movimento ordem vigília contra corrupcao

domingo, janeiro 07, 2007

FORÇA NACIONAL É MOTIVO DE CHACOTA ENTRE OS MILITARES

Oficiais, que chamam organização até de Força Tabajara, vêem treinamento insuficiente e desconhecimento do local de atuação.

Tropa, criada com base nas ações de paz da ONU, não é considerada inócua, mas a união de PMs com preparos muito diferentes é criticada.

Militares não são conhecidos pelo senso de humor desbragado, mas basta falar da Força Nacional de Segurança Pública para que aflore o lado pândego de cada um. "Força Nacional Tabajara", "Força Nacional da Mentira" e "polícia cenográfica" são alguns dos apelidos aplicados por policiais e pesquisadores ao grupo militar criado pelo governo em 2004. O codinome Tabajara foi dado à Força Nacional por um militar, que prefere não ver seu nome revelado, porque os dois comandantes do grupo, um coronel e um capitão, não estavam em Brasília na última semana.

Segundo esse oficial, qualquer cabo sabe que os dois comandantes não podem se ausentar ao mesmo tempo. Aqueles que não têm tanta animosidade contra a força limitam o elogio a uma frase lacônica -"ela não é inócua".

A Força Nacional de Segurança voltou ao noticiário após os ataques que ocorreram no Rio de Janeiro depois do Natal. O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) pediu ao presidente Lula que os quase 8.000 integrantes da tropa fossem enviados ao Estado. O governo promete mandar 500 homens, na primeira quinzena deste mês. O caráter provisório da Força Nacional é seu calcanhar-de-aquiles, dizem militares ouvidos pela Folha. O grupo é formado por policiais dos Estados convocados em emergências.

"Policiar o Rio com homens de outros Estados não tem o menor cabimento porque eles não conhecem o local, os criminosos nem a forma como eles agem", diz o coronel reformado da Polícia Militar José Vicente da Silva Filho, que foi titular da Secretaria Nacional de Segurança Pública no governo Fernando Henrique Cardoso. Segundo Silva Filho, a força terá um efeito puramente cenográfico. "Usar essa força no Rio de Janeiro é como passar mercúrio cromo em fratura exposta", compara.

O major Sérgio Olímpio Gomes, que assume em março o cargo de deputado estadual pelo PV, segue raciocínio semelhante ao do coronel. "Se você quer pregar uma mentira em segurança pública, você lança uma operação de grande impacto. O problema é que operações não resolvem. A atuação policial deve ser permanente." Gomes diz que prefere chamar o grupo federal de "Força Nacional da Mentira" porque ela promete o que não pode cumprir. A idéia de uma força nacional começou a nascer em 2003, no primeiro ano do governo Lula, segundo o antropólogo e escritor Luiz Eduardo Soares, que dirigia a Secretaria Nacional de Segurança Pública à época.

A idéia inicial, diz, era criar um grupo não uniformizado com cerca de 500 policiais, com patente de capitão para cima, e um alvo bem definido: combater o crime organizado e suas ligações com as polícias. "Seria uma polícia para policiar as polícias. Precisamos de uma grande força de investigação com tecnologia de ponta." A definição do alvo da força partiu de uma premissa de Soares, segundo a qual "o grande desafio é o crime organizado e a cumplicidade das polícias com essas organizações.”.

O petista Soares está num campo político distante do tucano Silva Filho, mas eles concordam sobre o papel limitado que uma força nacional teria no Rio. "É evidente que uma força dessas não é inócua, pode ser útil, mas não decisiva."

Treinamento precário
O caráter episódico da Força Nacional de Segurança apresenta outro problema, segundo militares ouvidos pela Folha: o treinamento é insuficiente. Oficiais que fizeram o treinamento em Brasília aceitaram falar à reportagem desde que seus nomes não fossem citados - temem punição por quebra de hierarquia. A maior deficiência é a carga horária de treinamento - cerca de cem, divididas em dez dias de aula.

Nesse período, os policiais têm aulas de cinco disciplinas: direitos humanos, controle de distúrbios civis, policiamento ostensivo, gerenciamento de crise e técnicas de tiro. Com cem horas de curso, dizem dois oficiais, é impossível criar a comunicação necessária entre policiais que atuam em situações de alto risco. "Força especial deve funcionar como time de futebol. Basta um olhar para o outro policial saber o que ele quer. Isso é impossível em cem horas de treinamento", conta um capitão.

A ênfase em direitos humanos também é um equívoco, segundo outro capitão. Quem integra os melhores quadros da polícia não precisa desse tipo de curso, segundo esse policial. Colaborou Andréia Michael, da FSP - Sucursal de Brasília

BARCO COM METRALHADORA PROTEGE LULA NO GUARUJÁ
O Lula e Marisa da Silva estavam protegidos ontem, durante uma caminhada na praia do Artilheiro, no Forte dos Andradas, em Guarujá (SP), por pelo menos quatro embarcações da Marinha, sendo que uma delas era equipada com uma metralhadora.
Veja

GOVERNADOR, DEIXA O “HOMI” DESCANSAR!
Serra vai pedir ajuda ao governo federal para SP

