movimento ordem vigília contra corrupcao

sábado, junho 30, 2007

500 ANOS JOGADOS NO LIXO!

O ODOR QUE EMANA DO SENADO

Já não tivesse dito na véspera que “o que não pode é o Senado ficar sangrando e, mais do que isso, fedendo”, o representante de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, teria motivos de sobra para dizê-lo, em tom ainda mais enfático, na quinta-feira. Até os mais calejados observadores dos costumes políticos nacionais hão de ter sentido vergonha pelas novas demonstrações de cinismo e ignomínia que enxovalharam nesse dia a Casa, sangrando há cinco semanas em razão das jogadas do seu presidente Renan Calheiros para enterrar, custe o que custar, as denúncias contra ele. O vexame mais espetaculoso foi proporcionado pelo senador peemedebista Joaquim Roriz, que está para o Distrito Federal (DF) - onde exerceu quatro mandatos de governador - como os velhos coronéis do voto de cabresto e do assistencialismo estão para os grotões do Brasil arcaico. Editorial do estado de São Paulo

No fim da semana passada, com se sabe, a imprensa divulgou trechos de gravações feitas pela polícia do DF, em 13 de março, nas quais se ouve Roriz acertando a partilha de uma bolada, no escritório do magnata dos transportes Constantino de Oliveira, o Nenê, com o ex-presidente do Banco Regional de Brasília Tarcísio Franklin de Moura. Ele é um dos 19 presos da Operação Aquarela, por suspeita de desvio de R$ 50 milhões do banco. A intragável versão de Roriz é a de que pedira a Nenê um empréstimo de R$ 300 mil para um negócio com gado, recebeu um cheque de R$ 2,2 milhões, sacou-o e devolveu o troco. Investigado pelo corregedor do Senado, Romeu Tuma, e alvo de um pedido do PSOL para que seja processado no Conselho de Ética, Roriz enfim apareceu para se defender.

O que apresentou da tribuna, em 40 minutos, diante de apenas 13 dos seus 80 pares, foi uma grotesca farsa de um cinismo que chegou a assumir ares de deboche. Maltratando as palavras, a sintaxe e a lógica, falou de sua compaixão pelos pobres (“só pensava, dia e noite, em quem passava necessidade e fome”), se irmanou a Calheiros no papel de vítima da “imprensa opressora” (“a imprensa, quando quer, massacra”), apregoou o seu fervor religioso (“prostrado de joelhos, pedi a Nossa Senhora que me desse forças”), abanou duas folhas de papel como se fossem procurações para a quebra dos seus sigilos, verteu, como diria Nelson Rodrigues, lágrimas de esguicho - e não convenceu ninguém. Perto dos 71 anos, Roriz está no pior dos mundos: se renunciar para não ser cassado, ou se enfrentar o processo e for cassado, como tudo indica que será, perderá o direito ao foro privilegiado e poderá a qualquer momento juntar-se aos detentos da Aquarela. Mas isso é problema dele.

Problema dos senadores, que nesse caso tornarão a ofender a sensibilidade olfativa de Jarbas Vasconcelos, será a tentação de transformar Roriz em boi de piranha, para que Calheiros passe impune, com as suas fabulosas boiadas, as suas ligações promíscuas com o lobista de uma empreiteira - e a sua recusa em se aperrear com a hemorragia do auto-respeito da instituição, desencadeada por sua patológica teimosia de se abraçar ao cargo. O mais recente produto dessa indiferença pelo destino da Casa, que ele parece disposto a levar consigo aos porões da desonra, foi a torpeza que fez par com a indecorosa farsa de Roriz. É mais uma história de submundo político. Tendo o petista Sibá Machado renunciado à presidência do Conselho de Ética, Renan acionou a sua tropa de choque para indicar, como sucessor, o também peemedebista Leomar Quintanilha, do Tocantins.

Eis um personagem que se sente bem na atmosfera em que vive a Casa. Ele figura em dois inquéritos abertos no Supremo, a pedido do Ministério Público. É acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A polícia localizou 14 cheques no total de R$ 283 mil em favor de um irmão e de um assessor de Quintanilha, emitidos por uma empreiteira beneficiada por emendas ao Orçamento de sua autoria. Para se eleger no Conselho com votos da oposição, anunciou que seu candidato para a relatoria, igualmente vaga, era o capixaba Renato Casagrande, do PSB, favorável ao aprofundamento das investigações sobre Renan. Eleito, simplesmente deu o dito pelo não dito. “Está passando do limite”, protestou Casagrande. Qual a novidade? Jarbas Vasconcelos não havia afirmado que “a situação está ficando insustentável”?

AS BOMBAS BRASILEIRAS
Para o terror brasileiro, é importante que nada aconteça para que nada mude e tudo seja esquecido. Por Arnaldo Jabor.

Qual é a relação entre as bombas que não estouraram na Inglaterra e as bombas que não estouram aqui? Lá, quem desativa os petardos é a polícia, para proteger a sociedade dos terrores. Aqui, quem desativa as bombas, para que nada estoure, são os próprios terroristas, que roem a democracia.

Para o terror brasileiro, é importante que nada aconteça para que nada mude, que as navalhas não cortem, que os zuleidos sejam esquecidos, que os rorizes sejam usados como bois ou vacas de piranha, que o presidente do Conselho de Ética seja suspeito e talvez renegado, para que nada aconteça e tudo demore até o Pan, o recesso de julho, tudo.

Vocês já viram os acusados de um crime escolher seus juízes? Vocês já viram o réu julgando a si mesmo? Pois estamos vendo agora. O Senado está sendo explodido e ninguém pode fazer nada. Não há instrumento que possa desativar as bombas que não estão estourando.

