URGENTE ! 'O ESTADO POLICIAL'
Por que o presidente iria permitir a exposição mortal de um aliado? Para compreender, é preciso ir aos intestinos da questão. Nem tudo é pessoal – e nem tudo é linear em política. Quase nada, aliás.
Tancredo Neves dizia, com a vasta experiência que acumulara que não se faz política sem vítimas. Sabe-se que as relações incestuosas entre público e privado são mais regras que exceção no Congresso. Por que os grampos voltaram-se para Renan e não para um adversário? – eis outra pergunta feita obsessivamente por parlamentares governistas e oposicionistas, em ambiente tensionado por boatos de que mais listas e mais escândalos estão prestes a vir.
A conclusão dos mais experientes é de que não há casualidades. Renan foi criteriosamente escolhido para ser a bola da vez. E o foi (está sendo) exatamente para quebrar a hegemonia peemedebista no governo. Para quebrar a arrogância do Congresso em relação ao Palácio do Planalto. Seu suplício cumpre, assim, roteiro concebido pelo próprio governo, de quem é aliado.
O trecho acima faz parte do artigo semanal do jornalista Ruy Fabiano:Suplício de Renan intimida Congresso.
Por trás da navalha afiada da Polícia Federal, cortando as veias da política brasileira, há a reacomodação da base parlamentar governista, que ela impõe. O principal personagem político atingido é o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, partido vital à hegemonia governista nas duas casas do Legislativo.
Não importa aqui emitir juízo de valor a respeito da sinuca em que se encontra. Importa reconhecer que era um dos principais, senão o principal aliado parlamentar de Lula. E que essa condição foi duramente atingida pela situação a que foi (está sendo) levado.
Em tese, a condição hegemônica do governo no Congresso estaria comprometida. Mas o presidente Lula não parece nem um pouco preocupado com isso. Mostra-se até satisfeito. Que mistério é esse? - perguntam estupefatos alguns de seus aliados.
A demissão de um ministro de Estado – caso de Silas Rondeau - mesmo traumática, não se compara em contundência à eventual deposição de um presidente do Legislativo - ou, pior ainda (se se chegar a tal extremo), à cassação de seu mandato. É o que se prenunciou como um dos desdobramentos da Operação Navalha.
Renan pode superar o desafio, pode até permanecer no cargo, mas não será jamais o mesmo. Seu prestígio foi arranhado na face – e corte fundo de navalha deixa cicatriz, que plástica nenhuma remove. Em política, cirurgia plástica é sempre precária. Não desfaz inteiramente as marcas; às vezes, as ressalta.
As ações policiais recentes expuseram e fragilizaram dois dos três Poderes da República: Judiciário (mais atingido na operação anterior, batizada de Furacão) e Legislativo, retalhado agora a golpes de navalha. O Executivo recebeu no máximo alguns estilhaços. Balas perdidas. O grosso da munição foi para os outros dois Poderes.
O comportamento de Lula, nos dois episódios, tem sido visto no Congresso como ambíguo. Procura mostrar-se eqüidistante, chegou mesmo a fazer alguns reparos públicos a excessos policiais (sobretudo ao uso desnecessário da algema), mas, a seguir, avisou que as prisões vão prosseguir, “doam a quem doer”.
Uma no cravo, outra na ferradura.
O presidente da República, como chefe do Poder Executivo, é o chefe maior da Polícia Federal. Nada disso, em tese, estaria ocorrendo – inclusive os tais excessos - sem o seu consentimento. Mas (ao menos numa leitura linear) nem tudo o que resulta das ações policiais se lhe aparenta favorável.
A sorte de Renan Calheiros, por exemplo. Por que o presidente iria permitir a exposição mortal de um aliado? Para compreender, é preciso ir aos intestinos da questão. Nem tudo é pessoal – e nem tudo é linear em política. Quase nada, aliás.
É a frase pragmática de Tancredo em ação: não se faz política sem vítimas. Busquemos, pois, as vítimas. O Congresso sente-se fragilizado, refém da Polícia Federal, cuja desenvoltura intimida também o Judiciário. Nem governistas, nem oposicionistas querem a CPI das Empreiteiras ou da Navalha – a não ser, claro, as exceções de sempre, onde figura com destaque o senador Pedro Simon, cuja integridade o torna um ser excêntrico, quase espectral.
Todos sabem em que medida isso espalharia lama no ambiente. Ninguém quer reeditar a CPI do Orçamento, de 14 anos atrás, que degolou a cabeça coroada de um presidente da Câmara, deputado Ibsen Pinheiro, que precisou de uma década para provar sua inocência (caso, aliás, raríssimo de reabilitação política).
