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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

PARLAMENTO OU CHIQUEIRO?

RECUPERAÇÃO DO CONGRESSO FRACASSOU, DIZ ECONOMIST

Reportagem da revista britânica sobre a eleição na Câmara traz o título "Parlamento ou chiqueiro?" e diz que história irá julgar mandato do petista Arlindo Chinaglia.

Famosa por seu texto preciso e por um estilo que consegue ser contundente sem perder a elegância, a revista inglesa The Economist não teve dó dos políticos brasileiros na edição desta semana. "Parlamento ou chiqueiro?", pergunta de saída o título do artigo que abre a seção Américas. Abaixo dele, a explicação: "Uma campanha fracassada para limpar uma legislatura corrompida".

Além da acusação forte, o título em inglês esconde um certo jogo de palavras, visto que a expressão "pork-barrel" (literalmente, um barril de carne de porco) é o nome que se dá na gíria política aos trens da alegria, os projetos destinados a providenciar bons empregos e salários pagos por dinheiro público.

Depois de relatar alguns hábitos do Congresso brasileiro e a batalha para se eleger o novo presidente da Câmara, o texto termina com a constatação de que "a tarefa mais difícil é proteger a democracia brasileira dela mesma". Diz o texto também que "a história julgará se o petista vencedor da disputa (Arlindo Chinaglia) conseguirá recuperar a reputação da instituição, que está no fundo do poço".

A revista ironiza a intenção do Lula da Silva de fazer uma reforma política: "É como pedir aos perus que votem a favor do Natal." A seguir, afirma que "é preciso um presidente mais determinado do que Lula para pilotar medidas impopulares junto a uma legislatura na qual as leis são aprovadas ou abolidas a partir de caprichos de interesses pessoais, claques regionais ou uma procura voraz de leis corporativas e outros benefícios".

Parte do problema prossegue o texto, "é a fragmentação da política brasileira", que tem "não menos que 21 partidos políticos representados numa Câmara de 513 cadeiras". No entanto, "apenas 7 deles têm uma presença nacional, resumindo-se os demais a bandeiras de conveniência".

Outro lembrete da revista aos leitores - em sua maioria empresários, intelectuais e pessoas com boa informação, de todo o planeta - é que um quinto dos políticos mudaram de partido, na legislatura passada, "quase sempre em troca de favores, alguns dos quais tendo feito isso meia dúzia de vezes". E arremata: "A dificuldade de reunir uma maioria atolou o governo Lula numa sucessão de escândalos".

Depois de recordar esses episódios, que derrubaram líderes como o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, a revista assinala que o novo presidente da Câmara "é íntimo de José Dirceu, que espera convencer o Congresso a perdoá-lo e restaurar seus direitos políticos". Por Gabriel Manzano Filho – O Estado de São Paulo

ANISTIA JAMAIS
"Agora que se fala em anistiar o ex-deputado José Dirceu, é fundamental relembrar os fatos que levaram à sua cassação". Por Miguel Reale Junior.

Tem cabimento quando as circunstâncias históricas revelam que a paz social precisa ser readquirida, tanto que se extingue a punibilidade riscando do mundo o fato. Pela anistia se cobre a história com o véu do esquecimento, pois concerne ao fato, e não à pessoa. Considera-se o fato como inexistente.

O maestro, que regia o "concerto" do mensalão, agora quer transformar a batuta em varinha mágica para fazer desaparecer a história, jogando ao absoluto esquecimento os fatos graves que vitimaram a vida política de nosso país, em especial a Câmara.

Até quando a nação se permitirá ser enxovalhada pela mentira e pela desfaçatez de uma mistificação? E mais: em desprezo ao Supremo Tribunal Federal, onde tramita a ação penal, na qual o pretendente a beato responde no âmbito criminal pelos mesmos fatos pelos quais foi cassado. Até quando? – Assinante da FSP –
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JOGO DE CENA
LULA PEDE PAZ, MAS TARSO E DIRCEU IRÃO Á “GUERRA” EM FESTA DO PT
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Lula da Silva pedirá hoje, durante jantar em Salvador para comemorar os 27 anos do PT, o fim da “guerra” das correntes internas pelo controle do partido. Nos últimos dias, Lula tem recomendado ao Tarso Genro, e ao cassado Zé Dirceu que cessem o conflito. Estado de São Paulo

BANDIDO NÃO TEM REMORSO PELA MORTE DO MENINO ARRASTADO
Questionado sobre se sentia remorso pelo que fez, o criminoso respondeu "Eu não tenho filho" - Diego Nascimento da Silva, de 18 anos, o monstro. – O Estado –
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A fuça destas bestas hediondas que merecem a pena de morte - JT aqui.