Há um terror que explode em sangue as pessoas. Nós estamos sendo sugados aos poucos, como sabem fazer os chupa-cabras de Brasília. A democracia está ficando anêmica. Em Londres, o terror é violento e ruidoso. Aqui, o terror é silencioso e atinge muito mais gente.

Sujeira sem fim
RORIZ É ACUSADO DE BENEFICIAR ALIADOS NA COMPRA DE LOTES
Novas denúncias contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) publicadas hoje no jornal Correio Braziliense levantam suspeitas de que o senador teria usado a máquina pública para beneficiar um antigo aliado, o ex-deputado distrital Wigberto Tartuce (PMDB-DF), conhecido como Vigão, com a supervalorização de um lote. Congresso em Foco – Leia
mais aqui

TROCA CURIOSA
Os amigos de Renan Calheiros articulam uma troca curiosa. Aceitam cassar o senador Joaquim Roriz, do PMDB, para acalmar a opinião pública. Em troca, Renan seria poupado da imolação. IstoÉ

MERCOSUL
BRASILEIROS VÃO PAGAR MAIS ESTA CONTA
A maior parte da conta ficou de novo para o Brasil, na reunião de cúpula do Mercosul, em Assunção, encerrada na sexta-feira. Foi aprovado a criação de um fundo para financiamento de pequenas e médias empresas do bloco. É fácil adivinhar de onde sairá a maior parte do dinheiro. Enquanto o Chávez comprava seus submarinos na Rússia, o vice-presidente venezuelano, Jorge Rodríguez, esbravejou contra os “grupos da direita reacionária” contrários à incorporação de seu país no MERCOSUL. O governo da Venezuela não ficou sozinho em sua investida contra os industriais brasileiros. Teve o apoio do assessor especial para Assuntos Internacionais do Lula, Marco Aurélio Garcia. Matéria no Estado de São Paulo – Leia mais
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Indústria Nacional vai perder com Muamba legalizada
LULA CEDE ÀS PRESSÕES DE VIZINHO
Entidades de combate à falsificação e a indústria eletroeletrônica nacional criticaram a medida provisória que legaliza a importação de produtos do Paraguai. As entidades reclamam da decisão do governo, que teria cedido à pressão paraguaia para institucionalizar o país como corredor de importação depois de melhorar a fiscalização, reduzindo o contrabando. A medida gerou críticas à política externa brasileira, que estaria indo contra os interesses da indústria nacional. "O Brasil tem hábito de ceder às pressões dos vizinhos", diz o presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato. Para ele, a medida vai reduzir o investimento na indústria por institucionalizar a concorrência de terceiros. "O governo se escancarou para a China." FSP

Domingo
PROGRAMA DA BAND ENTREVISTA PRESIDENTE DA RCTV
O programa "Canal Livre" deste domingo (1º) tem como convidado o presidente da Radio Caracas Televisión (RCTV), Marcel Granier. A entrevista foi feita por Joelmir Beting, Fernando Mitre, Antônio Teles, Marcelo Parada e Fernando Vieira de Mello. A atração vai ao ar às 23h. A RCTV parou de ser transmitida em sinal aberto na Venezuela depois que Hugo Chávez não renovou a concessão de funcionamento do canal. Desde então, a TV organizou diversos protestos contra a ação, como transmissões em
locais públicos. O conteúdo na internet também ganhou destaque. Folha Online

PS: Ah sim. Meia dúzia de pés rapados, a ralezada, tentou
armar um circo contra a vinda do presidente da RCTV.

Deputados vetam discurso do Presidente Venezuelano
CONGRESSISTAS RUSSOS NÃO ACEITAM QUE CHÁVEZ FALE AO PARLAMENTO
Parece que os Parlamentares de todo o mundo, e não só o Senado Brasileiro tem ojeriza a Hugo Chávez: agora na sua ida a Moscou, a Duma, a Câmara Baixa do Parlamento da Rússia, o equivalente a nossa Câmara Federal, votou contra a realização de um discurso do presidente venezuelano aos parlamentares durante uma sessão do plenário.

O Conselho da Duma havia decidido que Chávez faria seu discurso no dia 29 de junho, na sala Gerbovyy, com capacidade para acomodar somente 40 pessoas. Mas, apenas um total de 129 deputados votou a favor do pronunciamento do presidente da Venezuela e 332 votaram contra. Fonte: agência de notícias russa Ria Novosti

COMENTÁRIO
Vamos lá Lula da Silva! Aprendemos com seu ruído: "Nunca houve um lodaçal tão fétido nestes últimos 500 anos" como este.

Existe um estímulo perturbador, em circunstâncias jamais vistas em nosso país: um presidente cínico que incorpora cada vez mais a corrupção de seus aliados e comparsas como pauta política para o país.

Percebam como Lula tenta sublimar os mais emporcalhados e imundos da vida pública. É um arrastão todos os dias. Depois que homens de verdade passaram séculos se ocupando em trazer "luz e clareza" na ética e moral para o confuso emaranhado da vida social, torna-se em vão os esforços empreendidos com a chegada deste cangaço, deste retrocesso que pisoteia nossa história penosamente escrita com inteligência, por homens dignos e honrados do passado.

Entre as vozes queixosas da imprensa do bem e de milhares de brasileiros pasmados com esta realidade trazida pelo Lula da Silva, sabemos que não há remédio heróico além do único possível: o grito higienista das Forças Armadas. Basta!

O povo quer acreditar em milagres, só que apostando em desgraças. Enquanto o Lula se mantiver no pedestal pelo apoio dos ignorantes e dos ordinários, nossa república terá direito apenas a migalhas como Renan, Roriz e o resto do lixo.

Brasil da ralé política. Nossos 500 anos resumidos na "lei da prepotência do crime e do roubo". Por Gabriela/Gaúcho - MOVCC