CADÊNCIA DO RETROCESSO
Nos levaram a esperança, a fé,
a dignidade
Mensaleiros e Sanguessugas nos secam a crença na boa fé humana, ultrapassando os limites da descência. Nossa liberdade é um constante risco. Já não existe mais privacidade, nossas vidas são devassadas e nos desnudam da soberania.Ficamos nus, e sem o menor pudor nos tiraram o direito a pudores.
Precisamos rasgar a Constituição brasileira, queimá-la, atear fogo mesmo, afinal ela parece ser apenas uma peça para os anais da imoralidade brasileira. De início vamos raspar o Art 1º onde está escrito que nosso Estado Democrático de Direito tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e ao pluralismo político.
Queimemos a nossa constituição por falácia. Se vivêssemos um Estado de Direito nenhum indivíduo, presidente ou cidadão comum, estaria acima da Lei. Mas que besteira a minha. Quais Leis? Elas existem? Sim, mas apenas como decoração, para que nosso país se acredite como nação, já que a obediência a elas não é cobrada. Não precisamos de novas Leis, mas de menos frouxidão para que elas sejam cumpridas.
Seguem a Lei apenas aqueles que ainda se imaginam cidadãos, que ainda nutrem a doce ilusão de viver em uma Nação e que insistem em acreditar que a sua dignidade como pessoa humana é respeitada pelo Estado. Ter a soberania como fundamento do Estado significa que dentro do nosso território não se admitirá força outra que não a dos poderes juridicamente constituídos.
Uma Nação meio soberana ou de soberania relativa, não é uma Nação. Qual é esse pluralismo político que se refere a Constituição? Vivemos em um país onde os partidos políticos são comercializados por homens rasteiros que se vendem, e por imorais que os compram. O que somos? Um amontoado de pessoas que se une apenas em copas mundiais de futebol? Se somos isso, então não somos nada! O que devemos fazer? Esperar a hora que o limite da nossa resistência nos impulsione a partir desta terra que como mãe, é a pior das madrastas? Não abriga seus filhos, os tornam indignos, ultrajados, sujos.
Quero sentir orgulho da minha pátria e não vergonha por ser ela uma pátria sem caráter. Quero respeito! Não quero mais viver em uma nação meia-boca, que faz do seu povo cidadãos meia-boca, um país que envergonha e puni os de bem, protege e enaltece os que matam, roubam, estupram. Permanecer aqui está se tornando muito mais que um ato de coragem, está se tornando falta de amor próprio a ponto de se submeter à degradante condição de refém dos fragmentos de uma justiça que nem de longe faz justiça.
Tudo já nos foi levado, resta apenas, irmos nós. Céus! O que será preciso para que acordemos deste pesadelo que é viver em um Estado Delinqüente de Direito. A permanecer assim, rasguemos, pois, a Constituição. Ela não presta mais pra nada.
Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ e articulista de A Gazeta.
Comentário:
Nada mais triste e tedioso do que levarem a fé, a dignidade e o respeito de uma nação. Sentimento delicadíssimo; tem, porém, a meu ver, um duplo inconveniente: é que, fazendo que duvidem de nós, das nossas reações como cidadãos ofendidos, expõe a multidão de brasileiros indignados a duvidarem de si próprios. Respeito é um laço perigoso. O governo Lulista foi capaz de desmoralizar o escândalo e a corrupção. Será que teremos alguma chance? ( Gabriela, Movimento da Ordem e Vigília)
Mensaleiros e Sanguessugas nos secam a crença na boa fé humana, ultrapassando os limites da descência. Nossa liberdade é um constante risco. Já não existe mais privacidade, nossas vidas são devassadas e nos desnudam da soberania.Ficamos nus, e sem o menor pudor nos tiraram o direito a pudores.
Precisamos rasgar a Constituição brasileira, queimá-la, atear fogo mesmo, afinal ela parece ser apenas uma peça para os anais da imoralidade brasileira. De início vamos raspar o Art 1º onde está escrito que nosso Estado Democrático de Direito tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e ao pluralismo político.
