movimento ordem vigília contra corrupcao

terça-feira, janeiro 23, 2007

“QUATRO ANOS É MUITO POUCO”, DIZ LULA A PARTIDOS

Antes de desembrulhar em público o seu pacote desenvolvimentista, Lula reuniu-se a portas fechadas com os presidentes dos partidos do consórcio governista. Disse que as novas providências são ambiciosas. Realçou que algumas delas apontam para o ano de 2023. E pronunciou uma frase inusitada: “Temos quatro anos para colocar tudo isso em prática. E quatro anos, vocês sabem, é muito pouco”.

Ao ouvir o comentário, alguns dos presentes entreolharam-se, trocando sorrisos. O próprio presidente se deu conta da inoportunidade do que acabara de dizer. E sorriu amarelo. Encerrado o encontro, os dirigentes partidários fizeram troça de Lula. Um deles comentou, em tom de blague: "Hugo Chávez está fazendo escola." Uma referência ao plano do presidente da Venezuela de modificar a Constituição de seu país, para injetar no texto um artigo prevendo a possibilidade de reeleição presidencial perpétua. Blog do Josias

A ZÉLIA ESTÁ DE VOLTA
Finalmente Lula oferece alguma coisa para entreter os jornalistas.


Até agora, como todos devem lembrar, a única coisa original daquelas que matam a sede da imprensa por infográficos e explicações ornamentais tinha sido o esquema dos cartões eletrônicos do Fome Zero. Esquema, não. Mais prudente dizer sistema, nunca se sabe. Obviamente o tal sistema Visa para desjejum nunca funcionou, mas rendeu bonitas edições de jornais e revistas.

Mas pacote é a maior diversão, e o país se acomoda na poltrona com um saco de pipoca para assistir Dilma Roussef, a reencarnação de Zélia Cardoso de Mello, com aquele jeito de “vou dizer o que vai acontecer com vocês”. O que ela e Guido Mantega expuseram – e que Lula sabiamente não tentou explicar – vai render um prodigioso tricô literário nas páginas e telas. É bom que o entretenimento esteja garantido, porque como plano de governo o tal Plano de Aceleração do Crescimento não é tão divertido.

Mas seria injusto dizer que o PAC é irrelevante. Há alguns passos atrás de grande relevância. Zélia Roussef e sua turma, traumatizados pela eterna acusação de copiarem as grandes linhas do governo anterior, decidiram mostrar que podem ser criativos, que também sabem inventar. E não poderia haver invenção mais criativa do que a tentativa de ressurreição da correção monetária.

A estabilidade econômica da qual Lula se ufana nasceu com a morte da correção monetária. É claro que, a essa altura, ninguém neste governo está nem aí para isso. Já viram que podem chacoalhar a árvore à vontade que a fruta da popularidade presidencial não cai. Só cai dólar. Portanto, a hora é de inventar.

A idéia de inventar uma indexação especial para o salário mínimo é genial. Os ministros de Lula transbordaram orgulho: finalmente uma fórmula com grife. Agora ninguém mais poderá acusá-los de mimetismo. O percentual de reajuste é igual ao IPCA do ano anterior mais a variação do PIB do penúltimo ano. Eureka! A verdadeira Zélia (a do Collor e das tablitas) deve estar se roendo de inveja.

O funcionalismo público também terá seus salários automaticamente indexados a partir do PAC. E está lá, novamente, a marca da inventividade. Os servidores da nação receberão a inflação mais 1,5%. E por que não 1,6%, ou 1,4%? Ora, não perturbem. Neste 1,5% está provavelmente uma das chaves do tal crescimento acelerado. Calem essas cassandras.

E prestem atenção: a tabela de correção do imposto de renda será corrigida anualmente em 4,5%. Perceberam a mudança? O mínimo, o funcionalismo, o IR – tudo agora vai passar a se comportar conforme a bula de Zélia Roussef e sua turma. Os especuladores, os apostadores do mercado e todas as viúvas da correção monetária estão salivando. Finalmente uma penca de índices capazes de justificar os velhos e lucrativos lances na roleta dos preços. E não há culpa. Quem não entendeu por onde a inflação foi embora, não vê por onde ela poderá voltar. E o que os olhos não vêem o coração não sente.

