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domingo, setembro 23, 2007

EX-COLEGAS DE LULA QUEREM SER INDENIZADOS

A FESTA DA COMPANHEIRADA

Grupo que trabalhou com presidente no ABC, durante o regime militar, diz que também sofreu perseguição política – Por Evandro Éboli – do Jornal O Globo

No rastro da condição de anistiado político do presidente, e antigo companheiro, Luiz Inácio Lula da Silva, um grupo de 28 ex-metalúrgicos do ABC paulista também quer receber indenização. A Comissão de Anistia, no entanto, resiste a aprovar os casos desses contemporâneos de Lula por não considerar que eles, diferentemente do petista, tenham sido vítimas dos agentes do regime militar. O presidente foi o principal líder sindical naquela época e foi preso com base na Lei de Segurança Nacional.

No pedido que encaminharam à comissão, os 28 ex-colegas de Lula usam como um dos argumentos principais o benefício dado ao presidente e a outros dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Querem que seja dado a eles o direito a uma prestação mensal de anistiado.

Para alguns integrantes da comissão, esses ex-metalúrgicos, que foram demitidos por fazerem greve entre o fim dos anos 70 e o início dos anos 80, não têm direito a indenização porque não foram vítimas do regime militar. Entendem que eles perderam o emprego por razões trabalhistas e não políticas.

O novo presidente da Comissão de Anistia, o advogado Paulo Abrão, confirma que esses casos são polêmicos e que há essas duas linhas de pensamento entre os conselheiros. Durante a gestão do ex-presidente Marcelo Lavenère, que comandou a comissão no primeiro mandato de Lula, esses processos não foram votados e, se fossem, seriam rejeitados. O próprio Lavenère era contrário a aprovação desses casos. Ele não considerava esses metalúrgicos perseguidos políticos.

GRUPO DIZ QUE GREVES TINHAM FUNDO POLÍTICO
Quando um desses processos entrava na pauta de votação, o presidente da Associação dos Anistiados do ABC, Manoel Anízio, pedia sua retirada. Ele sabia que o pedido seria negado. Anízio alega que esses 28 ex-metalúrgicos foram demitidos por razões políticas e que o Departamento de Ordem Política e Social, o Dops, produzia listas sujas com seus nomes e distribuía para diretores de fábricas. O objetivo, segundo ele, era impedir que esses trabalhadores arrumassem novos empregos.

O grupo reivindica prestação mensal média de R$2,5 mil para cada um. Esses ex-metalúrgicos eram funcionários de empresas como Volkswagen, Ford, Cofap, Villares e Toyota. Alguns deles eram muito próximos de Lula, como Keiji Kanashiro, João de Oliveira Silva, conhecido como João Chapéu, e Augusto Portugal. Keiji é tão próximo do presidente que ocupou, nos primeiros anos do governo Lula, a Secretaria Executiva do Ministério dos Transportes, segundo cargo mais importante da pasta.

Na semana passada, a comissão realizou uma reunião com esse grupo do ABC. Os conselheiros ouviram as alegações dos antigos metalúrgicos e, agora, vão julgar os processos. Apesar da polêmica, Paulo Abrão disse que cada caso precisa ser analisado e julgado separadamente. Apesar do racha na comissão, Abrão tem uma posição que pode beneficiar os ex-metalúrgicos. Em sua opinião, toda greve tem um componente político. - Qualquer greve, necessariamente, tem um cunho político, tem uma natureza política. Mas, de qualquer maneira, terão que provar que houve essa perseguição - disse Abrão.

Para tentar provar que as greves que faziam não reivindicavam apenas salários ou melhorias de trabalho, os ex-metalúrgicos também anexaram aos processos fotos das grandes assembléias que participavam em estádios de futebol. Nessas fotos, há faixas a favor da anistia para os exilados.

Manoel Anízio argumenta ainda que vários deles foram espancados por policiais e até chegaram a ser presos. Segundo o líder dos anistiados do ABC, esse grupo ajudou Lula a fundar o PT e colaborou nas suas eleições. A maior parte dos 28 ex-metalúrgicos, segundo Anízio, passa por problemas financeiros e boa parte vive de trabalhos temporários. - Quem acha que o movimento que esse pessoal fez não foi político ou estava fora do Brasil ou vivia no mundo da lua. Eles surgiram com o Lula, com a CUT e com o PT. Também lutaram pela volta da democracia e a saída dos militares - afirmou Anízio.

COMENTÁRIO
Lula vítima? O mal dos jornais é que toda vez livram a cara do Lula de um julgamento mais honesto e realista. Tenha paciência! Assim como estes demais 28 companheiros espertalhões, Lula não passou de um agitador de porta e fábrica que após liderar greve no ABC paulista em 1981, pegou alguns dias de cana. O episódio lhe valeu uma pensão vitalícia, a qual inclusive, ele agora pede reajuste. Isto depois dele ter assinado um decreto pelo qual todas as indenizações, inclusive a dele, estão isentas do IR.

A cara de pau desta gente encontra respaldo nas próprias atitudes do Lula. Afinal, por que não? Todos são igualmente parasitas e merecem arrancar seu naco nesta republiqueta sindicalista. A horda merece tratamento igualitário na tentativa de extorsão. Coisa que - tudo indica - agora será possível sob a batuta do novo presidente da Comissão de Anistia, o advogado Paulo Abrão. Afinal, cada caso é um caso, não é?

A verdade é que nós trabalhadores honestos e contribuintes, estamos reféns desta máfia (MST, UNE, CUT etc), que não se cansa de criar formas de burlar e prejudicar aos demais para benefício pessoal ou grupal. E o Lula, sendo o exemplo máximo da massa amorfa, não titubeia em colocar o Estado (que ele julga ser ele) a serviço da voracidade dos companheiros. Por estas e outras, que Lula afirma de boca cheia que é impossível governar sem a CPMF. Por Gaúcho/Gabriela