Queimemos a nossa constituição por falácia. Se vivêssemos um Estado de Direito nenhum indivíduo, presidente ou cidadão comum, estaria acima da Lei. Mas que besteira a minha. Quais Leis? Elas existem? Sim, mas apenas como decoração, para que nosso país se acredite como nação, já que a obediência a elas não é cobrada. Não precisamos de novas Leis, mas de menos frouxidão para que elas sejam cumpridas.
Seguem a Lei apenas aqueles que ainda se imaginam cidadãos, que ainda nutrem a doce ilusão de viver em uma Nação e que insistem em acreditar que a sua dignidade como pessoa humana é respeitada pelo Estado. Ter a soberania como fundamento do Estado significa que dentro do nosso território não se admitirá força outra que não a dos poderes juridicamente constituídos.
Uma Nação meio soberana ou de soberania relativa, não é uma Nação. Qual é esse pluralismo político que se refere a Constituição? Vivemos em um país onde os partidos políticos são comercializados por homens rasteiros que se vendem, e por imorais que os compram. O que somos? Um amontoado de pessoas que se une apenas em copas mundiais de futebol? Se somos isso, então não somos nada! O que devemos fazer? Esperar a hora que o limite da nossa resistência nos impulsione a partir desta terra que como mãe, é a pior das madrastas? Não abriga seus filhos, os tornam indignos, ultrajados, sujos.
Quero sentir orgulho da minha pátria e não vergonha por ser ela uma pátria sem caráter. Quero respeito! Não quero mais viver em uma nação meia-boca, que faz do seu povo cidadãos meia-boca, um país que envergonha e puni os de bem, protege e enaltece os que matam, roubam, estupram. Permanecer aqui está se tornando muito mais que um ato de coragem, está se tornando falta de amor próprio a ponto de se submeter à degradante condição de refém dos fragmentos de uma justiça que nem de longe faz justiça.
Tudo já nos foi levado, resta apenas, irmos nós. Céus! O que será preciso para que acordemos deste pesadelo que é viver em um Estado Delinqüente de Direito. A permanecer assim, rasguemos, pois, a Constituição. Ela não presta mais pra nada.
Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ e articulista de A Gazeta.
Comentário:
Nada mais triste e tedioso do que levarem a fé, a dignidade e o respeito de uma nação. Sentimento delicadíssimo; tem, porém, a meu ver, um duplo inconveniente: é que, fazendo que duvidem de nós, das nossas reações como cidadãos ofendidos, expõe a multidão de brasileiros indignados a duvidarem de si próprios. Respeito é um laço perigoso. O governo Lulista foi capaz de desmoralizar o escândalo e a corrupção. Será que teremos alguma chance? ( Gabriela, Movimento da Ordem e Vigília)
6 Comments:
a única chance está nas mãos da população, mas infelizmente a maioria está apática....
By Anônimo, at 1:19 AM
Estou indignada com tudo...Nunca pensei que meu país fosse estar entregue a pessoas sem categoria.
Vem pra minha comunidade no orkutt
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=10932154
By Anônimo, at 7:25 AM
O poeta inglês Samuel Coleridge escreveu a seu amigo William Wordsworth, em 1799, pedindo que ele escrevesse algo que contestasse o mal-estar e a resignação que se generalizavam na época. Que o sentido dessas palavras de Coleridge ecoe em nossos ouvidos, e nos provoque.
”Gostaria que escrevesse um poema, em versos brancos, dirigidos àqueles que, em conseqüência do total fracasso da Revolução Francesa, desistiram de toda esperança de aperfeiçoamento da humanidade e estão afundando num egoísmo quase epicurista, disfarçando-o sob as aparências cômodas do apego ao que é nosso e do desprezo ao visionarismo dos filósofos”.
By Anônimo, at 9:43 AM
Irretocável a descrição dos sentimentos.
By Anônimo, at 1:07 PM
irretocável o toque da gabriela!Sensibilizou-me às lágrimas.
By Anônimo, at 3:34 PM
Gabriela,
Respeito, de fato, é um laço perigoso. Elle deveria ser menos estúpído e levar isto mais à sério.
Ferir a liberdade de um povo, seus direitos, pode ser fatal.
Chorar, agora, é o que menos comove. Reagir sim! E isto é o que vamos fazer. Vamos para as ruas. Dia 21 está aí!
Abraço
By Anônimo, at 9:18 PM
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