O PAC prevê 500 bilhões de reais em investimentos. Agora vai. Infelizmente, não há um centavo de dinheiro novo cuja garantia esteja além da vontade de Zélia Roussef e companhia. Além dos números recauchutados do orçamento, o restante está lastreado nas preces do Estado Maior de Lula. Tudo bem, torcer não custa nada.

E há também um fundo de investimento em infra-estrutura, entre as diversas medidas que já começam a dar a impressão de que o Brasil corre o risco de se empanturrar de dinheiro. O que levará os donos dos reais e dos dólares a derramar suas economias nesse fundo? Que ativos, que projeções, que regras conquistarão a confiança e o apetite desses investidores? Por enquanto, os belos olhos de Roussef e o charme encabulado de Mantega – o que não é pouco.

Ah, sim, e há também a redução de impostos. Reforma tributária, finalmente? Não. São alguns setores – os de sempre, aqueles mesmos da época do Delfim – escolhidos para ganhar isenção de tributos e “fazer o país crescer”. É engraçado como “o país”, nessas horas, parece caber em meia dúzia de quarteirões da Avenida Paulista.

A criatividade do governo também produziu uma pérola. O superávit primário de 4,25% do PIB será reduzido para jogar a sobra na “economia real”, como gostam de dizer os abnegados desenvolvimentistas da escola de Mantega (olhem lá, esse país ainda vai ter uma indigestão com essa dinheirama). O curioso é que, segundo o PAC, esse dinheiro só será gasto se sobrar – isto é, se o país crescer mais. Se crescer menos, não gasta. Uma medida de aceleração do crescimento que depende do próprio crescimento. Genial. Está criado o superávit condicional.

O plano traz ainda uma “meta” de crescimento de 5% ao ano, outra de redução da taxa de juros a índices específicos ano a ano. É notável como “meta” passou definitivamente a ser outra palavra para “desejo”. E desejar, como se sabe, é de graça.

A inventividade do PAC traz ainda novos conceitos, como o de “infra-estrutura social”, depois do qual o Brasil jamais será o mesmo. Lula não fez por menos: “Vamos implantar uma nova cultura de produção e trabalho”. Emocionante. Não se sabe ainda se isso será feito por decreto ou medida provisória.

E atenção: com o lançamento do PAC, o presidente anuncia a inauguração de “um novo humanismo”. Enfim um governo que pensa grande. Espera-se para as próximas horas a divulgação, pela ministra Zélia Roussef, da fórmula da felicidade. Por Guilherme Fiúza – No Mínimo

O NOVO ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO
Discurso e foguetório não faltaram na apresentação, ontem, do pacote econômico prometido pelo Lula da Silva como 1º ato do novo “espetáculo do crescimento”.
Aberto o embrulho, no entanto, confirmou-se a previsão de um conteúdo medíocre, mal disfarçado pela mistura de investimentos do governo, de estatais e do setor privado - alguns prometidos, outros programados e alguns não mais que desejados. A decisão de inflar o pacote, para torná-lo mais vistoso e mais volumoso - papel aceita tudo -, já bastaria para deixar desconfiados até os otimistas. Mas o conjunto é ainda mais preocupante, porque traz marcas de velhas experiências custosas e malsucedidas. Estadão –
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PARA ANALISTAS INTERNACIONAIS, FALTAM CORTES DE GASTOS PÚBLICOS NO PAC
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem pontos positivos, mas não toca em temas essenciais, como corte de gastos públicos e redução da carga tributária. É essa a visão de analistas de mercado internacional ouvidos pela BBC Brasil a respeito do projeto anunciado nesta segunda-feira pelo Lula da Silva para impulsionar o crescimento econômico do país, afirma Ricardo Amorim, diretor de estratégias de investimentos para a América Latina do banco WestLB. BBC – Brasil –
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TSE CONFIRMA FALHA EM LOTE DE URNAS ELETRÔNICAS
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmou nesta segunda-feira a ocorrência de uma falha em um lote de urnas eletrônicas utilizadas na eleição para governador de Alagoas. O problema, no entanto, não teria influenciado o resultado final.

Para João Lyra (PTB), alguma coisa de “inteiramente anormal aconteceu durante as últimas eleições. Tínhamos uma situação consolidada aqui no Estado, com maioria (de votos). A eleição ocorreu e os resultados, estapafúrdios, foram completamente outros”, diz ele. Diário do Grande ABC –
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APÓS CARNAVAL, ELES QUEREM VOLTAR DAS “CINZAS”
Grupos já articulam coleta de assinaturas para projetos de anistia política a Roberto Jefferson e José Dirceu; para valer, propostas teriam de ir a plenário.


