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sexta-feira, fevereiro 23, 2007

MEDO, DE NORTE A SUL

RESULTA DA PRESENÇA DE LULA NO PODER

O jornalista Clovis Rossi escreveu na Folha de São Paulo desta quinta-feira sobre a violência no Brasil, que cresce desesperadamente desde que Lula e o PT se embrenharam no poder, em janeiro de 2003 e, pelo visto, permanecerão até 1° de janeiro de 2009.

Ora, se o próprio presidente da República instalou uma quadrilha no poder central, como denunciou a Procuradoria-Geral da República, se o presidente da República comemora o feito a cada invasão de propriedades privadas pelo MST, se é permitido ao ministro da Fazenda quebrar impunemente o sigilo bancário de um simples caseiro, o que estranhar diante de tanta baderna e violência?

Vale lembrar que, durante a campanha de Lula à reeleição, outro bando, o de Marcola, agiu livremente em São Paulo intimidando o maior colégio eleitoral do País que, àquela altura, insinuava-se votar no principal adversário do PT, o ex-governador Geraldo Alckmin.

O Rio de Janeiro, a Bahia, tiveram o Carnaval mais violento de todos os tempos. Sintomaticamente, Lula juntou-se às autoridades "cariocas" para controlar a baderna. Controlar bandido não é exatamente uma arte inerente a bandido. A violência hoje é apenas corolário de uma violência maior, a presença no poder de uma "organização criminosa", nas palavras do procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza.

Artigo de Clovis Rossi
Antonio Maria Filho, um dos grandes do jornalismo esportivo, escreve para "O Globo" o artigo "Era gostoso voltar para casa sem ser assaltado". Relembra que, no final dos anos 70, ficou chocado ao ser alertado em Bogotá (Colômbia) para não apoiar o braço na janela aberta do táxi porque seu relógio seria fatalmente furtado ao parar no primeiro sinal.

No Brasil, esse tipo de fenômeno era relativamente desconhecido, daí o choque do jornalista. Foi mais ou menos a essa altura que roubar relógios começou a ser esporte nacional no Brasil também. Ninguém fez nada. Um quarto de século depois, o brasileiro fica chocado é quando lhe roubam apenas o relógio.

Não é só no Rio ou em São Paulo, mas até em terras que permaneceram mais mansas por mais tempo. O leitor Luiz Antônio Alves, de Caxias do Sul (RS), escreve para relatar "arrastões no centro da cidade".

De fato, o jornal local "O Pioneiro" fez um levantamento que "indica que, entre dezembro e fevereiro, criminosos destruíram vitrines e furtaram mercadorias de 15 estabelecimentos", alguns deles atacados mais de uma vez, mesmo em locais em que há monitoramento da polícia, de um pomposo Centro Integrado de Segurança Pública.

O leitor Luiz Antônio expressa agora o mesmo choque de Antonio Maria há 20 e tantos anos: "Era uma vez, aqui no pampa gaúcho, um povo que se orgulhava em dizer: aqui que é bom de viver, não tem a criminalidade de Rio/SP, (...), existe cordialidade, alto nível educacional e politização consciente. (...). Hoje, o céu é mais cinzento, o pensamento é jungido com medo, desolação e impotência".

A inércia, lá atrás, com a pequena criminalidade, deu no que deu. Agora, a inércia é até com a grande criminalidade. Alguma surpresa com o "medo, desolação e impotência" de norte a sul? Por Clovis Rossi da Folha de São Paulo com Assessoria de Imprensa do PFL.

THOMAZ BASTOS: "NÃO HÁ MÁGICA CONTRA VIOLÊNCIA”
Às vésperas de deixar o cargo, Thomaz Bastos, acredita que, apesar da "grande tragédia" que matou João Hélio, 6, - arrastado e morto pelas ruas do Rio - as ações do governo federal na área de segurança pública estão no caminho certo. Para ele, o governo deve seguir esse caminho, "sem solução mágica, sem achar que, mudando a lei, muda-se a realidade". Em entrevista à Folha, por telefone, ele disse que as ações pela segurança pública são um "processo" e transcendem o campo da repressão. Assinante da FSP – Leia mais
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CHEGOU O BOTOX INSTITUCIONAL
O clima de pega-chuta-lincha que vem se espalhando por aí, depois dos últimos episódios de violência urbana, está ótimo para propostas de “democracia radical”. Como se sabe, democracia com adjetivo é um perigo.

Mas é preciso jogar a toalha: maior do que a força da verdade, do que a força da fé é a força da demagogia. Ela é imbatível. “Os políticos fracassaram! Deixa que o povo faz!” Quem resiste a um apelo desses? Esse é o caldo de cultura típico, perfeito, inconfundível para a apoteose do populismo. E ele explodirá neste segundo mandato de Lula, podem aguardar, com potência sem igual na história do Brasil pós-ditadura militar. Seu codinome é reforma política.