O cerco ao presidente do Senado (e aqui, repito, não há juízo de valor, mas a constatação de uma circunstância política) intimida o Legislativo e exacerba a hegemonia do Executivo, chefe da Polícia Federal, que hoje exerce melhor que ninguém a articulação política do Governo. A faxina em curso, necessária, tem objetivo estrito, pontual. É política – não moral. Será possível mantê-la nesses termos? Por Ruy Fabiano é jornalista
REUNIÃO DA OAB CRITICA 'ESTADO POLICIAL'
O coordenador do Colégio de Presidentes de Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, Ercílio Bezerra, criticou hoje, duramente, o comportamento da Polícia Federal em suas últimas operações e alertou que o Brasil caminha, perigosamente, para o que chamou de "Estado policialesco". Para Ercílio, que é presidente da Seccional da OAB do Tocantins, os agentes dessas operações "estão contaminados e animados com os efeitos nefastos do chavismo, o que é preocupante". Ele fez estas afirmações na abertura da primeira reunião do Colégio da gestão do atual presidente nacional da OAB, Cezar Britto, por quem foi indicado coordenador do órgão.
Grampo pessoal! Chegaram ontem às redações de jornais e revistas semanais gravações de telefonemas entre Renan Calheiros e a jornalista com quem teve um caso. Por Claudiohumberto
COMENTÁRIO:
Amigos do MOVCC acabaram de ler análise do jornalista Ruy Fabiano. Pois bem, aqui uma leitura: Quanto mais políticos - agora o judiciário - caírem no descrédito, mais o PODER sobe para LULA "O CORRUPTO" .
Hoje ele já teria apoio popular pra derrubar o Congresso. É isto que ele quer e sua PF. Agora ele está desfilando e dizendo o seguinte: "Nunca se prendeu tanto neste país". Bom não esquecer que todos os amigos do Lula estão livres, leves e soltos por ai. INCLUSIVE, ELE.
Lula é Chávez. Só que "melhor" que Chávez, mais preparado que Chávez, mais inteligente que Chávez. Tanto, que não implantou aqui o que está sendo implantando na Venezuela.Pelo simples fato de que o Brasil não é a Venezuela. Para implantar um autoritarismo de esquerda por aqui, somente com o apoio popular.
Então, Lula vai minando as instituições, destruindo seus membros, fomentando a ojeriza, principalmente à classe política. Não demora muito mais e o Poder Judiciário estará ferido de morte. Aqui, o governo cria a TV Pública ao invés de fechar as comerciais. Fará dela o que quiser e terá reproduções por todos os pontos deste nosso País.
PS: A matéria de Ruy Fabiano foi retirada do Blog do Noblat. Nós a emprestamos para publicá-la. É estranho ou não é? Por Gabriela/Gaúcho MOVCC).
4 Comments:
Bastante educativo e esclarecedor esse blog.
O importante este alerte para o malho ao judas - legislativo. Sabemos o qto já estamos na linha do perigo.
Juntemo-nos!
By Anônimo, at 4:27 PM
Amigos, escrevi no blog do Tunico sobre uma idéia que não sai da minha cabeça. Essa Gautama não passa de uma empresa "laranja" agindo propositalmente para comprar os corruptos no congresso deixando todas as provas prontinhas para a PF.
Onde já fiu empresa corrptora deixar listas com nomes e valores à mão, facilmente encontrável?
O plano do lulo-petismo é realmente diabólico e lembrem-se, Chavez começou assim. No Equador as coisas começaram assim: o executivo colocando a população contra o congresso nacional para que esta sirva de instrumento para sua derrubada.
Estamos vivendo dias muito perigosos.
By Saramar, at 4:56 PM
Saramar!
Todos desconfiados deste esquema!
Gautama não passa de uma empreteira de fundo de quintal. Muito mais sério que possamos imaginar! Isto é, o PLANO B.
Bjs
By Anônimo, at 6:35 PM
Estimados leitores
Infelizmente em nosso país é vedada a pena de morte para qualquer modalidade de crime.
Uma alteração extremamente pertinente na legislação vigente seria a possibilidade de pena de morte (execução em praça pública e televisionada) aos políticos corruptos.
A referida medida certamente irá proporcionar maior transparência na política nacional que atualmente é composta por membros de diversas igrejas, banqueiros, pecuaristas e etc que tão somente visam os respectivos interesses.
Entendo que a China é um ótimo exemplo a ser seguido no que tange a punibilidade de políticos corruptos.
MORTE AOS POLÍTICOS CORRUPTOS!!!!
By Anônimo, at 9:32 PM
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