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sexta-feira, janeiro 26, 2007

O REINO DO CAPITALISMO RELUTANTE

Brasil e América Latina estão novamente fora da moda e isso é demonstrado com toda clareza na pauta e nos debates do Fórum Econômico Mundial.

Os latino-americanos estão no fundo da cena, como figurantes de pouca importância nas grandes questões globais. Crescem devagar, continuam derrapando em velhos problemas e nem sequer ameaçam a segurança global. China e Índia são os emergentes de maior projeção, assunto obrigatório nos debates econômicos da elite mundial, e são seguidos de perto, em dinamismo, apenas por outras economias da Ásia e da antiga Europa Oriental. Nem a eleição de governos populistas e com bandeiras de nacionalismo anacrônico muda esse quadro: se esses governos cumprirem suas promessas, pior para seus países, condenados, nesse caso, a uma irrelevância ainda maior.

A América Latina foi quase completamente ignorada nos primeiros debates do Fórum Econômico Mundial, na reunião iniciada na quarta-feira. Não foi mencionada na sessão de abertura, dedicada tradicionalmente a uma avaliação das perspectivas da economia mundial. Só se falou extensamente da região num seminário que teve a participação quase exclusiva de empresários e políticos latino-americanos e, como de costume, a sessão foi parecida com uma psicoterapia de grupo. O Estado de São Paulo –
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MASSA DE RESSENTIDOS
No seu livro sobre as multidões, Gustave Le Bon tenta definir o que seria uma massa de pessoas, sob o ponto de vista psicológico. Vou deixar a definição a cargo do autor original:

"Uma massa é como um selvagem; não está preparada para admitir que algo possa ficar entre seu desejo e a realização deste desejo. Ela forma um único ser e fica sujeita à lei de unidade mental das massas. No caso de tudo pertencer ao campo dos sentimentos, o mais eminente dos homens dificilmente supera o padrão dos indivíduos mais ordinários. Eles não podem nunca realizar atos que demandem elevado grau de inteligência. Em massas, é a estupidez, não a inteligência, que é acumulada. O sentimento de responsabilidade que sempre controla os indivíduos desaparece completamente. Todo sentimento e ato são contagiosos. O homem desce diversos degraus na escada da civilização. Isoladamente, ele pode ser um indivíduo; na massa, ele é um bárbaro, isto é, uma criatura agindo por instinto".

Não há como ler tal definição e não pensar nas criaturas que compõem o Fórum Social Mundial. Junto àquela multidão de milhares de pessoas, encontramos de tudo, uma verdadeira Torre de Babel. Entretanto, o uníssono que ecoa de pessoas tão diferentes é ensurdecedor. Desde jovens drogados, tentando reviver o Woodstock, passando por líderes de movimentos revolucionários e chegando até economistas teoricamente renomados, todos repetem as mesmas coisas. E como fica claro na definição de Le Bon, não poderia ser algo elaborado, inteligente, pois precisa conquistar as emoções de todos, incluindo o mais mentecapto dos seres presentes ali.

Essa massa não pensa, mas age por instinto. Não existe pensamento coletivo, apenas individual. Essas pessoas se tornam massa de manobra para grupos oportunistas, e acabam defendendo como solução para os problemas do mundo uma receita que justamente agrava tais problemas, como o maior controle governamental. São tão dominados por desejos cegos e irracionais que nem sequer percebem as contradições intrínsecas às suas ideologias dogmáticas. Site de Diego Casagrande - Por Rodrigo Constantino –
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COMENTÁRIO:
Criticado por sua ausência no Fórum da esquerda em Nairóbi, e ignorado solenemente no Fórum da direita em Davos, Lula transformou-se numa forma amorfa sem contorno.

Distanciado de sua origem e muito longe de sua pretensão de conseguir fazer parte “do lado de lá”, Lula, apenas diverte. Ou melhor, nem isto, mais! Mas sua torpe acha que o excelentíssimo empresta ares “humanitários” na roda dos evoluídos.

Curiosidades da história: O Bobo da Corte
Personagem medieval que acompanha o rei podendo criticá-lo sem correr o risco de ser preso. O bobo teve sua origem no império romano-bizantino.

Livre no falar e agir, o bobo da corte divertia o rei e a corte. Não era bobo nada! Inteligente e atrevido ele dizia aquilo que outros só pensam. Com ironia mostrava as duas faces da realidade. Manipulando sua máscara revelava as discordâncias íntimas e expunha as ambições do rei.

Entendia bem a política e mesmo sendo às vezes, um deficiente físico (anão, corcunda ou aleijado), constituía um fator crítico ao lado de quem tinha o poder. Sua função era questionar os responsáveis pela ordem pública. O rei e o bobo complementam-se.

Só mesmo o bufão Lula pra posar no centro do picadeiro. E o pior: É tão incompetente que não renovou o acervo de apelos. Até a graça o bobo conseguiu perder. Coisas da massa, da gene-grupal. Lula nunca será singular.

Por Gaúcho/Gabriela (Movimento Ordem e Vigília Contra a Corrupção)