Os ingredientes estão todos aí. A excitação de José Dirceu em seu blog é comovente. Marco Aurélio Garcia solta libelos eufóricos para a companheirada do PT e para o núcleo mais ou menos duro do governo. Finalmente é chegada a hora de tomar o Estado em nome do povo. “O Estado são vocês! (quer dizer: nós)” E aí não poderia faltar a ordem unida do “intelectual” Tarso Genro.

O provável futuro ministro da Justiça, o homem que decretou que a democracia está velha e que as leis não servem mais para fazer justiça, este incrível arauto do rejuvenescimento das instituições com seu moderno botox ideológico, tem a receita governamental para levar o poder às mãos da sociedade.

O texto de reforma política proposto por Genro e chancelado por Lula libera geral as consultas populares, sem terem mais que passar pelo Congresso Nacional. Afinal, esses políticos são mesmo uns corruptos sem alma. Com seu desapego às leis e à velhice das instituições, Genro se habilita a ser o primeiro ministro da Justiça Pelas Próprias Mãos. Vamos deixar que o povo toma as providências.

Na Venezuela, como se sabe isso foi uma beleza. Hugo Chávez aproveitou o cheque-cidadão do petróleo caro, vitaminou sua popularidade e foi perguntando ao povo se ele deveria convocar um novo Congresso, se ele deveria mudar a Constituição, se ele deveria fazer tudo o que lhe desse na telha – e o povo foi dizendo “sim! Sim, comandante!”, até dar-lhe o poder da reeleição eterna e de governar por decreto, dando aos parlamentares férias remuneradas e sem data para acabar.

Pelo menos não se pode acusar o PT de falta de coerência. Sempre disseram que era preciso derrotar a imprensa burguesa, sempre praticaram a ocupação política do Estado para entregá-lo ao povo (o “povo”, claro, significando os sindicalistas, os delúbios, os silvinhos, mas cada um define povo como bem entender), sempre pregaram, enfim, uma democracia sem intermediários – como disse Lula em seu discurso de posse – para que a pureza do PT pudesse finalmente fazer emergir o governo do povo.

Que venha a reforma política do Lula. Mas o Brasil ainda vai ter muita saudade da sua velha democracia com rugas, com políticos, com instituições independentes – enfim, cheia de intermediários. Por
Guilherme Fiuza - NoMínimo

SISTEMA PRISIONAL
FALTA DE ESTRUTURA DA SUSEPE COLOCA PRESOS NAS RUAS
O número insuficiente de funcionários e veículos para o transporte de presos na Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) está atrasando audiências e levando à libertação de detentos antes de serem julgados por seus crimes. Com o período de férias dos servidores, neste início de ano, a situação se agravou, conforme o superintendente da Susepe, Sérgio Fortes. Sem a realização das audiências no período legal de 81 dias após a prisão, detentos perigosos, suspeitos de homicídios, tráfico de drogas, entre outros, podem ganhar a liberdade. Zero Hora –
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UDR ENTRA COM REPRESENTAÇÃO CONTRA A CUT
União Democrática Ruralista (UDR) protocolou nesta quinta-feira no Ministério Público Estadual (MPE) pedido de investigação sobre a participação da Central Única de Trabalhadores (CUT) nas ocupações de fazendas no Estado de São Paulo. Segundo o presidente Luiz Antonio Nabhan Garcia, o objetivo é responsabilizar judicialmente a entidade, caso fique configurada a co-autoria nas invasões, junto com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

ESQUERDINHA SAFADA
A CUT São Paulo divulgou nota de apoio à decisão dos sindicatos filiados que se juntaram ao MST e "ocuparam áreas" no Pontal do Paranapanema. A posição foi manifestada um dia depois de a entidade ter negado envolvimento com as invasões, atribuindo a aliança com o MST a uma atitude isolada de alguns sindicatos. Nenhum dirigente quis comentar, nesta quinta-feira, a mudança de posição. O Estado –
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O CRIMINOSO RAINHA FAZ EXIGÊNCIAS:
"AGORA, NÓS QUEREMOS NEGOCIAR”
Rainha, disse nesta quinta-feira que estão suspensas as invasões na região oeste de São Paulo em um gesto de confiança às autoridades do governo estadual. Os sem-terra formalizaram um pedido de diálogo com representantes do governo José Serra (PSDB) e aguardam resposta. Leia
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RAINHA É PROPRIETÁRIO DE TERRA
Mas continua a ser um dos líderes dos sem-terra. Em qualquer país do mundo, ele seria processado por estelionato. Aqui, é líder. Numa das vezes em que este senhor foi preso, ele portava armamento pesado. Rainha é uma espécie de chefe de Estado de um pedaço de São Paulo: o Pontal do Paranapanema. Agora, ele está tentando anexar mais uma porção de terra a seu ducado: fazendas produtivas que estão na Alta Paulista. Iniciou uma nova onda de invasões, agora com a ajuda dos liderados de Luiz Marinho, ministro do Trabalho e ainda manda-chuva da CUT. Resumo: MST e CUT se uniram para tentar derrubar a produção agrícola de São Paulo.

