FRAUDES E MENTIRAS
Tornam-se bandidos conhecidos e execrados pela opinião pública, mas, certos da impunidade, devem imaginar não ser verdade que o crime não compensa. Se compensa, pensam os sanguessugas e mensaleiros, é porque não é crime. Este é um país esquisito, onde a própria virtude precisa de limites.
Como fazer para os congressistas que fraudam o Orçamento tenham vergonha na cara? Como impedir que os recursos dos contribuintes sejam desviados por mãos maiores do que os bolsos, prejudicando serviços de assistência social, reconstrução da infra-estrutura, melhores condições de saúde e de segurança pública? Esses desafios brasileiros, inevitáveis temas da próxima campanha política, vêm sendo diariamente expostos pela imprensa, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou seu desagrado com a publicação dos escândalos, fazendo supor que existe campanha da imprensa contra seu governo.
Se o presidente fala pouco à imprensa, se são raras suas entrevistas coletivas, se escolhe veículos para falar, não se deve debitar à imprensa a divulgação oceânica de escândalos, tão caudalosos que cobrem o país de vergonha. As sanguessugas, que tiveram a vida atropelada pela delação premiada dos donos da Planam, fogem dos jornalistas, se escondem em casa, protestam contra a divulgação de seus nomes e fazem tenebrosas ameaças aos jornalistas. Seus nomes estão sendo exaustivamente publicados, mas falta a relação dos prefeitos, da mesma forma responsáveis pela hemorragia financeira que produziu ambulâncias superfaturadas.
A vergonha é bom que se diga, nem sempre é a conseqüência do mal que fazemos; é, quase sempre, a consciência do mal que nos fazem. E como nos faz mal esse Congresso habitado por aves de rapina, mais comprometidos com o enriquecimento fácil do que com a vida de multidões que os conduziram às luzes das TVs Câmara e Senado, nas quais fazem discursos para uma platéia que neles não confia. Novos astros da TV lambuzam-se de vaidade quando focalizados pelas câmeras, nos envergonhando todos os dias.
Eis que no Congresso organizou-se uma quadrilha; há bandos de parlamentares que constituem a base do governo, mas que também são salteadores dos cofres públicos, convivendo com a impunidade, já que os votos para cassação não cassam, são secretos, sigilosos, num país que exige transparência para tudo, principalmente para quem foi eleito para representar os interesses da população. Congressistas e funcionários do Poder Executivo que fraudaram o Tesouro não são celebridades.
Tornam-se bandidos conhecidos e execrados pela opinião pública, mas, certos da impunidade, devem imaginar não ser verdade que o crime não compensa. Se compensa, pensam os sanguessugas e mensaleiros, é porque não é crime. Este é um país esquisito, onde a própria virtude precisa de limites. Por, Maurício Pessoa - Jornalista.
Comentário:
Aqui, é mesmo o país do "faz de conta"! Confundem-se políticos com bandidos, crápulas com homens. Política é uma ciência para poucos vocacionados! Basta, um analfabeto de má formação, fazer um discurso nivelador de teorias simplistas, que toda gente entende esta linguagem. Os elementos desta língua universal são tão simples como a fome e miséria, a inveja e a morte. Tais teorias são acessíveis à alma das multidões que se enchem de ternura. E, todo este espetáculo de canalhas, quase sempre é acompanhado de uma colossal ignorância humana. E, por fim, posam sempre de celebridade aqui neste país, onde a Santa Ignorância impera. Bandido aqui, é Rei! Lulla das parafernálias. Por, Gabriela/Gaucho (Movimento da Ordem e Vigília Contra a Corrupção)
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