Cassados pela Câmara em meio às acusações de mensalão, os ex-deputados José Dirceu (PT) e Roberto Jefferson (PTB) devem aproveitar o mês de carnaval para tentar “ressurgir das cinzas” e readquirir seus direitos políticos - hoje eles não podem disputar eleições até 2015. Movimentos pela anistia do petista e do petebista devem começar, em fevereiro, a coletar assinaturas para pedir que o Congresso reavalie as punições. JT –
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PARA QUE MAIS UMA RÁDIO DO GOVERNO?
Recentemente, os jornais do Grupo Estado noticiaram o plano do governo federal de criar uma rede pública de rádio para transmitir uma programação oficial para todo o Brasil.

É dado como certo o anúncio em duas semanas da instalação desse canal aberto e permanente de comunicação das instituições governamentais (com cobertura nacional), irradiando tanto a programação das emissoras vinculadas à Radiobrás quanto os programas gerados na Câmara, no Senado e no Poder Judiciário, além de transmitir notícias locais e regionais.

É lícito ainda desconfiar do projeto por causa da polêmica aberta por personalidades importantes da cúpula governista por causa da correta posição do presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci, em defesa da natureza “pública” (e não partidária) das emissoras que comanda. JT –
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COMENTÁRIO
E não é que a montanha pariu mesmo um rato? Nós, ficamos até agora esperando sua excelência descansar e voltar das férias, e ele nos apresenta esta maravilha de solução: o PACtóide, como bem definiu o Reinaldo Azevedo. O embrulho que entre tantos furos e remendos conseguiu deixar de fora a área da Saúde. Justamente o que os brasileiros mais vão precisar para poder sobreviver a mais este mandato do governo "PLUS" da ralezada corrupta que, inclusive, já estica os olhos perigosamente até 2023. Barbaridade! .

Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)

5 Comments:

  • Amigos, que tristeza! Aliás, triteza anunciada porque das mentes lulo-petistas não sai nada que interesse de fato ao país. Apenas fingem, fingem.
    Preocupante é a tendência que o líder não consegue esconder de se perpetuar no poder.
    Porém, li nos comentários a Santa que ele já foi advertido pelos EUA sobre suas ligações com o maluco bolivariano.

    beijos

    By Blogger Saramar, at 5:46 PM  

  • Quatro anos para esse desgoverno incomPTente é pouco?????? E nos quatro anos anteriores, o que foi que ele fez além do mensalão, dos trens da alegria, do aumento da carga tributária e da compra do Aerolula? Pelo visto ele ainda não saiu do DISCURSO para entrar na PRÁTICA! Ter que aguentar este governo topera-manca por mais quatro anos não vai ser facil.

    By Anonymous Anônimo, at 6:00 PM  

  • Esse governo simplesmente armou uma bomba relógio para o país, com dia e hora para EXPLODIR!

    By Anonymous Anônimo, at 6:14 PM  

  • Amiga Saramar!

    A Heloísa Helena, certa vez disse na tribuna do Senado: "Vocês não fazem idéia do quanto Lula é brilhante!" Lógico se referindo às más raízes que ele pretende implementar no país. Eu desejo que os americanos já fiquem de prontidão apontando um míssel em direção à moradia de todos eles.
    Não tem jeito, Saramar!
    Um mal, só se corrige com outro mal maior. Acredito, que chegamos num ponto que nada resolveria. São pessoas altamente demoníacas. Basta olharmos o desenho do rosto de cada um deles, presidentes da (des)governada América Latina. Eu vejo naquele Chávez, que além, da ignorância e da baixeza, que salta aos olhos a promiscuidade em pessoa. Eles são a "FERIDA PSÍQUICA" dos quadrúpedes do século XXI.

    By Anonymous Anônimo, at 6:49 PM  

  • Mais um planinho vagabundo dos muitos que estamos acostumados a ver. Cortar gastos do governo nem pensar. Lutar para que o PAC funcione é inútil, nasceu com aleijão, não nos levará a lugar algum. Lutemos para que esse homem saia do governo sem comprometer ainda mais nosso futuro.

    By Anonymous Anônimo, at 8:10 PM  

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