A IMPUNIDADE – Por Reinaldo Azevedo
Os caras que mataram João, com alguma má sorte, pegam 30 anos de cadeia. Com um sexto da pena cumprida — já que os poetas do direito brasileiro são contra a categoria do crime hediondo — podem ter direito ao regime semi-aberto. Um facínora pode arrastar uma criança de 8 anos pelas ruas, presa a um automóvel, espalhar sua massa encefálica pelo caminho e ser solto depois de cinco anos — isso se não pegar pena menor. No futuro, suponho, todo brasileiro nascerá com direito a ter pelo menos um cadáver na sua biografia.

Lula disse mais de uma vez que esses bandidos foram crianças carentes. É mesmo? A origem social da violência é uma mentira evidenciada pela matemática. Imagine se pobreza predispusesse à violência. Estaríamos fritos.

Acompanhei, com um pouco asco, o noticiário das televisões. Havia certa inclinação óbvia para acusar a falta de policiamento. Não há policia que consiga coibir um acontecimento como esse o que não quer dizer que ela seja eficiente no Rio. Mas isso está fora de qualquer parâmetro. E, atenção! A situação não será revertida facilmente. Além da impunidade, há também a glorificação da chamada “cultura da periferia” nos programas de TV, no jornalismo, na propaganda oficial. A ordem se tornou inimiga. Os bandidos aprenderam a falar a linguagem do vitimismo. João não vai nem mesmo render um filme, financiado pela Petrobras, com incentivo da Lei Rounet.

Fique atento, leitor amigo: sempre que, no cinema, na TV ou em qualquer lugar, algum imbecil assumir o papel de juiz, apontando para você o dedo, acusando-o de ser culpado pela miséria e pela violência do Brasil, extraindo poesia da violência dos excluídos, cuspa nesse vagabundo. Ele não merece o seu respeito. Ele é um atentado à sua segurança e à de sua família. Ele é cúmplice de assassinos. E não custa lembrar: as maiores vítimas dos bandidos ainda são os pobres.

COMENTÁRIO
A FESTA MACABRA!
A campanha pela anistia do Zé Dirceu foi lançada ontem. Quanta indecência! Ela aconteceu no Teatro Jorge Amado em Salvador, nesta quinta-feira. Foi o carro abre-alas do 3o Encontro Nacional do PT que acontecerá hoje, sexta-feira. É uma perda de tempo com gente que nada vale! De todo modo, não deixa de ser instigante questionar os “labirintos mentais”, que levam esta gente a imaginar que merecem tanto assim.

Na homenagem não faltaram exibição de filminhos e discursos que mais pareciam apologia ao crime, como não podia deixar de ser. Outro destaque, diante do distinto público presente, foi a homenagem prestada a uma senhora de nome Clara Sharff de 80 anos. Vem a ser a viúva do terrorista Carlos Mariguella.

Os aventureiros curtiram sua onda ao embalo musical do Chiquinho (o alienado político) "Apesar de Você" (de quem, será?...). Usaram também o hino (que surrupiaram) do ex-ingênuo e talentoso Geraldo Vandré (este sim queria um mundo melhor) – “Para não dizer que não falei das Flores". Foram as músicas que serviram de fundo nostálgico para o ritual macabro.

Dirceu falou sobre uma “revolução silenciosa” em curso no país (na verdade, sobre o aumento do rebanho dependente do bolsa-esmola). Falou também, sobre a “democracia e liberdade”. Ora, vejam só ! Continuando sua ladainha-inspiração nos anos 60, pregou a organização do partido para se MANTER NO GOVERNO além do 2º. Mandato de Lula. “Oito anos e muito pouco tempo para fazermos a transformação necessária”. Quem disse para este cidadão, que ele é político?

Aliás, a festa do PT vai rolar solta hoje em Salvador. O aniversário deste ano será celebrado em grande estilo, com direito a hotel cinco estrelas, show do Ilê Ayê, e festa para cinco mil pessoas em um dos mais badalados espaços da capital baiana. O nível da organização jamais apropriado aos seus integrantes. O discurso será aquele mesmo de sempre: o do "Pega-Trouxa". E os gastos como sempre serão milionários. Agüentar ataques apoteóticos de pobre e bandido é uma desgraça mesmo!

De “fransciscano”, neste cenário, só tem mesmo a Bahia. Um Estado atolado na miséria, e na doença de sua gente. Nada mais apropriado do que enaltecer a tal “revolução silenciosa” num Estado submetido ao descontrole da explosão demográfica no seu interior, graças ao Bolsa-Maternidade. A doença, também, é parte deste cenário, pois várias cidades do Estado estão sofrendo com a maior epidemia da dengue dos últimos anos.

Lula estará presente nesta festa macabra. Ele irá comemorar junto da corja no melhor dos estilos da máfia. Extremamente significativo que o local escolhido seja no próprio celeiro das maiores vítimas de sua política porca e calhorda.

De qual cabeça doentia estará saindo a história de Lula poder convocar plebiscitos?
Matéria sobre a homenagem ao Zé, no Jornal O Globo -
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Por Gaúcho/Gabriela (MOVCC)