José Serra (PSDB) pedirá ajuda ao governo federal para a segurança em São Paulo. O 'decálogo para a segurança' criado pelo governador prevê o aumento do efetivo da Polícia Federal no Estado, cooperação das forças armadas na área de inteligência e agilidade nas liberações de repasses do Fundo Penitenciário Nacional e do Fundo Nacional de Segurança. Serra acha essencial fortalecer o combate ao que ele considera raiz e essência do crime organizado: o tráfico de armas e drogas e o contrabando. O Estado -
Leia mais

BOLSA FAMÍLIA É INEFICAZ EM CAPITAIS, ADMITE GOVERNO
O governo federal já havia percebido que o Bolsa Família não tem impacto relevante no combate à pobreza nas regiões metropolitanas. Embora o volume de dinheiro repassado pelo programa seja grande, o impacto é menor do que em municípios pequenos e médios e de baixo desenvolvimento econômico no Norte e Nordeste.

"Os repasses acabam se diluindo porque o custo de vida também é maior [e não só o número de habitantes]", diz Rosani Cunha, secretária de Renda da Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social. FSP –
Leia mais

ESTÃO COZINHANDO UM NOVO FOME ZERO
Vinte dias depois de sua primeira posse, Nosso Guia namorava a idéia de distribuir uniformes escolares para 37 milhões de estudantes da rede pública. O projeto montaria em Brasília uma central de compras e distribuição de roupas para a serra gaúcha e o cerrado goiano. Felizmente foi arquivado.

Com outra roupa, o delírio voltou. Lula diz que "vamos ampliar a renovação do ensino, informatizando todas as escolas públicas". Soa bem, mas é megalomania perdulária a serviço de grandes negócios e do dispositivo de propaganda do comissariado. Num país onde há 35 mil escolas sem luz, prometer computadores para toda a rede é pura demagogia. Para engordar o superávit primário, o governo entesourou R$ 3 bilhões que deveriam servir a esse propósito. Não fez o que devia e agora planeja torrar R$ 9,7 bilhões em cinco anos.

A idéia de comprar computador, seja para uma escola ou uma funerária, sempre dá uma sensação de progresso. Essa crença é falsa. Noves fora que o computador precisa de energia, o professor deve saber usá-lo e a escola precisa conservá-lo. A eficácia dessas máquinas é inversamente proporcional ao tamanho das iniciativas. Os grandes projetos tendem a produzir grandes encomendas e pequenos resultados.

Há mais que simples lorotas na cozinha do Planalto. Os sábios planejam a compra de milhões de computadores e a montagem de uma rede de conexões sem fio com a internet. Numa ponta está o laptop do professor Nicholas Negroponte, do Massachusetts Institute of Technology. É um pequeno computador que pode revolucionar o ensino. Por Elio Gasparini - Assinante da FSP -
Leia mais

INSTITUTOS VÃO MUDAR DEFINIÇÃO DE CLASSE SOCIAL
Institutos vão mudar definição de classe social. Até 20% da população deve "mudar de classe" por causa de revisão em critério

Aspirador, "tanquinho" e freezer devem sair de lista de pontuação, enquanto número total de linhas

Os critérios que definem a que classe econômica o brasileiro pertence mudaram. Parte dos cidadãos poderá ganhar uma nova posição na pirâmide social, apurou a Folha. Alguns serão considerados mais ricos, e outros, mais pobres.

É a primeira mudança de maior peso feita desde que esses princípios de classes econômicas foram instituídos, em 1996, por meio de uma pesquisa chamada CCEB (Critério de Classificação Econômica Brasil), desenvolvida pela Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) e seguida como padrão pelo mercado. As alterações vigorarão neste ano. Assinante da FSP –
Leia mais

ÍNDIOS ARMADOS ATACAM E MATAM PESSOAS EM ROD. DO MS
Duas pessoas deram entrada no Hospital Evangélico em Dourados, no Mato Grosso do Sul, na noite deste sábado (6), depois de serem baleadas quando passavam pela MS-156 entre Dourados e Itaporã. A rodovia corta a Reserva Indígena de Dourados onde moram cerca de 12 mil índios.

As primeiras informações dão conta que um grupo de índios estaria armado e atirando contra quem passa pela rodovia. Ilza Maria Barbosa foi atingida por um tiro nas costas quando passava pelo local de carro. Ela estava com a família. Já o indígena Gilson Felipe Valério que deu entrada logo depois da chegada de Ilza, não resistiu aos ferimentos vindo a falecer hoje. Ele também apresentava ferimento à bala nas costas.

A Polícia está investigando o caso e tem nome dos suspeitos do ato violento contra condutores que passam pela rodovia. Antes, quem passava pela MS 156, era atingido por pedras que já feriram e quebraram carros. As informações são do site Douradosnews.

Por Gabriela/Gaúcho (movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

1 Comments:

  • Queridos, esse grupo de notícias é exemplar e sintomático.
    Enquanto o líder descansa (de tanto trabalhar?) com proteção paga pelo contribuinte, o país de verdade, o país real é assassinado por índios no MS, por criminosos urbanos no RJ, pelos sanguessugas que roubaram o dinheiro das ambulâncias, pelos invasores resguardados em suas coberturas e outros tantos, tantos, sempre financiados com o fruto do nosso trabalho.
    E a vida segue...

    By Blogger Saramar, at 6:29 PM  

Postar um comentário

<< Home