“TEM GENTE INCOMODADA NESTE PAÍS PORQUE O POVO ESTÁ MAIS INTELIGENTE E PREPARADO”

Eis a grandiosa conclusão do presimenti.

Dando a entender que o comentário estava endereçado à oposição. "São pessoas que estavam acostumadas a governar o Brasil para 30 milhões de pessoas, nós estamos governando para 190 milhões de pessoas", comparou, em rápida entrevista enquanto tomava um cafezinho ao sair do Hotel Morotin, nesta manhã, em Santa Maria (RS).

Provocado a dizer de quem estava reclamando, Lula esquivou-se. "Vocês sabem quem vem escrevendo sandices", ressaltou, dois dias depois de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgar uma carta ao PSDB na qual culpa Lula pela "podridão" da política atual. Apesar da dedução dos repórteres de que a crítica seria a seu antecessor, o presidente preferiu dizer que a interpretação era somente resultado da mente fértil dos entrevistadores.

Repetindo o que dissera no discurso da noite anterior, Lula reclamou de pessoas que falam mal de seus programas sociais e disse que "daqui a pouco elas vão pedir para trocar de povo no Brasil".

O presidente também criticou a oposição por, segundo ele, pautar suas atividades somente pela campanha política, quando há assuntos importantes para os brasileiros a serem votados no Congresso. Lembrou que a Lei Geral da Pequena e Média Empresa, aprovada na Câmara, poderia ser votada imediatamente no Senado se houvesse um esforço para isso.

Também citou a proposta sobre o Fundeb, que tramita desde junho do ano passado e não entra em votação. "Não tem problema que falem mal de mim num microfone e votem no outro", ressaltou. "Podem votar o projeto e sair para a rua dizendo que foram eles que votaram", sugeriu, conclamando os parlamentares e não paralisar seus trabalhos durante a campanha eleitoral. "A eleição é para consolidar e não para paralisar o processo democrático", reiterou.

Lula saiu do hotel às 8 horas e foi visitar o bispo diocesano, D. Hélio Rubert, e o bispo emérito de Santa Maria, D. Ivo Lorscheiter, com quem conversou durante 40 minutos. Logo depois embarcou para Criciúma, no sul de Santa Catarina, para atividades da campanha pela reeleição. Agência do Estado

COMENTÁRIO:

Dias desses eu ouvira de um senador um comentário que é habitual no meio em que vivemos. Dizia ele: Sou do tempo em que meu pai dizia: "Menino se comporte, hoje teremos a visita do Ministro"!

Esta é uma preocupação menor nos dias de hoje. Meu avô, se vivo fosse, diria: “crianças hoje receberemos a visita do presidente do Brasil, nada de formalidades à mesa, poderemos constranger sua alteza o “imperador”“.

E, mais: aconselharia minha avó a não usar nenhuma palavra em francês... como, por exemplo, "en passant", a não citar a desenvolvida obra de Bergson, Les deux de la Morale et de la Religion. Caso fosse a visita de um ministro a mesma recomendação seria feita. É mole? Por Gabriela/Gaúcho (Movimento da Ordem e Vigília Contra a Corrupção)