O ministro deu a entender que se o governo de São Paulo tivesse aceitado as tropas federais, os ataques desta madrugada não teriam acontecido. Apesar da alfinetada, enfatizou que a questão da segurança deve ser tratada de forma diferenciada, longe das disputas eleitorais. Thomaz Bastos eximiu-se de responder sobre uma possível falha na inteligência, afirmando que a integração entre as inteligências do Estado e da União ainda está em processo e garantiu que quando estiver concluído, vai funcionar. Sobre os R$ 100 milhões liberados do Fundo Nacional Penitenciário para Secretaria Estadual da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e ainda não utilizados, o ministro culpou a Secretaria por não haver apresentado projeto algum para o emprego da verba. Agência Estado EXÉRCITO EM SP? TOPO. ENTÃO É GUERRA Tanto o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, como o secretário de Segurança do Estado, Saulo de Castro Abreu, disseram a coisa correta sobre a ajuda do Exército para atuar em São Paulo. O ex-prefeito afirmou que as tropas federais poderiam fazer a guarda externa de presídios, o que liberaria homens da Polícia Militar para o patrulhamento ostensivo. Saulo disse ainda que elas poderiam ajudar reprimindo o tráfico de drogas, especialmente em algumas favelas. Assim, é claro que há um trabalho a ser feito.
A questão é que o governo federal não consegue tratar do assunto sem politizá-lo o tempo inteiro, sem transformá-lo em pantomima eleitoral. Ou o que fazia Mário Thomaz Bastos ontem, ao lado do petista Aloizio Mercadante, enquanto este produzia aberrações numéricas sobre a segurança no Estado?
Ou o que fazia hoje de manhã, na rádio CBN, o mesmo Mercadante, que ocupou 80% de sua entrevista criminalizando a política de segurança pública do Estado, mas sem usar com os marginais 10% da dureza que emprega contra tucanos? Assim, que o governo de São Paulo, ele próprio, solicite essa ajuda e estabeleça os seus termos e a sua forma. Mas que seja o Exército, não aquela brincadeira que é a Força Nacional de Segurança.
E, claro, só há uma coisa certa a fazer. Instaladas aqui as tropas federais, que se avance ainda com mais energia sobre o PCC e seus líderes, quebrando a espinha do movimento. Se é com a ajuda do Exército, então é guerra.
PCC, BASTOS E MERCADANTE : "NON PASARÁN!"
Eu detesto aquele seu jeito de pavão incompetente, aquele seu ar de Bel’Antonio da Justiça. Ocorre que essa gente tem método. Vejam aí: o PCC voltou a fazer ataques em São Paulo. Horas antes de eles terem início, o ministro estava numa solenidade pública com o petista Aloísio Mercadante. Os dois produziam confusão estatística sobre crimes em São Paulo e ameaçavam — a palavra é esta — implementar no Estado a mesma prática que existe no governo federal.
Está demonstrado abaixo que o PT e Bastos são os principais responsáveis pela crise de segurança pública em São Paulo e no Brasil. Mas eles querem oferecer ajuda. Deus nos guarde!Mal os dois petistas haviam fechado a boca sobre assuntos de que notoriamente não entendem, Marcola decidiu botar pra quebrar de novo.
Não, não creio que petistas e PCC tenham combinado alguma coisa por telefone. Mas afirmo que o PCC não ignora o timing dos ataques que ordena e que Bastos e Mercadante não ignoram que fazer proselitismo com segurança pública pode até render voto — voluntária ou não, a colaboração do PCC é real, é um dado da realidade.
... “Eu também estou amedrontado”!... MTB
Bastos, nesta segunda, diz que ele também, ministro da Justiça, o homem cuja segurança pessoal só não é tão bem guardada quanto à do presidente da República, está com medo. É uma declaração vergonhosa, acintosa.
O nosso Churchill chegou e, em vez de “sangue, suor e lágrimas”, resolveu dizer que estava se borrando todo. É uma piada macabra. Mais: disse que, caso São Paulo tivesse aceitado a ajuda das Forças Armadas, talvez a coisa tivesse se resolvido. Ele está falando de Forças Armadas agora. Antes, oferecia uma ficção chamada Força Nacional de Segurança, que, na prática, não existe.
Já é inaceitável que Bastos, ontem, tenha participado de um ato eleitoral de Mercadante. Ok, ele pode alegar que era domingo e que estava em seu dia de folga. Não existe “folga” para o chefe da Polícia Federal. Mas, ainda que a gente conceda que se comporte com tamanha sem-cerimônia, que hoje, ao menos, ficasse caladinho. Não! Fala pelos cotovelos. E, mostrando que tem um particular senso de humor, diz que a questão da segurança não pode ser objeto de disputa eleitoral. Não pode? E o que ele fazia ontem, ao lado de Mercadante?
O homem que, em 2005, repassou para a segurança de São Paulo um quarto do que Lula gastou com o seu avião não fica corado em fazer exploração eleitoral da violência e, menos de 12 horas depois, censurar os que fazem, vejam só! Fazem exploração eleitoral da violência...
Eles não têm limites. Não sei se vai dar para varrer esta raça do Brasil. Mas, em São Paulo, non pasarán! Por, Reinaldo Azevedo
Comentário:
Sim, “Non pasarán”. Nem em São Paulo, nem na Internet e se tudo ajudar, nem no Brasil. Chega! Esta gentalha provoca náuseas. A desfaçatez embrulha o estômago.
Aliás, vamos aquecer os músculos virtuais? O “Blog do Dirceu” foi inaugurado hoje. E é claro, já está lá, estampado na primeira página, críticas ao governo de São Paulo sobre a Segurança.
Pois bem, pessoal. Lá, diz que aquilo é um espaço Democrático! Vamos testar? Eu já fui. Só estou aguardando aprovação do meu comentário! Será?.... Aqui, está o endereço do covil cibernético: http://blogdodirceu.blig.ig.com.br/
Por, Gabriela/Gaúcho (Movimento da Ordem e Vigília Contra a Corrupção)