BEIRANDO A LOUCURA

Lulla critica proibição de repasses de verbas no período de campanha durante discurso em solenidade no Palácio do Planalto. Elle disse que é “lamentável” ver o dinheiro “mofando” nos cofres públicos por conta da legislação. “É um atraso da mentalidade política do país essa dificuldade de liberar dinheiro”, disse.

Enquanto Lulla disse que a legislação é um “atraso”, Carlos Aleluia (PFL-BA), disse que a declaração do presidente “beira à loucura”. “Isso mostra que o presidente está totalmente fora da realidade, que ele representa um perigo para o país. Daqui a pouco ele vai propor que se acabe com as eleições e que o próximo presidente seja eleito apenas pelas pesquisas”, alfinetou. “Essa é uma lei moralizadora, que deveria ter sido antecipada isso sim para evitar que este governo usasse o dinheiro público da forma tão deslavada como está fazendo”, acrescentou Aleluia.

A imoralidade deslavada com o nosso dinheiro
Em sua campanha não declarada pela reeleição, Lulla tem viajado como nunca. Desde a virada do ano, ele já percorreu, apenas em deslocamentos dentro do País, 39.386 milhas (63.383,8km), o que corresponde a pouco mais de uma volta e meia ao redor do mundo. Foram 37.554 milhas (60.435,6 km) a bordo do Aerolulla e mais 1.882 milhas (2.948,2 km) no helicóptero Super Puma que serve à Presidência.

O custo, só em combustível, é estimado em R$ 3,15 milhões. Mais de 60 equipes de 30 pessoas cada tiveram de ser formadas para dar suporte às viagens de Lula pelo País, nesses quatro meses e meio. Isso custa em diárias pelo menos R$ 850 mil, totalizando um gasto de R$ 4 milhões. Esse valor representa mais que o dobro do gasto com transporte aéreo em aviões declarado pelo candidato Lulla na campanha de 2002. Primeira Leitura
Movimento da Ordem e da Vigília Contra a Corrupção