo o que é ruim para o PT é bom para o Brasil. Reinaldo Azevedo, jornalista e escritor, é diretor de Redação do site e da revista Primeira Leitura

Comentário:
Hoje, infelizmente, ao abrir a página do Primeira Leitura, como sempre, me deparei com a triste notícia de que o Site e Revista estão encerrando hoje a sua trajetória. A explicação vocês podem ler no próprio endereço. Esperamos que Reinaldo Azevedo inaugure logo seu próprio Blog e volte logo ao “front”. Seus textos, suas opiniões têm sido de fundamental importância neste momento de tão poucas verdades. Por, Gaúcho (Movimento da Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

Acesse:

http://www.primeiraleitura.com.br/auto/index.php

domingo, junho 18, 2006

"JÁ NÃO PODEMOS DIZER NADA!”


"... Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada."


Em 14 de abril de 1930, aos 36 anos, Vladimir Maiakóvski, o maior poeta russo da era contemporânea, deu um fim trágico à sua atormentada vida. Matou-se porque perdeu toda a esperança e se viu diante de uma estrada sem saída. Sua obra é absolutamente revolucionária, como revolucionárias eram as suas idéias. Mas o poeta, dizia ele, por mais revolucionário que seja, não pode perder a alma!

Ele acreditou piamente na Revolução Russa e pensou que um mundo melhor surgiria de toda aquela brusca e violenta transformação. Aos poucos, porém, foi percebendo que seus líderes haviam perdido a alma. A brutalidade crescia.
A impunidade era a regra. O desrespeito às criaturas era a norma geral. Toda e qualquer reação resultava em mais iniqüidades, em mais violência.

Um stalinismo brutal assolou a pátria russa. Uma onda avassaladora de horror e impotência tomou conta de seu espírito, embora ainda tentasse protestar. Mas foi em vão. Rendeu-se e saiu de cena. Em 1936, escreveu Eduardo Alves da Costa o poema No caminho com Maiakóvski, que resume sua desoladora tragédia.

Nestes tristes tempos, muitos estão vivendo as angústias desabafadas neste poema. Também acreditaram em líderes milagrosos, tiveram esperanças em dias mais serenos, esperaram por oportunidades melhores e sonharam com paz e alegria. Nunca imaginaram que, em seu lugar, viriam a impunidade, a violência, o rancor e a cobiça.

Os que chegaram ao poder, sem nenhuma noção de servir ao povo, logo revelaram a sua verdadeira face. O País está vivendo uma fase de completo e total desrespeito às leis. A Lei Maior, aquela que o País aprovou por meio de seus representantes, não existe. Para uns, todas as leniências. Para outros, todos as violências.

Nas grandes cidades, dois governos, duas autoridades: a tradicional e a dos marginais. No campo, ausência de direitos e deveres. Uma malta de desocupados, chefiados por líderes atrevidos e até debochados, está conseguindo levar o desassossego e a insegurança aos milhões de trabalhadores rurais que ali se esforçam para sobreviver.

Isso já vem acontecendo há muito tempo e não há sinal de que alguma autoridade pretenda submetê-los às penas da lei. Ao contrário. Eles gozam de imenso prestígio junto ao presidente, que não se acanha em lhes dar cobertura e agir com a maior cumplicidade.

A ausência das autoridades tem sido o grande estímulo para que esses grupos, e outros que vão surgindo, venham conseguindo, num crescendo de audácia e desrespeito, levar o pânico aos que vivem do trabalho no campo. A mesma audácia impune garante também a expansão das quadrilhas de narcotraficantes em todo o País.

A cada dia que passa eles chegam mais perto de nós. Se examinarmos com atenção os acontecimentos destes últimos dois anos, dá para entender o nosso medo. Quando explodiu o caso do Waldomiro Diniz, as autoridades estavam na obrigação de investigar tudo e dar uma punição exemplar. O que se viu? Uma porção de manobras para encobrir os fatos e manter os esquemas intocáveis. E qual foi a reação do povo? Nenhuma.

Roubaram uma flor de nosso jardim, a flor da decência, da dignidade, da ética, e nós não dissemos nada! Quando, da noite para o dia, dezenas de deputados largaram suas legendas e se bandearam para as hostes do governo, era preciso explicar tão misteriosa adesão. O que se viu? Uma descarada e desafiadora alegria no alto comando do País! E qual foi a reação do povo? Nenhuma. Eles nem se esconderam. Pisaram em nossas flores, mataram o cão que nos podia defender. E nós não dissemos nada!

Quando um parlamentar, que integrava a tal maioria, veio denunciar o uso de recursos públicos, desviados de forma indecente, com a conivência dos altos ocupantes do governo, provando que a direção do PT e do governo sabiam de tudo e de tudo se haviam aproveitado, qual foi a reação do povo? Nenhuma. Eles nem se importaram com o fato de terem sido descobertos. O mais frágil deles entrou em nossa vida, roubou a luz de nossas esperanças e, conhecendo o nosso medo, ainda se deu ao luxo de arrancar a nossa voz da garganta! Será que vamos aceitar? Não vamos dizer nada?

Será que o povo brasileiro perdeu de vez a sua capacidade de se indignar? A sua capacidade de discernir? A sua capacidade de punir? Acho que não. Torço para que isso não esteja acontecendo. Sinto, por onde ando e por onde vou, que lá no mar alto uma onda de nojo está crescendo, avolumando-se, preparando-se para chegar e afogar esses aventureiros.

Não se trata, simplesmente, de uma questão eleitoral. Não se cuida apenas de ganhar uma eleição. O importante é não perder a alma. O direito de sonhar. A vontade de viver melhor.

Colocar este momento como uma simples luta entre governo e oposição é muito pouco. E derrotá-los, simplesmente, também é muito pouco, diante do crime que eles praticaram contra as esperanças de um povo de boa-fé. O que vai hoje na alma das pessoas é o corajoso sentimento de que é preciso vencer o pavor e o pânico diante da audácia dessa gente, não permitindo que eles nos calem para sempre. Se não forem enfrentados, se não forem punidos, se seus métodos e processos não forem repudiados, nosso futuro terá sido roubado. Nossa voz terá sido arrancada de nossa garganta. E já não poderemos dizer nada.

Sandra Cavalcanti, professora, foi deputada federal constituinte, secretária de Serviços Sociais no governo Lacerda, fundadora e presidente do BNH - Estado de S.Paulo
Movimento da Ordem e Vigília Contra a Corrupção