Rainha, que eu saiba, está em liberdade provisória — pesquisem ai: se não for exatamente isso, só está solto por conta do mesmo laxismo que pôs na rua o assassino do menino João Hélio. Mesmo todo enroscado com a Justiça, ele anuncia a sua disposição de invadir terras, é ouvido pelos jornais sobre a política de reforma agrária e, vejam só, ainda diz que pretende se encontrar com o governador do Estado para propor um pacto. Por Reinaldo Azevedo

MINISTRO DO DESENVOVIMENTO AGRÁRIO: “HÁ INVASÕES COMPREENSÍVEIS E ACEITÁVEIS"
Petista afirma que a lei deve ser respeitada, mas diz que ações em terras griladas, por exemplo, podem ser aceitáveis. Ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) em entrevista à FSP.

O que são casos compreensíveis?
Cassel - Eu defendo que se aplique estritamente a lei, sempre. Mas poderia haver compreensão em casos comprovados de grilagem de terras públicas, com crimes ambientais, ou então em casos comprovados de terras com trabalho de escravo, o que não é o caso do Pontal. Mas, mesmo nesses casos, eu defendo que se aplique sempre a lei." - Assinante da Folha
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NÓS, OS TROUXAS, FINANCIAMOS O RECALL NA IMAGEM DO ÍNDIO
Popularidade de Evo aumenta após acordo do gás com Lula.
O nível de aprovação do índio cocalero na primeira quinzena de fevereiro subiu seis pontos percentuais em relação ao mês anterior. A elevação ocorreu logo depois do acordo fechado com o Lula da Silva, no qual o Brasil se compromete a pagar mais pelo gás comprado da Bolívia. Tudo se consumou quase na surdina, enquanto o povo já estava embalado nos festejos carnavalescos. Esta, o
índio levou no mole, graças à índole entreguista e covarde de Lula na defesa dos interesses do país.

PROCURADOR QUER LIVRAR A CARA DO MERCADANTE
O Mercadante, um dos principais acusados pela PF, de envolvimento no escândalo do dossiê Vedoin, foi beneficiado na quinta-feira, 22, com parecer do procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, recomendando que seu indiciamento seja arquivado. O parecer foi encaminhado ao ministro Sepúlveda Pertence, do STF, a quem cabe acatar ou rejeitar. Se a recomendação for aceita, o caso será arquivado O Estado – Leia
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O “CHIQUEIRO” CONCEDE APOSENTADORIAS PARA MENSALEIROS E SANGUESSUGAS
Treze ex-deputados se aposentaram entre 15 de janeiro e ontem e receberão juntos, R$ 94 mil mensais da Câmara. A maior aposentadoria será do ex-líder do PP José Janene (PR), que receberá R$ 12.847,20 por mês. O mensaleiro Janene conseguiu convencer a antiga Mesa Diretora de que sofre de doença cardíaca grave e por isso obteve direito à remuneração integral. - O Estado de S.Paulo -
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COMENTÁRIO:
Nesta perspectiva robusta do medo entranhada neste céu cinzento, como bem disse o jornalista Clóvis Rossi, eis o desenho, o traço do que se aproxima. A pauta deste dia fala em fé. Que fé? O povo quis “mudança” e apostou alto. Foi quando se proclamou aos quatro - ventos que "a esperança finalmente tinha vencido o medo, e que a sociedade brasileira havia decidido que era hora de trilhar novos caminhos". E, agora estamos a dizer que a fé é um mero conceito de revelação do homem, e que revelação está para o gênero humano, assim como a educação está para o indivíduo.

Estamos vivendo o asilo da ignorância e de todo mal intrínseco da alma humana. Lula se revelou. Aliás, revelou-se na fé dos brasileiros - um dos piores homens nascidos neste país de fé - cujas vidas estão sendo ameaçadas pelo arrastão da imoralidade, da impunidade e pelo crime organizado.

Uma coisa é fato: o Thomaz Bastos não mentiu quando afirmou que as políticas de segurança pública de Lula, ”transcendem o campo da repressão”. Transcender também significa passar “além dos limites”. Portanto, não tocar, não esbarrar nos homens de Lula, não punir a quadrilha. A desordem está liberada no campo Majoritário do apedeuta. Eles podem tudo! Matar, denegrir e roubar! Consequentemente, o exemplo se alastra feito um cancêr pelo organismo social. Sob as bênçãos da “justiça”, as políticas de segurança parecem querer testar os limites suportáveis do medo da população.

* A foto utilizada na pauta é uma obra do falecido artista equatoriano, Oswaldo Guayasamín. Toda sua obra foi uma eterna “homenagem da cultura ao Comandante”. Guayasamín retratou como ninguém as máscaras do medo. Ironicamente, se inspirava na afeição pelo próprio terror: Fidel Castro.

Por Gaúcho/Gabriela (MOVCC)