O FIM DO PESSIMISMO
Há um período do ano em que o brasileiro se sente repleto de sinos, reco-recos, pandeiros, cuícas e surdos.
Dá-se entre o Natal e o Carnaval, com o Ano Novo de permeio. Com tanto barulho a lhe invadir a alma, o patrício não tem ouvidos para o pessimismo. Deixa-se levar pelos festejos.
Quando a virada do ano coincide com o início de um novo governo, aí mesmo é que os maus presságios se dissipam. Ainda que o governo seja, em verdade, um velho reciclado, a reeleição funciona como senha para um reinício triunfal. Apagam-se todas as máculas.
O ar fica como que impregnado de uma gosma de lagarta quando se livra do casulo. A platéia vai ao êxtase com a metamorfose dos discursos. Todos os ventos parecem favorecer o vôo da borboleta.
Se o lepidóptero tem as cores de 58 milhões de votos, passa a exercer um poder de atração próprio de um imã. Ouve-se à sua volta, além dos sons típicos da época, um tilintar de verbas e cargos.
Ao cheiro de peru assado e ao odor de suor, se junta o doce aroma do tinteiro cheio sobre a mesa do re-presidente. Em períodos assim, é mais fácil encontrar um mico-leão-dourado do que um oposicionista genuíno. Quanto ao governismo, adquire uma forma difusa, volatilizada, atmosférica. É-se governista sem questionar, sem pestanejar, sem raciocinar, apenas respirando os novos ares.
O diabo é que, passada a ceia natalina, os fogos da virada de ano e os dias de samba, virá a Quarta-feira de Cinzas. Ela sempre vem infalível como o Sol. E costuma fazer-se acompanhar de uma caída em si.
À medida que a folhinha vai entrando em dias, em semanas, em meses, a voz da contradita, momentaneamente abafada, volta a cavar o seu espaço ao pé do ouvido da nação. Governistas e neogovernistas preteridos pela caneta presidencial costumam engrossar o coro. A unanimidade esboroa-se.
Lula, a borboleta dos dias que correm, farfalha suas asas em direção a um 2007 de sonhos. Um ano de pujança econômica, geladeira cheia e bolso fornido. Munido de um pé-de-cabra metafórico, o presidente anuncia que, antes mesmo do Natal, vai “destravar” o Brasil.
Imprudente, Lula acomoda no futuro uma armadilha para si mesmo: “Vamos crescer 5%.” É lorota maior do que o aceno dos "10 milhões de empregos", feito antes do Natal de 2002. Mas quem se importa? Logo Papai Noel cai chegar. Depois, os fogos de Copacabana. Em seguida, as Escolas na Sapucaí. Se você reparar direitinho, verá que não há mesmo razão para pessimismo.
A política anda destrambelhada. Oportunidade única para que os políticos a reformem. A Previdência é um queijo suíço. Está no ponto para que se lhe tapem os buracos. O orçamento público foge ao controle. Chance para que a tesoura companheira mostre do que é capaz. A infra-estrutura desestruturou-se. Possibilidade ideal para que se promovam novos investimentos. Como se vê, o Brasil da Quarta de Cinzas é um país pronto para o renascimento. Por Josias de Souza - FSP
O ar fica como que impregnado de uma gosma de lagarta quando se livra do casulo. A platéia vai ao êxtase com a metamorfose dos discursos. Todos os ventos parecem favorecer o vôo da borboleta.
Se o lepidóptero tem as cores de 58 milhões de votos, passa a exercer um poder de atração próprio de um imã. Ouve-se à sua volta, além dos sons típicos da época, um tilintar de verbas e cargos.
Ao cheiro de peru assado e ao odor de suor, se junta o doce aroma do tinteiro cheio sobre a mesa do re-presidente. Em períodos assim, é mais fácil encontrar um mico-leão-dourado do que um oposicionista genuíno. Quanto ao governismo, adquire uma forma difusa, volatilizada, atmosférica. É-se governista sem questionar, sem pestanejar, sem raciocinar, apenas respirando os novos ares.
O diabo é que, passada a ceia natalina, os fogos da virada de ano e os dias de samba, virá a Quarta-feira de Cinzas. Ela sempre vem infalível como o Sol. E costuma fazer-se acompanhar de uma caída em si.
À medida que a folhinha vai entrando em dias, em semanas, em meses, a voz da contradita, momentaneamente abafada, volta a cavar o seu espaço ao pé do ouvido da nação. Governistas e neogovernistas preteridos pela caneta presidencial costumam engrossar o coro. A unanimidade esboroa-se.
