A DESINTEGRAÇÃO DE UM HOMEM
Lula é uma tragédia. Ele deixou a impressão de que a corrupção penetra em todas as instâncias do governo. Simplesmente abalou a legitimidade do Planalto perante o público. Lamento, pois Lula começou com muitas idéias boas e com bom apoio popular. Mas sua base de governo acabou buscando o caminho errado para comandar a selva do Congresso: a propina.
Recentemente participei de um encontro onde um dos temas discutidos foi a análise do brasilianista Thomas Skidmore, que há 37 anos começou a estudar o Brasil. Natural de Ohio, nos Estados Unidos, Skidmore migrou para o Rio de Janeiro no início dos anos 60 e, logo depois do golpe militar, lançou seu primeiro livro: Politics in Brazil 1930-1964: An Experiment in Democracy.
A obra se tornou um clássico entre os que conhecem e estudam o Brasil. Hoje, aos 73 anos, ele dirige o Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Brown, nas proximidades de Boston. Se o conhecimento acumulado na carreira foi suficiente para entender o país? "Só às vezes", responde ele, rindo. "O Brasil elegeu um louco e não se entende mais nada", arremata.
Na posição de quem já estudou exaustivamente a história político-econômica do Brasil, suas crises e seus presidentes, avalia o desempenho de Lula, compara-o com os outros presidentes e conclui: Lula é uma tragédia. Ele deixou a impressão de que a corrupção penetra em todas as instâncias do governo. Simplesmente abalou a legitimidade do Planalto perante o público. Lamenta, pois Lula começou com muitas idéias boas e com bom apoio popular. Mas sua base de governo acabou buscando o caminho errado para comandar a selva do Congresso: a propina.
Sobre a relação indissolúvel entre a corrupção e a política brasileira, Thomas afirma que por definição, a corrupção ocorre em segredo, mas no caso do PT há muitas provas e a questão da corrupção foi com o Congresso. E isso é interessante: não foi só com empresários, tal como na era de Juscelino Kubitschek, em que reinava o tipo de gatunagem típica entre o setor público e privado. "Ah, você vai me apoiar na política? Então vou te arrumar um serviço no governo federal depois".
Isso foi muito comum naquela época. Muitas pessoas ganharam lugar no governo por influência de políticos e apadrinhados. E tornou-se muito mais grave no PT, mas é impossível medir o tamanho - depende das confabulações e dos contextos. No caso de Lula, porém, a reação à descoberta do problema foi muito pior. Ele se dizia uma virgem, e uma virgem que peca sempre causa mais polêmica do que um pecador.
No ano passado, dizendo-se incompreendido, Lula se comparou a Getúlio Vargas, JK e Jango. Thomas não vê nenhuma semelhança. Vargas, por exemplo, nunca perdeu o sentido de seu trabalho. Pelo contrário, estava sempre no controle. Juscelino também foi um político de muita desenvoltura, apesar dos pesares. Podemos é comparar Lula com Collor, pelo menos no que diz respeito à loucura. No governo, ambos viveram uma fantasia, perderam o controle e Lula tenta negar a realidade.
Outro louco comparável a Lula, foi Jânio Quadros. Ao longo da gestão, ele perdeu o senso de direção. Nem mesmo um psiquiatra seria capaz de explicar a mente de ambos e o esfacelamento de suas capacidades de liderança. Lula é um coitado. Está desnorteado, não entende o ambiente onde se meteu. Ele é ingênuo. Collor pelo menos sabia o que estava acontecendo.
Depois desse escândalo do governo do PT, o sistema presidencial como um todo se mostrou inviável para o Brasil. O país deveria repensar seu sistema político desde os fundamentos. Nada menos do que quatro presidentes brasileiros foram destituídos no período democrático: Getúlio Vargas, Jango, Jânio e depois Collor. E agora temos o Lula, que não chegou a ser destituído, mas que perdeu a capacidade de governar. Isso mostra que há algo errado no sistema presidencial brasileiro. O que o país mais precisa é de um homem majoritário que tenha a capacidade de ser um líder.
Lula ficou anestesiado ante a crise. Perdeu o controle das emoções, e até defendeu a mãe em seus discursos. Esse negócio de defender a mãe é um sinal típico do político que não sabe o que fazer e Lula ficou desnorteado em Brasília. Ele fica lá, rodeado de conselheiros e, quando pode, se distrai com a idéia de viajar, de receber presidentes de outros países. Ele não tem a tranqüilidade de um político experiente nesses protocolos e parece que o Lula não teve a capacidade de manter o equilíbrio mental em uma situação que o deixava confuso.
Hoje, o Brasil está assistindo praticamente à desintegração de um homem. Por, Marcelo Prado (Foi Diretor e Vice-Presidente de diversas Multinacionais. Viveu na Alemnha e atualmente vive em São Paulo)
Comentário:
Eu nunca estudei história da política. Mas vou me atrever a dar minha leitura particular sobre o seu Lulla. Elle, de fato, adotou um discurso em cima de boas idéias durante sua campanha passada. Só que, no fundo, elle nunca teve a intenção de implementá-las. Elle nunca que se perdeu de seus reais objetivos. O caminho que elle segue hoje, foi muito bem pensado e calculado. Nós, é que nos surpreendemos com o tamanho da monstruosidade de suas intenções.
Quem está anestesiado somos nós, o povo, tamanha a carga de sujeira que diariamente esta corja despeja sobre nossas cabeças. Tomara que seja realmente elle a estar desintegrando e não o nosso país, como é do desejo delle. Por Gaúcho/Gabriela (Movimento da ordem e Vigília Contra a Corrupção)
2 Comments:
Lulla ingênuo? - Onde?
Ingênuo é quem acredita nisso! Lulla se faz de "mulher traída", porque lhe convém! Caso se reeleja ai sim, vamos ver essa tal "ingenuidade" nua e crua! Vai me dizer que ele está sendo obrigado a fazer o que não quer? Sei! Ô gente mais vendida!
By Anônimo, at 10:31 AM
Lula, nada anestisiado! Conversa fiada, Lula é considerado entre seus ex- aliados, uma mente brilhante para o mal. Ninguém faz nada, sem sua autorização.
By Anônimo, at 11:58 AM
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