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quarta-feira, janeiro 18, 2006

O JOGO DE LULA E ARCIBEL




O médico-psiquiatra Daniel Barros, do Núcleo de Psiquiatria Forense do Instituto de Psiquiatria (Hospital das Clínicas de São Paulo), analisa a possibilidade de recandidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à luz do filme "O Jogo de Arcibel", do argentino Alberto Lecchi.

Não vi o filme, mas o leitor esclarece que se trata da história de Arcibel, preso injustamente num fictício país latino-americano chamado Miranda, governado por um ditador.

Arcibel inventa na cadeia um jogo tipo "War", que disputa com seu companheiro de cela, Pablo, até que este foge. Pablo passa a usar as táticas do jogo na guerrilha contra o ditador, até derrubá-lo.

a guerrilha está correndo solta, um general do governo vai até a prisão para que Arcibel o ensine a jogar, a fim de poder enfrentar Pablo, prossegue o relato.Completa Daniel: "O que me levou a escrever foi uma cena desse momento do filme.

O general não entende a disparidade que encontra entre duas cartas: 1) "Tropas do governo matam civis e perdem apoio popular. Os EUA retiram o apoio -o jogador perde mil pontos"; 2) "Milícias da guerrilha matam civis e perdem apoio popular -o jogador perde jogo. O general questiona o por quê de punições tão diferentes -um lado só perde mil pontos enquanto o outro perde o jogo.

O leitor fecha assim o raciocínio: "É então que Arcibel dá uma resposta que deveria pesar na decisão de Lula de disputar ou não a reeleição: "Quando quem diz que vai mudar tudo age como quem não quer mudar nada, é melhor parar de jogar". (Clóvis Rossi - FSP)

2 Comments:

  • À essência do delírio pertence ao seu aspecto inabalável. O delirante não se deixa influenciar nem pela experiência, nem por argumentações lógicas. Portanto, Arcibel, pouca chance teria, neste caso! Rs

    Com idéias delirantes autorreferentes, o indivíduo acha que tudo o que acontece à sua volta, se refere a ele, que o mundo gira em torno dele e que as pessoas que conversam estão falando dele.

    Um exemplo comum de autorreferência é aquele onde a pessoa acredita que as pessoas no rádio ou na televisão estão falando dela ou contra ela. Sempre. Vivem num eterno clima de conspiração. rs

    Nas idéias delirantes de grandeza o indivíduo se sente o mais poderoso dos homens, um deus, um rei, um imperador, um salvador. É muito comum o indivíduo se identificar com um personagem importante da história. Rs

    A caricatura do louco que se acredita ser Napoleão é uma idéia delirante desse tipo. E, como dizer para uma criatura desta, que é o melhor é não "jogar"?...rs

    By Anonymous Anônimo, at 12:49 PM  

  • Pois é, além de tudo isto descrito pelo Dr. Psiquê, o Lulla ainda apresenta traços de hipomaníaco ou comiciais. Persiste numa loucura exibicionista - policromática e estridente - de seus propósitos de OBRAS, parecem ter sido todos realizados. ONDE?

    By Anonymous Anônimo, at 2:07 PM  

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