Lula, a borboleta dos dias que correm, farfalha suas asas em direção a um 2007 de sonhos. Um ano de pujança econômica, geladeira cheia e bolso fornido. Munido de um pé-de-cabra metafórico, o presidente anuncia que, antes mesmo do Natal, vai “destravar” o Brasil.
Imprudente, Lula acomoda no futuro uma armadilha para si mesmo: “Vamos crescer 5%.” É lorota maior do que o aceno dos "10 milhões de empregos", feito antes do Natal de 2002. Mas quem se importa? Logo Papai Noel cai chegar. Depois, os fogos de Copacabana. Em seguida, as Escolas na Sapucaí. Se você reparar direitinho, verá que não há mesmo razão para pessimismo.
A política anda destrambelhada. Oportunidade única para que os políticos a reformem. A Previdência é um queijo suíço. Está no ponto para que se lhe tapem os buracos. O orçamento público foge ao controle. Chance para que a tesoura companheira mostre do que é capaz. A infra-estrutura desestruturou-se. Possibilidade ideal para que se promovam novos investimentos. Como se vê, o Brasil da Quarta de Cinzas é um país pronto para o renascimento. Por Josias de Souza - FSP
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“TEMOS DE NOS COBRAR MUITO MAIS” DIZ LULA AO PT
Como bem colocou o Reinaldo Azevedo: Lula quer um PT mais esperto, não um PT mais moral.
Em discurso na reunião do Diretório Nacional do PT, neste sábado, Lula fez uma inovação aos membros de seu partido: "Agora, prestem atenção numa coisa, que é quase um apelo que eu faço a vocês. O PT tem que voltar a ser o exemplo deste país." Leia mais
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O apagão aéreo colocou na berlinda a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Empresas e consumidores culpam a agência, em operação desde março, pela bagunça nos aeroportos e pela falta de informação aos passageiros.
A indignação é tamanha que a Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep) entrou com representação no Ministério Público Federal. Quer o fim da Anac e a volta do Departamento de Aviação Civil (DAC), que era controlado por militares. Leia mais
INTERNACIONAIS
OPOSIÇÃO DA VENEZUELA LEVA MILHARES ÀS RUAS
Há oito dias das eleições presidenciais, centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas da capital venezuelana neste sábado, em apoio ao principal candidato de oposição Manuel Rosales.
Rosales, que enfrentará o candidato à reeleição, Hugo Chávez, dia 3 de dezembro, encerrou sua campanha confiante no triunfo, apesar de todas as pesquisas de intenção de voto indicarem a reeleição do atual lunático Chávez. Leia mais
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VACA VAI PARA O BREJO E QUASE LEVA FAZENDEIRO JUNTO
Lulu caiu sobre seu dono, que foi levado de helicóptero para o hospital; até agora não se sabe o que aconteceu com a vaca.
Muito estranho mesmo. Se tivesse uma ANAC por lá, este tipo de acidente até faria sentido. Afinal, brejo é brejo em qualquer lugar.
VIENA - Foram necessários 25 bombeiros, sua esposa e o seu filho para tirar a vaca Lulu de cima de Leopold Zeilinger depois que o animal caiu em cima dele, na semana passada. Leia mais
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COMENTÁRIO:
Nada mais certo e óbvio, que a miséria só principia quando os tempos são empobrecidos até de esperança.Mas aqui, “nestepaíz” das "TANAJURAS" - rebolar é preciso! Pra que futuro? Se o império da moda palaciana ensina ao povo que viver é "sambar" no quadradinho amoral e ridículo deste governo nefasto. Prá que cérebro? Basta viver aos sons da dança pagodiana e infernal, já que a medula espinhal os satisfaz. Por Gabriela/Gaucho (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)
3 Comments:
O Brasil é um país que está sem sem futuro, onde o povo segue um guia cego. Uma gente que sofre de excesso de b---- e falta de inteligência. O único jeito prá este país seria trocar de povo.
By Anônimo, at 4:46 PM
Bem que podia cair uma vaca na cabeça do excelentíssimo, já que o aerolula não cai. Se bem que (...) se vaca matasse mesmo (...) o lula já era prá estar tombado! kakakakaka
By Anônimo, at 9:22 PM
perdi as esperanças de ver esse país mudar, o povo não está nem aí, sem ele nada muda.
By Anônimo, at 10:17 PM
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